DÉBORA
Mais um dia se iniciou e eu estou aqui pensando em como eu vou sair com o Filipe se eu estou de castigo por causa dele mesmo.Sábado, e eu não tenho nada pra fazer. Estou sem celular, só tenho minhas séries pra assitir mesmo.
— Débora? — minha mãe gritou.
— Senhora? — Gritei de volta.
— Aparece aqui na escada.
— caramba. — levantei reclamando por ter que pausar a série, parar de comer ter que levantar do meu conforto.
— Drew falo que vai vir pra cá mais tarde, e vai dormir aqui.
Fiz uma dançinha e começei a gritar.
— Pode ir arrumar a casa.
— Acabo com a minha graça.
— Agora! — disse rindo da minha cara frustrada.
Ajeitei meu quarto, dei uma organizada por cima e pronto.
Desci varri e passei pano na casa.
— hm, tá cheiroso heim. — disse assim que entrei na cozinha.
— Arrumou a casa? — assenti. — Vo comer rapidinho porque eu tenho que sair. — disse colocando as comidas na mesa
— vai aonde mulher? — disse ajudando ela a botar as panelas na mesa.
— vô ir com a arquiteta lá na igreja, seu pai já ta lá com o esposo da cintia fazendo a obra. Ah, falando na Cintia, ela foi hoje cedo na oração da igreja e falo que você vai fazer um trabalho com o Emanuel. — minha mãe gargalhou. Revirei os olhos. — sobre o que é esse trabalho? — disfarsou o riso.
Revirei os olhos de novo.
— Ah, eu nem sei se vô fazer com ele.
— Ela disse que sô vai aceitar se for feito com ele.
— Só Jesus. — resmunguei. — Ela inventou, foi, ideia. — continuando, expliquei sobre o trabalho pra minha mãe.
— quero só ver.
— Eu nem sei se vô fazer com ele.
— vai fazer com quem então? — cruzou os braços.
— À, mãe, não sei. — fiz cara feia.
— Pega ali a marmitex pra eu por pro seu pai.
Foi um almoço tranquilo e muito divertido. Minha mãe me zuou mais que tudo. Depois Ela foi pra igreja e eu fiquei em casa vendo TV e esperando o Drew.
[...]
DIN DON
Levantei vuada e fui abrir a porta.
— Até que enfim! — disse eufórica.
— como sabia que era eu? - disse cabisbaixo. Acho que ele queria fazer uma surpreza.
— Minha mãe me disse abestado. — nós abraçamos.
Peguei as bolsas que estavam com ele e fomos pra cozinha.
— o que é? — perguntei já vasculhando as bolsas.
— tu já tá olhando as sacolas pra que falar? — rimos.
— Bora fazer a pipoca e o brigadeiro e bora pra sala. — disse pegando a panela.
— E as batatas a gente bota na outra bacia.
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A FILHA DO PASTOR
EspiritualDébora, uma jovem cristã de 17 anos resolve fazer escolhas contrária da palavra de Deus. Sua consequência é casar-se com um cara sem o ama-ló e ter sua vida arruinada por uma antiga namorada de seu marido.