Do mesmo jeito.

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Quando eu toquei a campainha do apartamento do Axel um frio na barriga surgiu muito mais forte do que antes e eu me condenei por não poder fugir.

A porta logo se abriu e um Axel todo molhado surgiu.
-Desculpe pela minha aparência; imaginei que você fosse demorar tentando inventar uma desculpa, por isso fui tomar um banho.

Axel disse ao ver a forma como eu encarava ele.
-S-sem problema. T-tem algo que eu queria falar com você...

Ele me olhou curioso.
-Entre primeiro.

Axel abriu espaço e eu entrei no mesmo apartamento que estive quando nem sequer éramos bons amigos. As coisas não estavam diferentes mas, certamente, nós estávamos.
-Sente-se. Eu não vou te atacar ou algo assim; irei ouvir o que tem a dizer.

Fiquei aliviado por poder falar com o Axel corretamente, mas aquele sentimento de vergonha não ia embora e eu simplesmente não conseguia dizer tudo que eu queria.
-Eu... -pensei em como continuar da maneira menos estranha possível - sobre s-sexo.... eu não... estou confiante...
-Hã?

Em consequência de eu dizer o último pedaço em um sussuro assustado, Axel não conseguiu entender o que eu queria.
-I-inseguro. Eu estou.... um pouco inseguro...

Um pouco? Seria melhor dizer que eu estou desesperadamente inseguro!
-Sobre qual parte?
-Parte? Talvez... tudo? Eu não sei como me comportar, ou o que dizer e fazer, ou como tornar prazeroso pra você. E eu não sei se você está acostumado a isso, mas acho que deu pra perceber que eu não estou, não é?! E eu...
-Calma, Brendo. Respira.

Ah, eu me empolguei.
-D-desculpe...

Corei. Agora ele sabe que eu sou muito inexperiente...
O ouvi suspirar.
-Isso... você só tem que me dizer se doer e se sentir bem. Seja você e me deixe ouvir seus gemidos se quer que eu sinta prazer. E, você deveria ser o único a saber bem que eu não estou nem um pouco acostumado com sexo e essas coisas.

Se supõe... que ele se sinta do mesmo jeito que eu então?

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