Depois de comer, nós fomos até a praia que ficava em frente a casa deles e eu aproveitei pra ligar pra casa.
— Oi, dona Ana. – digo assim que ela atende. — Sim, estamos bem. Caíra é ótima mesmo, parece até você. – dou risada. — Também estou com saudades, diga a todos que mandei um beijo, principalmente pro papai e pro Téo. Jojo também mandou. – ela diz mais algumas coisas e logo depois desligamos a chamada.
— Tão bonitinha ligando pra mamãe todo dia. – Eduardo senta ao meu lado na areia.
— Por que você não perde a oportunidade de me zoar, ein? – o encaro.
— Porque você fica linda toda irritadinha.
Desvio o olhar dele depois desse elogio. Nunca sei reagir.
— Ou porque você é chato.
Encosto a cabeça no ombro dele e ficamos olhando a Luana, Rod e Jojo tomando banho.
— Tem medo de água? – Eduardo quebra o silêncio.
— Tenho não, acho que fui uma sereia em outra vida. – damos risada.
Luana sai da água e vem até nós.
— Vão lá que eu fico olhando as coisas aqui, apesar de não ter perigo.
Eduardo levanta e estende a mão pra me ajudar. Luana pega uma garrafa de água e um pote de frutas e se deita na toalha de praia, comendo e expulsando a gente dali. Subo nas costas do Eduardo e ele resmunga.
— Acostuma, sou preguiçosa e gosto muito de andar assim. – digo, dando um beijo na bochecha dele, em seguida.
— Folgada demais, mano.
— Posso te chamar de Dudu? Alguém te chama assim?
— Ave maria, Alina. Ninguém me chama assim desde os meus dez anos. Todo mundo chama de Edu ou Dado.
— Pra mim, vai ser Dudu. Nem adianta reclamar, agora já foi.
Ele acabou desviando o caminho e ficando um pouco mais longe da Jojo e do Rodrigo, pelo simples motivo de que os dois, em 3 dias, já estavam se pegando pra caralho. A Joana é assim, não perde uma oportunidade e bem, o Rodrigo definitivamente não é de se jogar fora.
Eduardo e eu ficamos conversando, sem muita brincadeira dentro da água. Depois, ele encontrou uns amigos e eu fiquei nadando sozinha. Até que eu pisei num buraco e não consegui subir, porque alguma coisa prendeu meu pé.
— Eduar... – começo a engolir água e mais água. — Socorro!
Mal consegui alcançar a superfície, pra gritar tenho que inclinar toda a cabeça, mas a água tava entrando no meu nariz já, até que ouvi a Luana gritando por socorro e uma movimentação começou, mas aí apaguei.
— Acorda pelo amor de Deus, Nina. – ouvi de longe a voz da Joana.
— Jojo. – digo fraco.
— Ela acordou! – Luana grita e a multidão vai se afastando.
Quando me dou conta, estou deitada na areia, Eduardo de um lado, Joana com minha cabeça no colo, Luana em pé e Rodrigo na minha frente.
— Sereia, né? – Eduardo bufa. — Que susto, garota.
— Ela era a melhor da turma de nado, alguma coisa aconteceu.
Rodrigo levanta meu pé.
— Vocês não viram isso? O pé dela tá todo cortado, com certeza ela prendeu em alguma coisa.
Eduardo me pega no colo e me leva pra casa, digo que eles podem continuar lá, mas eles insistem em voltar comigo. Ícaro faz um curativo e explica o que pode ter acontecido. Depois disso, ainda tô meio grogue, então me deito no sofá e acabo dormindo.
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Sobre o Verão Passado
Romance"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...