Bom dia sexta-feira! Hoje eu acordei feliz como nunca acordei durante o ano inteiro. Amanhã eu já acordaria com o galo cantando, tomando leite fresco e comendo os bolinhos de chuva da minha avó, ou seja, adeus capital.
— Bom dia, Jojo! – vou até ela e dou um beijo na sua bochecha.
Vou pro banheiro, faço minha higiene e tomo banho frio pra despertar de uma vez. Visto minha roupa lá mesmo e saio, estendendo a toalha no espelho da cama. Faço um rabo de cavalo com o cabelo, pego minha mochila e meu celular. Vou até a cozinha, pego um copo e sirvo suco, pegando também uma fatia de bolo.
— Vou mais cedo pra aula, combinei com a Letícia. A Joana ficou pra ir contigo, pai. – vou até a porta. — Bom dia, família. – fecho a porta e chamo o elevador, aproveito a espera pra mandar mensagem pra Letícia.
Alina: Vaca, acorda! Tô passando aí em 10 minutos.
Letícia: Tô pronta já, vou te esperar na esquina. Beijo, cuidado, guarda o celular. Te amo!
Alina: Tô no elevador, cuidado também. Amo você, gostosa.
Desço até a portaria, cumprimento o porteiro e saio do prédio. O caminho pra casa da Letícia é movimentado, mas de manhã cedo é bem esquisito até. Caminho pela calçada e logo avisto ela encostada na casa da esquina.
— Bom dia, Lelê! – pulo na frente dela, sorrindo.
— Ai sua vaca, que susto. Bom dia, flor do dia. Que felicidade é essa? – ela me dá um abraço.
— Férias! Esse é o nome da minha felicidade.
— Achei que fosse eu... – Renato surge dobrando a esquina e nós o encaramos sem entender. — Nunca que eu ia deixar vocês duas irem sozinhas essa hora, andando, por essa rua.
Renato entrelaçou os dedos dele aos meus e fomos assim o caminho inteiro, nós três comentamos as últimas fofocas do colégio e ele rolava os olhos quando comentávamos as chances de ter um novato gatinho no ano que vem.
— Sua irmã precisa desencalhar, Tato. – falo rindo e levo um tapa no braço da Letícia.
— Não fala assim de mim, idiota. – ela dá risada.
— Vocês duas são uma relação de amor e ódio. Não entendo. – Renato diz.
— Nem precisa entender, meu amor. – dou um beijo nele.
— Não quero ficar de vela, sosseguem vocês dois.
Letícia diz isso e nos empurra, ficando no meio de nós dois.
— Que pirralha chata você é, Lê.
— Você me ama, Renato. Fica xiu. – ela mostra a língua pra ele.
Joana chega com meu pai um pouco depois e as duas vão fofocar os assuntos que viemos falando no caminho. Passo meus braços pela cintura do Renato e fico abraçada com ele na porta da sala.
— Alina, sabe que não pode namorico na escola. – diz o inspetor.
— Poxa, seu Durval. Um abracinho não mata ninguém. – faço dengo e Renato ri.
— Tudo bem, tudo bem. – Durval diz e se afasta.
— Que manhosa você, amor. – ele me dá um beijo na testa.
— Shhh, só quero curtir você antes de viajar, né.
Ele sorri e põe uma mão na minha cintura, levando a outra até minha nuca. Puxa meu corpo até colar ao dele e me beija. Nosso beijo é bom, na verdade, é muito bom. Claro que eu o amo, puft. Bobeira do Iago.
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Sobre o Verão Passado
Storie d'amore"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...