Nos instalamos, a casa era grande, mas não tanto quanto a nossa, então, Rodrigo e eu dividíamos um quarto. Luana ia ficar com a Jade, quando ela chegasse e Jojo e Alina dividiram outro.
— Coé, vôzão. Vai ser jurado esse ano? – me jogo no sofá, do lado do meu avô.
— Tá querendo me comprar, moleque? – damos risadas. — Vou sim. Jurado do feminino porque sabem que meu neto compete no masculino.
— Chega aqui, Jojo. – grito pra Joana. — Seu Rogério vai ser seu jurado.
— Opa, Rogerinho, vamos conversar.
Joana tinha um jeito diferente da Alina, apesar da Alina ser falante e tal, no começo ela era bem tímida. Já a Joana chegava logo zoando e conquistando todo mundo, acho que foi isso que chamou atenção do Rodrigo. Tanto Lili quanto Jojo sabem bem do que querem, vivem a vida sem ligar pro que vão ficar falando. O que elas querem, elas fazem, simples assim. Essas duas iam mexer muito ainda com a cabeça dos irmãos Harper...
Vejo a Alina na cozinha procurando alguma coisa e vou até lá.
— Procurando o que, sereia?
— Ai que susto, Dudu! – ela põe a mão no peito. — Quero um copo pra beber água.
— No armário de cima. – me sento no balcão e fico encarando-a.
— Obrigada. – ela pega o copo e serve a água. — É.., não deixa.
— Agora você vai falar, não vai me deixar curioso não.
— Por que você fez aquilo na boate? – ela senta e me encara com aqueles olhos escuros.
— Porque eu tava com vontade e você não deu pra trás, então...
— Mas você sabe do Renato.
— Mas estávamos na vibe, Lili. Não se preocupa que não vai se repetir.
— O que é realmente uma pena. – ela arregala os olhos e cospe a água, dando risada. — Isso não era pra sair em voz alta, meu Deus, que vergonha.
Desço e me aproximo dela por trás, passando a mão pela sua cintura, a abraçando.
— Eu sei que é errado, mas depois que você for embora, a gente nunca mais vai se ver...
Roço meu nariz no pescoço dela e a mesma se arrepia.
— Sai, tentação! – ela se esquiva, sorrindo. — Se for pra acontecer, vai acontecer. Eu acredito em destino.
— Se você diz... Acreditarei também.
Ela põe o copo na pia, me dá um beijo no canto da boca e sai da cozinha, sorrindo.
— Ah, guria... – mordo o canto do lábio inferior.
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Sobre o Verão Passado
Roman d'amour"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...