CAPÍTULO 38

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DÉBORA NARRANDO





Hoje é o chá de revelação do Guilherme ou da Manuela.

Eu e o Filipe tinhamos inúmeros nomes e para nós, todos os nomes eram muito lindos. Mais pra decidirmos logo, resolvi fazer um sorteio de nomes e saiu esses nomes e nós amamos.

— Débora vai sentar. Seus pés estão enchados — disse Filipe com a voz cansada de quem está pra cima e pra baixo levando e trazendo as coisas pro chá desde cedo.

— Se você me mandar sentar mais uma vez eu vou dar um tapa na sua cara. — disse Já sem paciência.

— Calma minha Filha. — disse minha mãe passando pela sala com a caixa que chegou.

— Mãe, não me pede calma por favor. — sentei no pufe da sala. — por que aí que eu fico mais nervosa.

— Tá, tá, desculpa. — disse indo pra cozinha.

— cadê o meu sobrinho mais lindo, cadê? — disse Marcos entrando na sala.

— Tá aqui fazendo bagunça. — disse com a fala cansada.

Filipe passou pela porta da sala com as mãos nas costas reclamando de dor.

— sou apaixonado por esse barrigão. — disse Marcos se jogando no chão perto de mim.

— Deixa a minha mulher cara. — Disse Filipe já alterando o tom de voz.

Ultimamente qualquer coisa referente a mim é motivo pro Filipe ter um ciúmes do inferno e acaba ocasionando uma briga.

— Você só fez a criança, mais eu posso assumir ela e ser pai no papel bonitão. — disse desafiando o irmão.

— Marcos. — eu e Filipe falamos juntos. Mais Filipe disse num tom grave e nervoso e eu em um tom brincalhão.

— Para Marcos. — falei antes que Filipe chingasse Marcos. — Deixa seu irmão. — conclui.

— Ele é muito chato. — riu.

— Eu sei. — concordei. Filipe semiserrou os olhos pra mim. Mandei um beijo pra ele que o fez sorrir.

— Vai trabalhar. — disse Marcos.

— Marcos!  — o repreendi.

— Tabom, tabom. — ele sorriu pra mim e beijou minha barriga. — vou ajudar o possessivo. — assenti rindo. Ele Me deu um beijo na testa e levantou. — qualquer coisa, grita. — gargalhei.

— Tabom.

— Nossa, essa casa tá uma loucura. — disse observando o entra e saí das pessoas. Me levantei do pufe com certa dificuldade e fui na direção daonde estavam montando o chá de bebê. Estavam incrívelmente um sonho em realização. Do jeitinho que eu quis. Tudo pra honra e Glória do senhor, que mesmo que eu não mereça tem um amor que não se mede por mim.

— Está gostando dona Débora?  — disse Luanda que estava fazendo a ornamentação do chá.

— Tá incrível Luanda. Simplismente estou apaixonada por tudo. — disse passando meus olhos por cada detalhe. Minhas costas estavam latejando e eu estava com muito sono. Passei a mão pela barriga e o bebê deu um chute forte.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora