— Quando os pães de queijo saírem, não é pra comer, viu Iago? – vovó diz e nós rimos.
— Mas só tem graça quentinho, vó. Poxa! – ele resmunga.
Termino de lavar a louça, enquanto o Iago enxuga o restante. Depois disso, nos sentamos na mesa e observamos a vovó preparando os últimos queijos de hoje pra levar pra quermesse.
— Vou mais cedo hoje pra lá, vão querer ir? – ela pergunta.
— Sim, eu quero. Vou subir pra me arrumar.
— Vamos todos. – Iago diz e sai a procura da Jojo pra chama-la.
Subo até meu quarto, separo uma calça jeans, uma bota cano curto e uma camisa de frio. De manhã era um calor dos diabos, mas quando a noite chegava, a temperatura caía pra uns 5º graus ou menos.
Tomo um banho quente, sem molhar o cabelo, saio, visto as roupas íntimas e já escovo os dentes. Saio do banheiro, visto a camisa e volto ao espelho pra fazer uma maquiagem leve. Termino de me trocar, calço as meias e desço com a bota na mão. Minha avó já está pronta e meu avô também. Iago tá saindo do banho e Joana se trocando. Me sento, pego o celular e resolvo ligar pro Renato.
— Oi meu amor. – digo quando ele atende. — Sim, muita saudade.
Conversamos um pouco e ele me diz que chegará na terça-feira, depois do Natal. Eu estava acostumada a vê-lo todos os dias, então ficar longe deixava uma saudade enorme.
— Todo mundo me esperando, que lindo. – Iago diz saindo do quarto.
— Você é uma noiva, Iago. – Joana diz, rolando os olhos e rindo em seguida.
— Que você ama, todos vocês. – ele diz.
Calço as botas e nós três subimos na traseira da caminhonete.
— Sempre era uma festa quando vovô nos levava pra passear aqui atrás. – digo.
— Eu adorava jogar os cabelos no vento. É uma sensação bem parecia com estar em cima da prancha. – Joana complementa.
Encosto a cabeça no ombro da Joana e fico olhando a vista, com a cabeça meio longe.
— Pensando no namoradinho, ó só. – Iago bagunça meu cabelo.
— Me deixa, Iago. – mostro o dedo do meio.
— Ihhh... Qual foi?
Quando a caminhonete para, ele me pega no colo e desce correndo.
— Me põe no chão, seu trouxa. – dou gargalhadas.
— Iago, deixa ela. – Joana diz rindo. — Tadinha da minha irmã.
— Tudo bem, tudo bem. – ele me põe no chão.
— Desculpa se fui grossa. – dou um beijo na bochecha dele, deixando a marca do batom. — Vai comprar cerveja pra gente!
Entrelaço os braçosna Joana e vamos até a barraquinha dos nossos avós, ajuda-los a arrumar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sobre o Verão Passado
Romans"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...