vinte e três

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DÉBORA NARRANDO.



Eu me encantei quando entrei no quartinho. Ele era todo branco com quadrinhos na parede de carrinhos, uma linha de um palmo com azulejos do tema dos carros. Tinha uma poutrona branca reclinavel de amamentação perto da porta que eu acho que dava pra varandinha. Um berço grande, acochoado, bem fofo branco com detalhes azuis. O mosquiteiro, uma rodinha de uns carrinhos pendurado de baixo do mosquiteiro. Um guarda roupinha branco vazio com 6 portas e três gavetas todo delicadinho. Tinha mais um cômodo que eu acho que era o banheiro. A essência do quarto era de bebê. Era simplismente um quarto dos sonhos de qualquer mãe.

- Meu Deus dona Paula. - disse colocando a mão na boca. - Isso aqui é simplismente um sonho.

- Era do Filipe quando ele era bebê. - disse sorrindo admirando tudo comigo.

- Nossa.

- claro que eu fiz transforções e atualizei tudo. Mais esse quarto era do Filipe quando era bebê.

- Nossa, é simplismente lindo. Eu amei. Mais, se for menina dá pra adpitar né? - digo sem graça.

- Não se preucupe com o sexo do bebê. - disse convicta. - Eu sei que a vontade de namorar tudo isso aqui é imensa, mais temos que olhar o resto da casa e ver as mudanças que você vai querer fazer.

MUDANÇAS?

- pelo que eu estou vendo, eu não vô mudar nada aqui. - rimos

Eu estranhei só uma coisa.

- dona Paula?

- Sim minha menina?

- como que a sr conseguiu ajeitar isso tudo se nós descobrimos a gravidez tem dois dias?

- Isso não é problema pra mim. Eu encomendei tudo com meus antigos patrocinadores e disse que faria uma divulgação nas minhas redes sociais sobre suas peças. Contratei a arquiteta e ela ajeitou tudo pra mim.

- Mais Paula, Ninguém pode saber que eu estou grávida. - disse apavorada.

- Calma minha filha. Seu nome não está divulgado. É só um simples comercial que eu irei fazer.

Suspirei mais aliviada.

- Você sabe que não precisava disso tudo né? - disse sorrindo cansada.

- Eu fiz não por obrigação. Mais porque é um prazer.

Olhamos o resto dos cômodos e não era pra menos. Era realmente uma casa de cinema. Tinha até uma sala de cinema. Meu Deus

EU NÃO SOU MERECEDORA DEUS

- Bom, já que você gosto, não temos mudanças pra fazer. Vamos embora?

- Sim. - bocejei.

- está com sono? - disse andando comigo para fora da casa.

- Sim. - assenti.

Ela riu.

- O que foi? - perguntei sem entender.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora