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Acordo assim que o despertador toca, tomo banho rapidamente, visto a calça jeans e a camisa da farda, calço o tênis, pego a mochila, o fone de ouvido e ponho o celular no bolso.

Passo na cozinha, pego uma maçã e desço assim que recebo uma mensagem do Renato dizendo que tava parado lá embaixo. Agora que ele tinha ganhado o carro, sempre dava carona a gente. Menos a Jo, que o Rodrigo insistia em ir levar.

Assim que chegamos na escola, termino de comer e me despeço do pessoal. Quero fazer a prova logo, me livrar. Amanhã saia o resultado de todo mundo, afinal, todo mundo já havia feito as provas finais.

— Bom dia, Durval. Onde vou fazer a prova?

— Olá, menina Alina. A professora Gisela já está a sua espera na sala de monitoria.

— Obrigada, Dur.

Dou um beijo na bochecha do Durval e sigo até a sala de monitores. Entro e Gisela já me aguarda lá. Percebo que tem mais dois alunos esperando pra fazer a prova, só não sei se é igual a minha.

Sento, separo o lápis, a caneta e a borracha e aguardo ela distribuir. Como se só faltasse eu, ela entrega as provas e ativa o cronometro. Tínhamos 1 hora e meia pra fazer.

Leio e releio a prova inteira, organizo pelas matérias que tenho mais facilidade e então, delas, escolho as mais cansativas logo. Começo por história, geografia, filosofia e sociologia. Depois faço inglês e espanhol. Quando termino, faço química e biologia. Depois volto pra fazer português e literatura. Em seguida, matemática e por fim, quebro a cabeça em física.

Consumo todo o tempo de prova, terminando de marcar o gabarito faltando dois minutos pro fim do tempo. Respiro aliviada. Com certeza não fui bem em física, mas se tirasse acima de 5, passaria.

Fui a última a entregar a prova e saio aliviada. Nos bancos, em frente ao corredor, estavam Eduardo e Letícia me esperando.

— Como foi?

Eduardo pergunta, apreensivo, passando a mão em meu cabelo.

— Com certeza dá pra passar, não foi nenhum lacre, mas razoável.

— Ah, que bom.

Letícia diz e os dois me abraçam. Seguimos até o pátio.

Corremos até a quadra quando ouvimos os comentários de que tinha alguém jogando melhor do que todo mundo lá. O time de futebol tinha um "novato", mas quando chegamos lá, era o Renato.

Finalmente, convencemos ele a mostrar ao pessoal o que ele sabia fazer e ele era a nova estrela. Hoje, por coincidência ou não, um olheiro do Coritiba tava por lá e com certeza o Tato chamou sua atenção.

A vida de cada um tava se encaminhando e eu tava feliz de ver meus amigos crescendo e tomando seus rumos na vida.

No mesmo dia, sem contar a ninguém, fui fazer o vestibular da universidade estadual. O processo de primeira fase era livre pra marcação de datas e a segunda fase, seria dois dias após o enem, mas só faria, quem passasse na primeira.

Saí da prova confiante. A primeira fase era geral, então foi praticamente o mesmo assunto da prova do colégio. Esse foi o principal motivo de ter escolhido a quinta-feira.

(...)

— Tava onde, minha filha?

Minha mãe pergunta assim que entro em casa.

— Fui dar uma volta.

Sorrio e entro no meu quarto, satisfeita com o dia de hoje.

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora