Ouça.

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A boca do Axel se abriu em um grande "O" e seus olhos se arregalaram e logo... se umideceram?

Ele... começou a chorar e foi a minha vez de ficar surpreso.
E-ele não deveria estar feliz?!

Por que ele... não está feliz?...
-A-Axel?

Ele me abraçou. Ele está feliz então?
-Me enganaram...

Ele disse simplesmente; não sei se para mim ou para si mesmo.
-H-hein?
-Alguém me disse que a fantasia é mil vezes melhor que a realidade... essa pessoa me enganou. Eu, fantasiei muito sobre isso, sabe?! Onde seria, quando seria, porquê; que palavras você ia usar.... eu vi umas cem formas  de isso acontecer, mas quando você disse, eu não consegui aguentar! Agora já não entendo como as pessoas preferem a fantasia a poder ver de verdade, sentir de verdade e tocar de verdade.

Axel deu um ênfase a última parte. Meu coração bateu rápido com esse comentário;
O Axel está muito feliz só por eu ter dito aquelas coisas.
-V-você não está com nojo?

Ele me soltou e me encarou com aqueles olhos indecifráveis, que ainda estavam um pouco molhados.
-Por que eu estaria com nojo?!

Axel perguntou como se fosse realmente um mistério.
-Porque.... um homem se declarou pra você...

Eu me arrependi de perguntar. E se ele falar que estava com nojo, ou que não gosta de mim e que foi um jogo?! Eu agora... já estou apaixonado por ele...
Eu agora... já não sei se quero voltar a ser "amigos"; eu nem sei se posso voltar...

Não olhava pro Axel. Que expressão ele estaria fazendo? Estou com medo.
-Quantas vezes eu tenho que te falar...

Axel me puxou, fazendo com que a minha cabeça batesse em seu peito.
-Que eu te amo? E eu espero que eu não tenha que dizer que quando a pessoa que você ama diz que gosta de você, você sente como se fosse morrer!

Aquela posição estava me deixando vermelho.
-Eu vou...

Comecei a dizer, e empurrar de leve o Axel, mas ele me segurou de volta.
-Ouça.
-Hã?
-Se você ainda não pode confiar nas minhas palavras... só ouça o meu coração.

Ah...
O coração do Axel está tão acelerado...
A respiração do Axel está tão ofegante...

Nós dois somos iguais...

De Repente... Gay?! Onde histórias criam vida. Descubra agora