De Repente... Gay?!

Axel e eu.

Uma sensação de surpresa misturada com vazio, me preencheu quando o Axel saiu de mim.
-Por que saiu assim?

Perguntei com curiosidade.
-A sensação de algo sendo jogado dentro de você seria incômoda. Não quero que se suje também... - Axel respondeu enquanto passava um lenço de papel úmido em algumas partes do meu corpo- consegue se levantar? Deveria tomar um banho para relaxar e depois deitar; seu corpo vai ficar dolorido, segundo o que li nas revistas.

Levei um tempo para assimilar tudo que o Axel falou mas assenti e tentei levantar; grunhi baixinho.
-Você está bem?!

Axel quase pulou na minha direção.
-Sim, minha cintura doí um pouco...
-Vem, se apoia em mim.

Ele passou meu braço em cima do ombro dele e me levou para o banheiro.
-Se apoie aqui enquanto eu ligo a água.

Me segurei na pia como ele tinha dito pra fazer e esperei até que o som da água invadisse meus ouvidos.
-Pronto. Eu vou... estar ali fora então não tranque a porta e quando acabar me chame.

Axel disse por fim e eu assenti. Ele me olhou mais algum tempo antes  de sair e chegou a abrir a boca uma vez, como se quisesse falar algo, mas no fim não disse nada e saiu.

Entrei na água morna e observei todos os lugares onde ela passava, lembrando do toque do Axel, que depois virou um pensamento sobre as expressões do Axel, e depois a voz do Axel dizendo a palavra "amo" e depois sobre como ele parecia preocupado comigo.
Tudo passava como um filme na minha mente, e parecia cada vez menos real. O Axel e eu.... fazendo sexo parece muito fantasioso pra ser verdade; estou esperando o momento que eu vou acordar na minha cama, sabendo que tudo foi um sonho. Talvez eu acorde e veja que ele mesmo é um sonho e que alguém tão perfeito não existiria e nem se interessaria por mim.