06. - ☼

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Bom dia sexta-feira! Hoje eu acordei feliz como nunca acordei durante o ano inteiro. Amanhã eu já acordaria com o galo cantando, tomando leite fresco e comendo os bolinhos de chuva da minha avó, ou seja, adeus capital.

— Bom dia, Jojo! – vou até ela e dou um beijo na sua bochecha.

Vou pro banheiro, faço minha higiene e tomo banho frio pra despertar de uma vez. Visto minha roupa lá mesmo e saio, estendendo a toalha no espelho da cama. Faço um rabo de cavalo com o cabelo, pego minha mochila e meu celular. Vou até a cozinha, pego um copo e sirvo suco, pegando também uma fatia de bolo.

— Vou mais cedo pra aula, combinei com a Letícia. A Joana ficou pra ir contigo, pai. – vou até a porta. — Bom dia, família. – fecho a porta e chamo o elevador, aproveito a espera pra mandar mensagem pra Letícia.

Alina: Vaca, acorda! Tô passando aí em 10 minutos.

Letícia: Tô pronta já, vou te esperar na esquina. Beijo, cuidado, guarda o celular. Te amo!

Alina: Tô no elevador, cuidado também. Amo você, gostosa.

Desço até a portaria, cumprimento o porteiro e saio do prédio. O caminho pra casa da Letícia é movimentado, mas de manhã cedo é bem esquisito até. Caminho pela calçada e logo avisto ela encostada na casa da esquina.

— Bom dia, Lelê! – pulo na frente dela, sorrindo.

— Ai sua vaca, que susto. Bom dia, flor do dia. Que felicidade é essa? – ela me dá um abraço.

— Férias! Esse é o nome da minha felicidade.

— Achei que fosse eu... – Renato surge dobrando a esquina e nós o encaramos sem entender. — Nunca que eu ia deixar vocês duas irem sozinhas essa hora, andando, por essa rua.

Renato entrelaçou os dedos dele aos meus e fomos assim o caminho inteiro, nós três comentamos as últimas fofocas do colégio e ele rolava os olhos quando comentávamos as chances de ter um novato gatinho no ano que vem.

— Sua irmã precisa desencalhar, Tato. – falo rindo e levo um tapa no braço da Letícia.

— Não fala assim de mim, idiota. – ela dá risada.

— Vocês duas são uma relação de amor e ódio. Não entendo. – Renato diz.

— Nem precisa entender, meu amor. – dou um beijo nele.

— Não quero ficar de vela, sosseguem vocês dois.

Letícia diz isso e nos empurra, ficando no meio de nós dois.

— Que pirralha chata você é, Lê.

— Você me ama, Renato. Fica xiu. – ela mostra a língua pra ele.

Joana chega com meu pai um pouco depois e as duas vão fofocar os assuntos que viemos falando no caminho. Passo meus braços pela cintura do Renato e fico abraçada com ele na porta da sala.

— Alina, sabe que não pode namorico na escola. – diz o inspetor.

— Poxa, seu Durval. Um abracinho não mata ninguém. – faço dengo e Renato ri.

— Tudo bem, tudo bem. – Durval diz e se afasta.

— Que manhosa você, amor. – ele me dá um beijo na testa.

— Shhh, só quero curtir você antes de viajar, né.

Ele sorri e põe uma mão na minha cintura, levando a outra até minha nuca. Puxa meu corpo até colar ao dele e me beija. Nosso beijo é bom, na verdade, é muito bom. Claro que eu o amo, puft. Bobeira do Iago.

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora