Não consegui me livrar.

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-A-apaixonado?!

Ele não disse nada. Estaria brincando com a minha cara de novo?
-Eu vou te dizer de novo Brendo.

Axel falou depois de uma pausa.
-O que? Besteiras sobre eu estar apaixonado por você?!
-Não. Besteiras sobre eu estar apaixonado por você.

Olhei espantado pra ele. O que deveria significar?!
-Eu gosto de você Brendo.

Senti meu corpo ficar estranho com aquelas palavras; meu coração está batendo extremamente rápido e todo o meu corpo está fervendo. Por quê?
-Hã? T-tipo como... amigos?!

Isso Brendo. Entenda as coisas, ou você vai esperar uma confissão e depois se sentir estranho quando ele disser que você é "somente um amigo".
-Me diga você. Amigos se beijam?
-Hã?! É claro que não Axel! Quer dizer... eu nunca tive muitos amigos, mas eles não fazem isso normalmente.
-Então, amigos fazem seu coração bater tão rápido a ponto de doer?
-E-eu não tenho certeza.
-Então deixe que eu respondo: não! Eles não fazem Brendo. E só pro caso de você ainda ter dúvidas; não, Brendo. Eu não gosto de você como amigo.
-M-mas...! Como?! Eu sou um homem sabe!
-Sim, eu tenho pleno conhecimento disso.
-Então...
-E eu ainda não consegui me livrar. Você acha que eu sou tão irresponsável a ponto de não pensar nas consequências?! Eu sou uma pessoa inteligente, sabe?! E eu gosto de ter tudo sob controle; até meus sentimentos! Mas... não importa o quanto eu jogue fora, eles sempre voltam; os meus sentimentos por você.

E-ele está falando... que gosta de mim? M-mesmo nós... sendo homens?...
-Por que está... me contando isso?
-Não sei. As coisas acabaram assim... eu não ia dizer, mas já que estamos aqui eu resolvi te deixar saber. Afinal, você odeia saber das coisas por último.

Ele fez carinho no meu cabelo e abriu a porta para que eu fosse embora.
-E o que eu devo fazer agora Axel?!

Ele se virou pra mim, me encarando como se fosse me devorar.
-Você só tem que vir pra mim.

Eu fui atrás de respostas... e só consegui mais perguntas.

Sinto como se eu devesse ter escolhido a minha sanidade... ou o pouquinho que restava dela.

De Repente... Gay?! Onde histórias criam vida. Descubra agora