VINTE E QUATRO

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FILIPE NARRANDO







Essa menina é problemática? Se minha mãe deu o xodó dela que é a casa, porque não gastaria com o vestido da Norinha dela se casar no cartório?

Meu Pai Riu e eu acompanhei. Ela olhou desnortiada pra nós dois. Meu pai riu achando engraçado a preocupação dela. Eu Ri de deboche mesmo

- Garota? Para de ser doida. Meu pai ia te trazer a um lugar chique desse sabendo que você não tem dinheiro pra comprar? - disse rindo sem humor.

- Filipe. - meu pai me repreendeu.

Revirei os olhos. Quando olhei pra ela, ela fez a mesma coisa que fez lá em casa com a mão da mãe dela. "Ficou apertando a mão do Andrew com força". Seus olhos fizeram uma poça de lágrimas. Merda. Odeio ver ela chorar.

Meu pai bruscamente se virou pra mim.

- Você tá maluco? Você tá fazendo a minha nora chorar. Eu não quero ver ela chorando tendo você como motivo. Não destrate ela. Ela está sentimental. Meu Deus. - meu Pai boto a mão na testa. - Estou com medo de você sozinho naquela casa com aquela menina.

- Pai eu não sou um mostro. - disse já me estressando.

- Mais parece. - disse e se virou indo ao encontro daquela songa.

Eu sô fiquei olhando meu pai fazer gestos ao falar com ela que estava negando toda hora. Olhei pro lado e vi as atendentes de loja me olhando. Tinha uma negra perto de mim que Meu Deus. Olhei pra ela e Ergui a sombrancelha dando confiança. Ela acenou pra mim rendendo.

- Oi. - disse e sorriu.

- Oi. - disse com a voz mais rouca.

Recebi um tapa forte no braço.

- Eu não acredito que você está flertando em quanto sua futura mulher está triste por sua causa. - Drew.

- Pra uma Biba você bate forte heim. - disse massageando meu braço. Ele reviro os olhos.

- Eu gosto de pessoas do mesmo sexo que eu. E isso não me faz menos homem que você. - riu - Na verdade, muita das vezes eu sou muito mais homem que você. Te garanto. - Pisco e voltou na direção do meu pai e Débora.

Quando olhei pro lado ví que a menina tinha entrado pra dentro Da loja. - Afs. Mais uma que eu perdi por causa desse casamento.

- Sua mãe está vindo do médico pra cá. - disse meu pai.

Ah não cara. Minha mãe vai querer me bater aqui mesmo.

- Pra que? - disse frustrado.

- Porque a minha nora não quer comprar um vestido pra ela porque ela não ten dinheiro pra pagar. Sendo que isso é um presente nosso. E você só ajudou pra que ela rejeitasse. - meu pai olhou pra cima. - daí -me paciência Pai. - suspirou fundo.

É, a minha mãe vai querer me matar.

[...]

Depois de alguns minutos minha mãe chegou e logo veio fazer caridade.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora