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Hoje era o dia do resultado final no colégio. Tava tão nervosa que levantei antes mesmo do despertador tocar e em poucos minutos estava pronta. Hoje, Renato chegaria mais tarde no colégio e meu pai estava de folga, então ia de ônibus mesmo.

— Bom dia, família. Tchau, família.

Pego um sanduíche que minha mãe preparou, ponho a mochila em um ombro e o celular no bolso. Saio de casa, chamo o elevador e entro assim que ele chega. Desço, cumprimento o porteiro e saio, caminhando até o ponto.

Quando o ônibus passa, faço sinal e subo, encontrando o Edu com o olhar sentado numa das cadeiras lá do fim. Passo o bilhete e giro a catraca, caminhando até me sentar ao seu lado.

— Bom dia, meu amor. – digo.

Ele me dá um beijo na testa e faz carinho no meu nariz.

— Bom dia, sereia.

O colégio não ficava muito longe, coisa de três paradas após a minha. Descemos e entramos juntos na escola. As meninas estavam reunidas num canto, então nos aproximamos.

— Bom dia, casal. – diz Lelê. — Nervosos pro resultado?

— Muito! – respondo, passando uma mão na outra.

Edu me abraça de lado e cheira minha cabeça, me virando e puxando pra si.

— Você foi incrível naquela prova.

Ele me beija e as meninas começam a rir e soltar gritinhos.

— Edulina é o melhor otp da vida!

Luana diz.

— E lunato também, né?

Renato a abraça por traz e ela se derrete em seus braços.

— Odeio segurar vela de vocês.

Letícia bufa e senta no meio fio do pátio.

Solto o Eduardo e arqueio as sobrancelhas, encarando ela.

— Falando nisso, cadê a Jade, ein Lelê?

Toda a atenção se vira pra Letícia e ela afunda a cabeça entre as pernas.

— Viajando, pra variar. Tô morrendo de saudades. – ela faz um beicinho. — Ela vem pro casamento barra formatura.

Continuamos jogando conversa fora.

(...)

"Atenção, alunos. A listagem de aprovados já se encontra na porta de suas respectivas salas. Parabéns aos aprovados!!"

O alto falante anunciou e nós corremos pra ver. Joana avançou na porta e arrancou o papel, trazendo pra perto de nós.

— Passei, aê. – Renato comemora.

— Eu também, caralho!

Joana pula.

A lista não estava em ordem alfabética.

— Passamos, sereia.

Eduardo olha pra mim, sorrindo e vira o papel, mostrando meu nome marcado, cheio de corações e vários "parabéns" escrito por diversas pessoas.

— Não acredito! – ponho as mãos na boca e meus olhos enchem de lágrimas. — Consegui? Consegui!

Todos eles me abraçam e começamos a pular e gritar no pátio.

Agora são só comemorações!

Sobre o Verão PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora