INDEPENDÊNCIA MONAMOUR

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DÉBORA

1 MÊS DEPOIS

— Eu não posso estar grávida, mal me recuperei, Guilherme fez um mês ontem e eu já estou grávida novamente? Não tem como. Amiga, eu tenho apenas dezoito anos. — falei desisperada andando de um lado para o outro dentro da clínica.

— Calma Amiga. — disse Alícia tentando me acalmar. — Você pode até ser muito nova pra ter outro filho agora, mais você tinha que ter pensado antes de transar de novo com o Filipe.

— Primeiro: não fale o nome daquele animal. Segundo: Ele é meu marido, ou era, não sei. E não havia mal em ficarmos juntos pois já éramos casados ou somos não sei. — ela riu.

— Eu sei que não havia mal, mais pelo menos usasse camisinha pra não ter outro bebê.

— Não fale assim de uma criança.

— Eu quis dizer que você deveria ter se previnido pra poder cuidar melhor do Guilherme. Poxa, se você estiver grávida você vai começar com os enjôos, vai ficar com o humor horrível e não vai conseguir se doar pro Gui.

Parei de andar de um lado pro outro e dei as mãos à ela que estava sentada de frente pra mim.

— Você tem razão, e eu estou nervosa. — ela levantou e me abraçou.

— Calma, se você estiver vamos amar do mesmo jeito. — segurou meu rosto entre as mãos e beijou minha bochecha. — Eu te amo viu?  — O telefone dela tocou. Era o Emanuel.

— Oi amor. — disse ao atender.

Eles começaram a namorar tem algumas semanas. As vezes eu perco ela pra ele, mais na maioria das vezes ficamos os três juntos. Sou vela sim.

— Ele vai vir pra cá. — disse ao botar o celular no bolso.

— Você falou que eu estava fazendo um exame de sangue pra descobrir se.... — articulei com as mãos.

— Falei ué. — deu de ombros.

— Alícia. — falei em tom repreensivo.

— Ué, eu ia falar o que?  Que eu estava fazendo?  Ele ia perguntar porque eu estava fazendo e ia dar merda.

— Ah tabom, tabom!!! — sentei na cadeira.

— Calma, vai dar tudo certo. — me abraçou de lado.

[…]

— Não sei porque você está rindo? — disse à Emanuel que estava rindo pela minha suposta gravidez.

— estou rindo porque estou me lembrando de quando você descobriu que estava gravida do Gui.

— Cala à boca garoto. Vou bater nele heim Alícia. — eles riram

— Calma formiguinha. — disse ele implicando.

Estávamos no carro indo pra minha casa depois de eu ter feito o exame. Na verdade casa dos meus pais.

Depois que descobri que Filipe sumiu dona Paula disse que eu teria que sair do casarão e me mudar pra outra casa. Ela queria pagar um aluguel, mais se não tenho mais marido, não quero ser bancada pela mãe dele mais também. O que eu conseguir é por mérito meu.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora