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Acordo cedo e dou uma olhada no celular, respondendo as mensagens mais importantes. Ouço passos no corredor e abro a porta devagar, olho no chão e tem uma cestinha com toalhas limpas, sabonete e pasta de dente. Pego as coisas, pego minha escova de dente na mala e entro no banheiro que fica de frente ao meu quarto. Tomo um banho demorado, escovo os dentes e faço toda a higiene matinal. Saio com uma toalha enrolada ao corpo e outra no cabelo.

— Impressão minha ou você gosta de esbarrar em mim? – Eduardo diz quando quase batemos de cara no corredor.

— Ihhh, garoto... – sorrio e mostro a língua. — Você que me persegue.

Ele dá risada e desliza a mão pelo cabelo, mordendo o lábio inferior involuntariamente. Fico por alguns segundos encarando aquela boca e então a Joana corta meus pensamentos.

— Libera esse banheiro aí, lindinha.

Balanço a cabeça como se quisesse espantar os pensamentos e entro no meu quarto, fechando a porta e encostando nela.

— Eita, que calor. – respiro fundo.

Separo um biquíni e visto, colocando um short jeans e passando uma regata pelo coisinha do short onde passa o cinto. Penteio o cabelo, pego uma xuxinha e ponho no pulso, coloco perfume, desodorante e o celular, saindo do quarto e descendo em seguida.

— Bom dia, Caíra e Ícaro. Cadê o pessoal? – pergunto, me encostando no balcão e olhando a Caíra cozinhar.

— Eduardo saiu, sua irmã está no banho e Luana e Rodrigo estão dormindo ainda.

— Sempre acordam tarde?

— Quase sempre, se quiser ir acordá-los, fique a vontade... – ela sorri pra mim. — Quer panquecas?

— Quero sim, obrigada. Vou lá chamar esses dorminhocos!

Subo correndo e bato na porta do Rodrigo, abrindo-a em seguida.

— Ai meu Deus, desculpa! – tapo os olhos e fico de costas pra ele. — Que vergonha.

Rodrigo deixou a toalha cair quando a porta abriu de supetão e eu vi tudo, mas me virei rapidamente e ele então se vestiu.

— Pode virar, Lili. – ele disse, gargalhando. — Tudo bem, não precisa ficar com vergonha.

— É que... é, sua.. é. – respiro fundo e rolo os olhos enquanto ele ainda ri de mim. — Sua mãe me disse que você tava dormindo, então né...

— Acordei tem um tempo já, bora lá descer, senhorita vergonha.

— Ai, para, quero enfiar a cabeça num buraco.

— Não gostou do que viu?

— Muito. – tapo a boca. — Quer dizer, eu não vi nada, menino, para com isso.

Rodrigo ri da minha cara e passa um dos braços pelo meu pescoço, me dando um beijo na bochecha em seguida.

— Relaxa! Você já é como outra caçulinha pra mim.

Nós estávamos a unstrês dias hospedadas lá já, nossa mãe conversou com a Caíra e adorou a ideia deficarmos com uma família de brasileiro responsáveis. Nesse tempo, a Jojoconcluiu tudo que precisava pro torneio que só começava em uma semana, entãoestávamos turistando e nos adaptando a essa nova família. 

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora