CAPÍTULO DEZ

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         DÉBORA

Cara eu não sei pra que a professora inventou esse trabalho, eu não gosto desse garoto, ele julga as pessoas sem conhecer, se nós fizermos o trabalho juntos não garanto que ele continuara com os olhos no lugar não heim.

- Ha-ha-ha, muito engraçadinha você heim tia. - disse irônica

- Ué, mais porque você acha que isso é uma brincadeira? Você não quer ganhar nota? O que, que tem fazer comigo? - disse Emanuel com um sombrancelha erguida e um sorriso de canto.

Olhei pra ele com o semblante fechado e depois virei a cara.

É, eu odeio esse garoto.

- Bora por as coisas na mesa, estou com fome. - eu disse.

- Ótima sugestão. - disse minha mãe.

Foi cada um levando os prato pra mesa enorme que botaram lá no jardim. Todos saíram pra comer.

Mortos de fome.

Mentira,

tô brincando.

- Vamos orar. - disse Tio João.

- Oremos. - completo meu pai. - Pai, obrigada por mais um pão de cada dia que o senhora nos concedeu. Muitos deitaram e não se levantaram, mais nós pela sua misericórdia nós permitiu deitar e levantar e está aqui tendo um dia agradável na sua presença. Obrigada por até aqui tua mão nos sustentou, amém.

- amém. - dissemos juntos.

Foi um almoço muito gostoso, tanto na comida quanto nas companias. Estar com pessoas ao qual não saí da Ligação e se pode sentir o Espírito Santo mesmo não estando na igreja é incrível. Pena que eu não sinto mais, mais ele tá no lugar, porque a paz, alegria, sinceridade nas pessoas, é evidente.

- Filha vai lá pegar as sobremesas. - disse minha mãe.

- Eu ajudo. - disse Drew

- eu também. - Disse Alice.

Fomos até a cozinha e eu fui na frente pra tirar as coisas da geladeira.

- Porque você fugiu pra ficar com ele Dedé? - disse Drew

- com quem? - disse Alice.

Suspirei fundo.

Eu sei que estou errada, mais chega desse assunto, mesmo pros meus amigos eu não quero conversar sobre esse assunto, pelo menos não hoje.

- não quero falar disso. - disse pondo a primeira torta na mesa da cozinha pra eles pegarem.

- não quer falar Mona? É mesmo? Eu menti por você, pra você. - disse já mudando o tom de voz.

- gente, me explique o que está acontecendo. - disse Alice atordoada.
- Drew depois nós como conversamos. Não quero falar sobre isso agora. - Disse pondo a outra torta.

- Eu quero agora Débora. Você se arrisco. Você mentiu. Menina você é doida? - disse Drew já gritando.

- você tá maluco? - disse aumentando o tom de voz. - fala baixo.

- Você não manda em mim. - fez que nem criança pirrasenta.

- Para Drew, eu vou contar tudo pra você, não agora, mais vou contar.- disse tentando voltar a minha calma.

- Vamos levar isso daqui gente, depois vocês resolvem isso.

- Vamos. - disse Drew pegando uma travessa de torta e saindo pisando duro.

[...]

- Podemos conversar agora dona Morta de fome. - disse Drew.

- Eu quero entender isso tudo gente. - disse Alice

Depois de botar as sobremesas na mesa e comer um pouco de cada, trouxe eles pro meu quarto e cá estamos.

- Eu saí de madrugada pra ir me encontrar o Filipe. - alice abriu a boca apavorada. - Fomos pra uma casa de praia dos pais dele, eu me entreguei a ele e voltei hoje oito e pouca da manhã e Drew me ajudou a mentir pra minha mãe. - disse rápido.

- MEU DEUS. - disse Alice com a cara sem cor nenhum.

- COMO É QUE É DONA DÉBORA? - disse alguém da porta.

Meu corpo travo, passo um filme na minha mente, minhas mãos começaram a suar e a cara de espanto de Drew e Alice me fez querer nunca ter nascido.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora