31. - ☼

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Nos instalamos, a casa era grande, mas não tanto quanto a nossa, então, Rodrigo e eu dividíamos um quarto. Luana ia ficar com a Jade, quando ela chegasse e Jojo e Alina dividiram outro.

— Coé, vôzão. Vai ser jurado esse ano? – me jogo no sofá, do lado do meu avô.

— Tá querendo me comprar, moleque? – damos risadas. — Vou sim. Jurado do feminino porque sabem que meu neto compete no masculino.

— Chega aqui, Jojo. – grito pra Joana. — Seu Rogério vai ser seu jurado.

— Opa, Rogerinho, vamos conversar.

Joana tinha um jeito diferente da Alina, apesar da Alina ser falante e tal, no começo ela era bem tímida. Já a Joana chegava logo zoando e conquistando todo mundo, acho que foi isso que chamou atenção do Rodrigo. Tanto Lili quanto Jojo sabem bem do que querem, vivem a vida sem ligar pro que vão ficar falando. O que elas querem, elas fazem, simples assim. Essas duas iam mexer muito ainda com a cabeça dos irmãos Harper...

Vejo a Alina na cozinha procurando alguma coisa e vou até lá.

— Procurando o que, sereia?

— Ai que susto, Dudu! – ela põe a mão no peito. — Quero um copo pra beber água.

— No armário de cima. – me sento no balcão e fico encarando-a.

— Obrigada. – ela pega o copo e serve a água. — É.., não deixa.

— Agora você vai falar, não vai me deixar curioso não.

— Por que você fez aquilo na boate? – ela senta e me encara com aqueles olhos escuros.

— Porque eu tava com vontade e você não deu pra trás, então...

— Mas você sabe do Renato.

— Mas estávamos na vibe, Lili. Não se preocupa que não vai se repetir.

— O que é realmente uma pena. – ela arregala os olhos e cospe a água, dando risada. — Isso não era pra sair em voz alta, meu Deus, que vergonha.

Desço e me aproximo dela por trás, passando a mão pela sua cintura, a abraçando.

— Eu sei que é errado, mas depois que você for embora, a gente nunca mais vai se ver...

Roço meu nariz no pescoço dela e a mesma se arrepia.

— Sai, tentação! – ela se esquiva, sorrindo. — Se for pra acontecer, vai acontecer. Eu acredito em destino.

— Se você diz... Acreditarei também.

Ela põe o copo na pia, me dá um beijo no canto da boca e sai da cozinha, sorrindo.

— Ah, guria... – mordo o canto do lábio inferior.

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora