CINCO

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DÉBORA

Cíntia continuou com a matéria e logo acabou os três tempos dela.

Horário da saída.

Antes de eu sair da Sala ela me chamou.

— Vai lá amor. Cuidado na hora de ir embora. Vigia, vai direto pra casa. Beijos, te amo. — disse Andrew.

Hoje ele ia sair com a mãe dele.

— Tá mãe. — Fui sarcástica com ele. Ele revirou os olhos.

— Seus amigos são incríveis. —  disse Cíntia atraindo minha atenção.

— São mesmo! —  sorri pra ela. — O que a Senhora quer tia? — sentei junto dela.

— Eu conheço muito bem vocês, seus pais, e amo a sua família de paixão. Por favor Deb, não decepicione eles.

Não estava entendendo do Porque dessa rota no assunto.

— Porque está me falando isso Cíntia?

— A alguns dias eu estava conversando com o Espírito Santo, e ele me deu você, sabe? Ele me trouxe teu nome à lembrança— fiquei estática.

— Mais... — ela me interrompeu.

— O inimigo tem tentado muito contra a sua vida. Tem tirado o seu desejo de fazer a obra, você não tem tido forças nem pra louvar mais. Você tem se esquecido das obras que Deus prometeu cumprir na sua Vida. Não faça isso.  —  levantou meu rosto que estava abaixado. — Obedeça a voz de Deus. Das mãos do capeta, Deus te tira, mais da Mão de Deus ninguém tira. Vigia, a mão de Deus dói, e só eu sei como.

Pareçe que o peso dos meus pecados caíram tudo em cima de mim, como se fosse uma casa desmoronando.

Abracei ela com toda força buscando aconchego.

— Qualquer dia passa lá em casa. Eu estarei sempre — ela levantou meu rosto — sempre com você pra o que precisar.

— Eu sei que sim. — abracei ela de novo. Já vou tá?

— Tudo bem! — ela me olhou como minha mãe me olha. Com Carinho.

Fui andando bem mais leve como se eu não estivesse só.

[…]

Ouvi uma moto se aproximar. Com o medo, apressei o passo. Quando a moto chegou pra perto eu saí correndo desesperada. A moto deu uma volta a parou na minha frente fazendo eu cair com o impacto.

— Desculpa princesa. — vi uma mão estendida. Reconheci a voz. Era Filipe.

— Poxa! — peguei na mão dele resmungando.

— Vamos tomar um sorvete? — disse fitando meus lábios.

— Tenho que ir pra casa, Filipe. — já estava ficando nervosa de ficar perto dele e começar a esquentar as coisas.

— Vamos Amor. — sussurrou no meu ouvido.

Na mesma hora me derreti toda por dentro.

— Ta, Vamos. — subi na moto e fomos.

Depois eu dou uma desculpa pros meus pais de que eu fui fazer um dever, ou trabalho.

É só um sorvete.

— Vão querer de que? — perguntou a atendente mais pro Filipe do que pra mim.

Ela estava dando em cima dele.

Isso me deu uma raiva cara.

Filipe percebeu meu desconforto e enlaço minha cintura e beijou minha bochecha.

Achei estranho, mais logo amei a cara de raiva dela.

Fora que essa atitude dele me surpreendeu. Será que ele quer algo sério comigo?

Fizemos nossos pedidos e sentamos pra comer.

— Deixa eu ver se o seu é bom? — quando eu ia dar uma colherada no sorvete dele, ele me roubou um beijo.

Eu tomei um susto. Nunca havia beijado ninguém, mais me deixei levar pelo momento e acho que ele também gosto, porque quando paramos , ele ainda deu uma mordida e finalizo com um selinho.

Sorri pra ele, e ele sorriu de volta.

— Linda. — pisco e deu uma apertada na minha coxa.

Minhas bochechas deveriam estar que nem tomate. Vermelhas pra caramba.

Depois de tomar o sorvete, ele me deixou uma rua antes da minha casa e antes de eu ir, ficamos ali nos curtindo rapidinho. Rolou mão boba, eu estranhei, mais pra não desagradar ele e estragar o clima eu deixei.

Marcamos de sair no sábado.

Cheguei em casa e meus pais ainda não tinham chegado. Com a inauguração pronta pra acontecer da igreja, meus pais quase não param em casa. Eu nem sabia que era tanta coisa assim pra resolver não. Fiquei até assustada. Mais eu deixo isso com eles. Deus não nós dá um fardo maior do que possamos suportar, por isso Deus sabia quando chamou meu pai pra obra.

[...]

— Nossa, demoraram heim. Bença?

— Deus te abençoe. — disseram em uníssono.

— Minha filha é muita papelada. E são caras. Mais Deus tem nos sustentado.

— mãe, pai, posso dormir na casa da Stella?

— você está de castigo, então não! — disse meu pai.

Não vai dar pra sair com o Filipe.

— Tudo tem suas consequências. —  disse minha mãe botando o copo na pia. — Boa noite, vamos amor?

— vamos, estou exausto. Dorme com Deus minha filha. — meu pai deu um beijo na minha testa e subiu com a minha mãe.

Como eu vou fazer agora pra sair com o Filipe?



DEÊM ESTRELINHAS.

ESTOU FAZENDO MARATONA DE CAPÍTULOS, SE QUIZER QUE EU CONTINUE COMENTEM. ME AJUDEM POR FAVOR. BEIJOS

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora