CAPÍTULO 7

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DÉBORA


Mais um dia se iniciou e eu estou aqui pensando em como eu vou sair com o Filipe se eu estou de castigo por causa dele mesmo.

Sábado, e eu não tenho nada pra fazer. Estou sem celular, só tenho minhas séries pra assitir mesmo.

— Débora? — minha mãe gritou.

— Senhora? — Gritei de volta.

— Aparece aqui na escada.

— caramba. — levantei reclamando por ter que pausar a série, parar de comer ter que levantar do meu conforto.

— Drew falo que vai vir pra cá mais tarde, e vai dormir aqui.

Fiz uma dançinha e começei a gritar.

— Pode ir arrumar a casa.

— Acabo com a minha graça.

— Agora! — disse rindo da minha cara frustrada.

Ajeitei meu quarto, dei uma organizada por cima e pronto.

Desci varri e passei pano na casa.

— hm, tá cheiroso heim. — disse assim que entrei na cozinha.

— Arrumou a casa? — assenti. — Vo comer rapidinho porque eu tenho que sair. — disse colocando as comidas na mesa

— vai aonde mulher? — disse ajudando ela a botar as panelas na mesa.

—  vô ir com a arquiteta lá na igreja, seu pai já ta lá com o esposo da cintia fazendo a obra. Ah, falando na Cintia, ela foi hoje cedo na oração da igreja e falo que você vai fazer um trabalho com o Emanuel. — minha mãe gargalhou. Revirei os olhos. — sobre o que é esse trabalho? — disfarsou o riso.

Revirei os olhos de novo.

— Ah, eu nem sei se vô fazer com ele.

— Ela disse que sô vai aceitar se for feito com ele.

— Só Jesus. — resmunguei. — Ela inventou, foi, ideia. — continuando, expliquei sobre o trabalho pra minha mãe.

— quero só ver.

— Eu nem sei se vô fazer com ele.

—  vai fazer com quem então? — cruzou os braços.

— À, mãe, não sei. — fiz cara feia.

— Pega ali a marmitex pra eu por pro seu pai.

Foi um almoço tranquilo e muito divertido. Minha mãe me zuou mais que tudo. Depois Ela foi pra igreja e eu fiquei em casa vendo TV e esperando o Drew.

[...]

DIN DON

Levantei vuada e fui abrir a porta.

— Até que enfim! — disse eufórica.

— como sabia que era eu? - disse cabisbaixo. Acho que ele queria fazer uma surpreza.

— Minha mãe me disse abestado. — nós abraçamos.

Peguei as bolsas que estavam com ele e fomos pra cozinha.

— o que é? — perguntei já vasculhando as bolsas.

— tu já tá olhando as sacolas pra que falar? — rimos.

— Bora fazer a pipoca e o brigadeiro e bora pra sala. — disse pegando a panela.

— E as batatas a gente bota na outra bacia.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora