Tava sendo praticamente impossível de organizar as coisas da festa surpresa da Joana. Ela não saía de casa, então o pouco tempo que eu tinha era quando ela estava na escola, o que me deixava ter que fazer tudo sozinho. Tirando, claro, a ajuda que o Iago, a dona Ana, seu Jorge e a Lola estavam me dando.
— Oi, dona Vera, tô podendo falar sim.
Dona Vera também tava ajudando demais, ela viria com o 'vô' na sexta-feira. Apesar do pouco tempo, acredito que tudo já estava bem encaminhado.
— Tá certo, dona Vera. Aguardo vocês aqui na sexta. Um beijo.
Desligo o telefone e vou ajeitar alguma coisa pra as "crianças" almoçarem quando chegassem da escola.
O telefone toca novamente.
— Opa, alô.
— Oi meu genrinho.
Dona Ana.
— Fala aí, sogrona.
— Ave maria. – ela ri. — Queria agradecer por ontem, pelo que você e a Jojo fizeram pra mim e pro Jorge. Muito obrigada mesmo. Foi bom ter um momento de relaxamento no meio desse caos completo que estamos vivendo.
— Imagina, Ana. A gente planejou isso pensando em vocês se divertirem um pouco e curtirem esse dia.
— Obrigada, meu filho.
— Nem me agradeça, vá.
— E tudo certo pra sexta?
— Tá tudo sim. Ana, Ana, vou desligar porque eles tão chegando aqui. Tchau.
Desligo o telefone e me jogo no sofá, quando Joana, Luana e Edu entram em casa.
— Aow, maninho.
Lua me dá um beijo na bochecha.
— Oi, Lua.
Joana se joga em cima de mim.
— Oi pretinho. Tava morrendo de saudades.
— Eu também tava, morena.
Puxo-a e dou um beijo.
— Vão pro quarto!
Eduardo grita e a Joana mostra o dedo do meio pra ele.
— Vocês são uns chatos.
Ela levanta e vai até a cozinha.
— Tô com fome. Muita fome.
— Você é uma draguinha. – digo.
Nós quatro nossentamos a mesa e almoçamos juntos, conversando sobre as coisas do dia.
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Sobre o Verão Passado
Romance"Eu nunca soube bem como funciona o amor, mas acredito que todo tipo de sentimento deve ser vivido intensamente. Eu tinha tudo que sempre quis (ou achei que quisesse) nas mãos, porém por acreditar nesse sentimentalismo barato, me vi jogada numa encr...