CAPÍTULO 27

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[…]

— você vai vomitar garota. — disse Filipe me olhando apavorado com certo estresse na voz também.

— Para de falar isso. Se eu vomitar eu dou na sua cara. — disse tomando meu milkshake

— ué. — cruzo os braços. — se você vomitar a culpa é minha? — ergueu as sombrancelhas

— É. Porque eu tô comendo até agora e não estou com vontade de vomitar. Então se eu sentir vontade e por praga sua. — reviro os olhos.

Algum telefone tocou. Trocamos olhares.

— é o meu. — Drew exclamou.

Só via a face de Drew se decaindo cada vez mais.

— drew? O que foi?  — disse já ficando preocupada.

— Você não pode se estressar Débora. — disse Filipe me alertando.

— Cala a Boca. — gritei atraindo alguns olhares.

— Só faz vergonha. — gargalhei me contagiando com a minha própria vergonha.

— Criançona. — riu junto. Fiz careta.

— Eu-eu já vou. — Disse Drew se levantando. Me tirando dos devaneios com Filipe.

— O que aconteceu amor? — disse me levantando.

— Mi-minha madrinha faleceu Débora. — disse se derramando em choro. Abracei ele forte.

Ele foi criado toda vida pela madrinha. Ele voltou da casa dela tem só 3 anos para fazer faculdade. Então ela é mais que uma madrinha, é uma mãe. Já que a mãe dele não tinha condições de o criar. Bom isso dá uma longa história.

— Eu tenho que ir pra França agora. —disse me soltando.

— eu vou ficar sem você? — disse ficando apavorada.

— Deixa de ser egoísta Débora. — disse Filipe.

— Desculpa amiga. Mais-mais eu preciso ir. — disse em prantos.

— Filipe tem razão. Eu estou sendo egoísta. Vai lá. — disse já chorosa.

— Eu te amo. — disse me abraçando rápido. Deu um beijo na minha testa e se foi.

— Você tá bem? — disse Filipe me chamando atenção pra ele.

— Não. — lipei as lágrimas que ecorreram pelo meu rosto.

— Quer mais um milkshake de morango? — disse sorrindo meio sem jeito.

— Não vale me comprar com comida. Ou, vale. — fiz cara de poucos amigos.

— Vamos. — me abraçou de lado.

— sai, não me abraça, porque o lixo aqui não precisa de você.

— Para com isso. Naquele dia eu falei porque, um filho é uma coisa muito séria e eu não queria acreditar.

— Ah, sério?  É fácil pra você querer se redimir. Porque quem fala esqueçe. Mais quem escuta, grava na alma a dor de ser rejeitada. Eu estava assustada, fraca e você só veio e me botou mais pra baixo. A minha auto-estima? Foi pro lixo Filipe. — disse já chorosa de novo. Ele parou na minha frente e olhou nos meus olhos cheio de lágrimas.

— Eu sei garota. Mais me desculpa. — disse com o olhar cansado.

— Vamos logo que eu não me esqueci do meu milkshake de morango. — disse saindo do assunto.

— Débora? — disse me puxando pelo braço.

— Sai. — disse pondo a mão na frente pra não bater com o corpo dele.

— Eu estou sendo sincero com você. Me ouve!?! — disse passando o polegar pelo meu braço.

— Meu filho quer milkshake merda. — disse falando sério.

— Ah. — bufou de raiva me largando o braço.

Andamos e paramos no MC donald's. Fiz meu pedido e fiquei esperando. Filipe ficou me olhando.

— Porque você tá me olhando? — disse já sem paciência.

— você até que vai ficar bonita de barriga. — sorriu fraco olhando pra minha barriga. Sorri e revirei os olhos.

— seu pedido. — disse o atendente.

— Valew. — peguei já bebendo.

Filipe pagou e fomos andando.

— Quer fazer mais alguma coisa? — quando ele terminou de falar caíu aquelas chuvas repentinas fortes.

— Para de tentar ser legal porque tá fazendo chover. — rimos.

— Palhaça. — disse cemicerrando os olhos.

— como vamos pra casa agora? — disse bebericando meu milkshake.

— Não sei. — disse passando o olho pelo shopping.

— Agora vamos ver um filme. — disse saindo em direção a bilheteria.

— Espera. — disse vindo a passos largos atrás de mim.

— vão querer ver o que? — disse a atendente.

— Esquedrão suicida. — disse a Atendente.

— Até que não é um filme chato. — disse pegando a carteira.

— Cala boca. Se não vamos ver Dory. — disse rindo.

— Dúvido. Você não é doida.

OI?  QUER DESAFIAR?  NUM TO ETENDENO!!!

— moça?  Tem seção pro filme da Dory? — disse séria, querendo rir.

— Tem pra daqui a uns 15 mas minutos.

— então eu Quero trocar esquadrão suicida por Do.. — antes de eu terminar ele me interrompeu.

— Não. Eu estava sô brincando. — disse apavorado. Eu e a atendente caímos na gargalhada.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora