15. - ☼

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— Quando os pães de queijo saírem, não é pra comer, viu Iago? – vovó diz e nós rimos.

— Mas só tem graça quentinho, vó. Poxa! – ele resmunga.

Termino de lavar a louça, enquanto o Iago enxuga o restante. Depois disso, nos sentamos na mesa e observamos a vovó preparando os últimos queijos de hoje pra levar pra quermesse.

— Vou mais cedo hoje pra lá, vão querer ir? – ela pergunta.

— Sim, eu quero. Vou subir pra me arrumar.

— Vamos todos. – Iago diz e sai a procura da Jojo pra chama-la.

Subo até meu quarto, separo uma calça jeans, uma bota cano curto e uma camisa de frio. De manhã era um calor dos diabos, mas quando a noite chegava, a temperatura caía pra uns 5º graus ou menos.

Tomo um banho quente, sem molhar o cabelo, saio, visto as roupas íntimas e já escovo os dentes. Saio do banheiro, visto a camisa e volto ao espelho pra fazer uma maquiagem leve. Termino de me trocar, calço as meias e desço com a bota na mão. Minha avó já está pronta e meu avô também. Iago tá saindo do banho e Joana se trocando. Me sento, pego o celular e resolvo ligar pro Renato.

— Oi meu amor. – digo quando ele atende. — Sim, muita saudade.

Conversamos um pouco e ele me diz que chegará na terça-feira, depois do Natal. Eu estava acostumada a vê-lo todos os dias, então ficar longe deixava uma saudade enorme.

— Todo mundo me esperando, que lindo. – Iago diz saindo do quarto.

— Você é uma noiva, Iago. – Joana diz, rolando os olhos e rindo em seguida.

— Que você ama, todos vocês. – ele diz.

Calço as botas e nós três subimos na traseira da caminhonete.

— Sempre era uma festa quando vovô nos levava pra passear aqui atrás. – digo.

— Eu adorava jogar os cabelos no vento. É uma sensação bem parecia com estar em cima da prancha. – Joana complementa.

Encosto a cabeça no ombro da Joana e fico olhando a vista, com a cabeça meio longe.

— Pensando no namoradinho, ó só. – Iago bagunça meu cabelo.

— Me deixa, Iago. – mostro o dedo do meio.

— Ihhh... Qual foi?

Quando a caminhonete para, ele me pega no colo e desce correndo.

— Me põe no chão, seu trouxa. – dou gargalhadas.

— Iago, deixa ela. – Joana diz rindo. — Tadinha da minha irmã.

— Tudo bem, tudo bem. – ele me põe no chão.

— Desculpa se fui grossa. – dou um beijo na bochecha dele, deixando a marca do batom. — Vai comprar cerveja pra gente!

Entrelaço os braçosna Joana e vamos até a barraquinha dos nossos avós, ajuda-los a arrumar. 

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora