25. - ☼

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Depois de comer, nós fomos até a praia que ficava em frente a casa deles e eu aproveitei pra ligar pra casa.

— Oi, dona Ana. – digo assim que ela atende. — Sim, estamos bem. Caíra é ótima mesmo, parece até você. – dou risada. — Também estou com saudades, diga a todos que mandei um beijo, principalmente pro papai e pro Téo. Jojo também mandou. – ela diz mais algumas coisas e logo depois desligamos a chamada.

— Tão bonitinha ligando pra mamãe todo dia. – Eduardo senta ao meu lado na areia.

— Por que você não perde a oportunidade de me zoar, ein? – o encaro.

— Porque você fica linda toda irritadinha.

Desvio o olhar dele depois desse elogio. Nunca sei reagir.

— Ou porque você é chato.

Encosto a cabeça no ombro dele e ficamos olhando a Luana, Rod e Jojo tomando banho.

— Tem medo de água? – Eduardo quebra o silêncio.

— Tenho não, acho que fui uma sereia em outra vida. – damos risada.

Luana sai da água e vem até nós.

— Vão lá que eu fico olhando as coisas aqui, apesar de não ter perigo.

Eduardo levanta e estende a mão pra me ajudar. Luana pega uma garrafa de água e um pote de frutas e se deita na toalha de praia, comendo e expulsando a gente dali. Subo nas costas do Eduardo e ele resmunga.

— Acostuma, sou preguiçosa e gosto muito de andar assim. – digo, dando um beijo na bochecha dele, em seguida.

— Folgada demais, mano.

— Posso te chamar de Dudu? Alguém te chama assim?

— Ave maria, Alina. Ninguém me chama assim desde os meus dez anos. Todo mundo chama de Edu ou Dado.

— Pra mim, vai ser Dudu. Nem adianta reclamar, agora já foi.

Ele acabou desviando o caminho e ficando um pouco mais longe da Jojo e do Rodrigo, pelo simples motivo de que os dois, em 3 dias, já estavam se pegando pra caralho. A Joana é assim, não perde uma oportunidade e bem, o Rodrigo definitivamente não é de se jogar fora.

Eduardo e eu ficamos conversando, sem muita brincadeira dentro da água. Depois, ele encontrou uns amigos e eu fiquei nadando sozinha. Até que eu pisei num buraco e não consegui subir, porque alguma coisa prendeu meu pé.

— Eduar... – começo a engolir água e mais água. — Socorro!

Mal consegui alcançar a superfície, pra gritar tenho que inclinar toda a cabeça, mas a água tava entrando no meu nariz já, até que ouvi a Luana gritando por socorro e uma movimentação começou, mas aí apaguei.

— Acorda pelo amor de Deus, Nina. – ouvi de longe a voz da Joana.

— Jojo. – digo fraco.

— Ela acordou! – Luana grita e a multidão vai se afastando.

Quando me dou conta, estou deitada na areia, Eduardo de um lado, Joana com minha cabeça no colo, Luana em pé e Rodrigo na minha frente.

— Sereia, né? – Eduardo bufa. — Que susto, garota.

— Ela era a melhor da turma de nado, alguma coisa aconteceu.

Rodrigo levanta meu pé.

— Vocês não viram isso? O pé dela tá todo cortado, com certeza ela prendeu em alguma coisa.

Eduardo me pega no colo e me leva pra casa, digo que eles podem continuar lá, mas eles insistem em voltar comigo. Ícaro faz um curativo e explica o que pode ter acontecido. Depois disso, ainda tô meio grogue, então me deito no sofá e acabo dormindo.

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora