Capítulo 3.1

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A festa seria na casa de um dos veteranos e Aurora mal sabia o que a esperava. Drogas, bebidas e orgias eram o mínimo que ela encontraria. A casa era imensa, um enorme sobrado branco, com uma entrada decorada por um belo jardim e uma gigante piscina a área externa da casa. O ambiente estava inteiro iluminado com luzes artificiais e coloridas devido ao DJ que lá estava. O céu estrelado emoldurava ainda mais a festa, mas as pessoas estavam ocupadas demais para reparar nesse detalhe.

Aurora não sabia de quem era a casa, mas isso não importava. Ela estava lá para se divertir.

O barulho da música dava para escutar da esquina, sorte a casa ser isolada ou com certeza o dono teria grandes problemas com os vizinhos. Ana estacionou o carro e se livrou dos cintos rapidamente. Aurora estava nervosa, mas tinha sua amiga do lado, poderia confiar nela, certo?

Aurora estava estupefata com a quantidade de pessoas, e ainda mais encantada com o interior da mansão. Percorria seus olhos em cada canto e se assustou um pouco quando viu várias pessoas bêbadas, outras se pegavam sem pudor nenhum na frente de todos.

– Ei Aurora, venha. Vamos beber. – Ana segurou em sua mão e a levou até a cozinha para pegar bebidas. Era uma realidade distinta da que estava acostumada, mas ela teria que se arriscar e sair da sua vidinha monótona de todos os dias.

O caminho inteiro ela chamou a atenção. Alguns se aproximavam dela e a tocavam como se fosse um pedaço de carne, tentava a todo instante se esquivar dos rapazes que a observava com desejo nos olhos.

– Vou preparar sua bebida. Pelo visto, nem isso você sabe fazer. – Ana pega um copo e enche de gelo o preenchendo até a metade com vodka e o restante com suco de morango. – Aqui. – Ela estende o copo a Aurora. – Eu vou tomar uma cerveja, como você não está acostumada com bebida certamente odiaria o gosto amargo da cerveja. Eu fiz um pouco mais fraco pra você. Experimenta.

Aurora olha o copo em suas mãos e prova sua bebida. O sabor da vodka queima a sua garganta o que a faz engasgar.

– Depois de um tempo você se acostuma. Vem, vamos conhecer algumas pessoas.

Ana estava de mãos dadas com Aurora, apesar de tudo, Ana não deixaria Aurora perdida no meio daqueles leões famintos. Ela cumprimentava alguns amigos enquanto procurava pelo melhor lugar a se ficar.

– Ta vendo aquele garoto ali? – Ana aponta para um rapaz moreno perto da escada. – Se mexer com ele eu te mato.

– Você gosta dele? – Aurora deduz.

– Sou louca por ele. Olha aquele corpo, todo definido, eu beijaria cada gomo daquele tanquinho e depois... Melhor nem dizer, ou vou assustar você. Mas ele nunca me nota, quer dizer, eu nem sei o que eu faria se ele me notasse. Eu simplesmente travo quando eu o vejo. – Ana suspira.

– Por que não tenta falar com ele? – Aurora sugere sorridente.

– Qual é a parte do "Eu travo quando eu o vejo" você não entendeu? – Aurora murcha sua expressão e decide ficar quieta, mas Ana é imprevisível. – Quer saber? Você tem toda a razão. Ana deu uma grande golada em sua cerveja tomando coragem para ir falar com o tal rapaz. Aurora não tinha mais o que fazer a não ser ir atrás de Ana.

– Hola que tal? – Ana pergunta sem rodeios.

– Bem e você?

– Estou ótima. Prazer sou Ana. – Ana estende sua mão

– Travis. – ele aperta a mão de Ana e a puxa a um abraço.

– Essa aqui é minha amiga, Aurora, ela é americana. – Ana a apresenta.

Red Blush - O cabaréOnde histórias criam vida. Descubra agora