VINTE E UM

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DÉBORA NARRANDO


- você. - se camuflô e começo com um tom de ignorância. Ele deixou a porta aberta e entrou pra dentro da casa novamente.

- Olha com quem você vai ter que casar garota. - disse meu pai com desprezo.

- Deixa ela Isaque. - repreendeu minha mãe a meu pai. - Entra Filha. - disse minha mãe consideravelmente carinhosa.

Estava, estando tanto tempo na sala dos Hernanes que já estava quase me sentindo em casa. Claro, se ela não me lembrasse de como eu fui tratada a primeira vez que estive aqui.

- Que maravilha que vocês vinheram. - disse Mateus entrando na sala.

- A paz. - disse meu pai já mudando o tom de voz. Era a primeira vez em dois dias que vejo meu pai sorrir.

- Oi minha menina. - disse Dona Paula vindo em nossa direção.

- Oi Paula. - disse abraçando ela. Ela passou a mão na minha barriga com tanto carinho que eu fiquei com ciúmes da minha ervilinha. Sorri involuntáriamente com esse gesto. Levantei minha cabeça que estava abaixada olhando o gesto de dona Paula e ví Filipe com um sorriso de canto.

ELE SORRIU? SERÁ QUE DEVE SER POR CAUSA DO NOSSO FILHO?

Ele logo desfez o sorriso assim que viu que eu o olhei e voltou pro corredor que dava pra cozinha.

- Débora. - disse Marcos descendo as escadas.

- Fique à vontade minha menina. - sorri pra ela que logo foi falar com a minha mãe.

Marcos chego logo me sufocando com seu abraço. "Adoro abraços sufucantes " Ele ficou de joelho e deu um beijo na minha barriga.

- Eu sô não vô matar meu irmão, porque ele vai me dar o melhor presente de todos.

Meus pais e os senhores Hernanes se sentaram no sofá pra conversar em quanto eu e o Marcos fomos pra cozinha ficar com Ana.

- Oi minha princesa. E o meu o príncipe, cadê? - disse Ana com a cara mais boba possível.

- Príncipe? Tá todo mundo duvidando de que possa ser uma menina. - sorri.

- se for um menino, eu vô ensinar ele a se arrumar que nem playboyzinho, pegar as meninas, andar cheiroso, a jogar bola, a definir o corpinho pras meninas pirar mais.

Eu e Ana caímos na gargalhada.

- Credo, assim você tá querendo disviar meu pimpolho do caminho do Senhor - disse Ana séria.

Escutei passos atrás de nós que estavamos sentados de costa pra porta que dá pra cozinha. Menos Ana que estava fazendo a comida podendo olhar pra todos os ângulos.

- Quer alguma coisa Filipe? - minha barriga gelou na hora. Meu coração bateu mais forte. Já disse que isso só acontece quando ele está por perto? Que inferno.

- Só vim ficar na cozinha da minha casa Aninha. - ele andou em volta da mesa e se sentou de frente pra mim. Engoli em seco.

A FILHA DO PASTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora