De Repente... Gay?!

Namorar ou esquecer.

-Que droga Bia! Sua idiota! Se você achava que ia se apaixonar devia ter parado!

Eu disse bravo a ela. Era só ter parado e tudo isso poderia ter sido evitado.
-D-desculpa...

Ouvi o Axel suspirando de novo. Olhei pra ele e só vi uma expressão de tristeza.
-Não podia ser evitado Brendo. A Bia já estava atraída por ele; isso daria em algo de qualquer maneira.
-Então ela não deveria ter feito isso!
-Brigar por isso não vai ajudar agora. Vamos conversar com ela, pode ser?

Axel fazia carinho no meu braço enquanto dizia isso e mesmo estando estranhamente irritado com a Bia, eu assenti.
-Você chegou a terminar com ele?

Ela fez que sim com a cabeça.
-Eu não tive coragem de fazer pessoalmente então mandei uma mensagem, mas ele veio até aqui e disse que eu ia me arrepender e que não tinha coração... eu comecei a chorar depois disso.

Aish. Quem é tão idiota a ponto de se arriscar por uma vingança que nem é pra ela?
-Acho que é bem a sua cara se apaixonar de jeitos loucos mesmo.

Eu ri e logo a Bia sorriu também. Foi bom ver um sorriso no rosto dela mesmo que por um momento.
-Desculpe primo. Eu...
-Tudo bem. Eu sei bem como é se apaixonar mesmo querendo outra coisa e por uma pessoa que não é muito.... convencional.

Olhei pro Axel e sorri ao lembrar de como a pouco tempo eu nunca tinha falado com ele e de como queria ser seu amigo. Olha onde viemos parar agora...
-Ei. Acha que não notei essa indireta pra mim?

Axel me disse e fez um bico. Eu e Bia gargalhamos com essa imagem infantil dele; talvez o Axel estivesse mesmo tentando fazer com que nós rissemos.
-O que vamos fazer agora?

Bia perguntou fazendo nossas risadas pararem; tomara que mais pro Axel do que pra mim porque ela sabe do meu problema em resolver problemas.
-O que você quer fazer?
-Eu?

Bia pareceu surpresa por perguntarem o que ela quer fazer.
-Eu posso ver o que faço, mas preciso que me diga o que quer. Namorar ou esquecer o Rodrigo?

Bia fez uma expressão triste, mas eu não soube se era por não saber o que fazer ou por imaginar esquecer o Rodrigo...