De Repente... Gay?!

Ligação.

-Oi, mãe. Eu... posso dormir na casa do meu amigo hoje?

Seu mentiroso. O Axel não é só seu amigo a muito tempo.

-Que amigo, Brendo?

Um que acabou de fazer sexo comigo.

-Um da escola. O nome dele é Axel e ele é muito inteligente.

Agora você vai ficar falando os pontos positivos do Axel pra que a sua mãe goste dele?!

-É mesmo? Bom, não vejo problema nenhum. Você é um menino crescido já e é muito bom ver você com um amigo próximo.

Próximo demais...

-É sim. Ele me deixa feliz...

Feliz demais...

-Se divirta, mas tenha juízo!
-Pode deixar. Não vou fazer nada de errado.

Não é errado fazer sexo com ele, não é?

-Beijos, querido. Te amo e quero que traga esse seu amigo pra eu conhecer!

Não posso levar ele. Você vai ficar desapontada se descobrir a nossa relação.

-Claro, mãe. Te amo também.

Não desliga. Me pergunta se aconteceu alguma coisa e diz que vai sempre me apoiar.

Ouço o silêncio indicando que ela desligou a ligação.
-Tudo bem...?

A voz do Axel invade aquele silêncio do fim da ligação que estava me sufocando e me tira de pensamentos vazios.
-Sim. Tudo bem.

Ele suspira e me senta no sofá.
-Está na cara que não está tudo bem. O que houve? Sua mãe não deixou?

Sorri tristemente. Ele me lê tão facilmente e se preocupa demais.
-Ela deixou. É só que nós não somos mais só amigos na minha forma de ver e eu tenho que apresentar o cara que eu gosto e que fez sexo comigo, como um amigo... é meio que mentir.

O Axel pareceu mais decepcionado do que eu esperava e aquilo me intrigou.
-Nós podemos nos denominar "amigos coloridos" então não somos mais que amigos...

Era uma boa ideia mas me deixou triste ouvir ele dizer "não somos mais que amigos", assim como pareceu deixar o Axel...