Capítulo 22

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O almoço estava tranquilo e as pessoas distráidas. O momento era perfeito para que Cassandra desse uma escapada e ninguém sequer notasse, exceto Marcus, mas ele já sabia os motivos da mãe.

Juan Carlos aproveitou para se juntar a família Connor, já que apesar das circunstâncias, eles ainda mantinham graus de parentesco devido a Clair. A pequena logo que viu o delegado correu para abraça-lo da forma mais doce e inocente que uma criança poderia dar. Ainda em seu colo, Juan deu um aceno as pessoas sentadas a mesa e pôs-se a cumprimentar William.

– Por que não levou Clair para me ver nesses ultímos meses?

– Me desculpe Juan, mas o trabalho tem me tomado muito tempo.

– Que isso, meu rapaz. Você é quase o dono daquele estabelecimento.

– Oh não, nem que eu quisesse eu me tornaria dono daquele lugar.

Marcus pigarreou, mesmo dispensando formalidades em relação a Juan, manter a discrição era sempre pautável.

– Quero dizer, o senhor sabe que meu negócio são as fotografias.

– Claro – concordou sem nenhum entusiasmo.

– Mas o senhor pode visitá-la quando quiser. De manhã ela estará na escolhinha, mas a tarde ela fica com a babá.

A verdade era que Will tinha tempo para levar Clair para vê-lo, mas o rapaz sentia-se incomodado com a presença do delegado, aliás, o fato dele saber de tudo o que se passava dentro do Red Blush e permanecer omisso, lhe criava várias desconfianças e a sua curiosidade sempre se aguçava ao estar perto dele.

– Está certo! Posso me juntar a mesa?

– Claro – Will esboçou um sorriso devidamente cínico.

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– Espero que esse almoço nos renda uma boa grana. Não está e nunca estará em meus planos vender o cabaré para a Fresa Roja – disse entre gemidos.

– Oh Cassandra, meu amor, não se preocupe, boa parte irá para o Red Blush, podemos fazer mais dessas coisas, o povo gosta de pão e circo, daremos a ele o que eles querem e nós dois saímos ganhando nisso tudo.

– Eu sei, mas tem uns ou outros que são muito espertos. E você sabe que Lorenzo sempre sonhou em ver o Red Blush sendo destruído. – deu um sorriso debochado – Mal sabe que se nós cairmos eles também caem.

– Por que não firmam um contrato com eles? Os negócios podiam muito bem crescerem, vocês expandiriam ainda mais os negócios do cabaré – desabotoa os botões as mulher sedento pelos seus seios.

– Não é tão fácil assim. É arriscado expadir os negócios em outros países. Por isso ainda permanecemos somente em Cancún. Esse seria um planejmanto para o ano que vem, até entrarmos em crise, mas nada me tira da cabeça que o que aconteceu tem a ver com Lorenzo. Ele sempre invejou o fato de o cabaré estar lotado de gente, e o que me dá mais medo, é que ele tente algo contra minha nora.

– Preocupada com ela? – perguntou enquanto traçava uma trilha de beijos em seu pescoço até chegar ao paraízo.

– Não com a vadia em si, mas com a grana que ela poderá nos dar, ainda mais agora que houve uma mudança de acordo.

– E isso não seria suficiente? – tirou a saia de Cassandra de forma delicada.

– Seria se meu filho a fizesse dormir com qualque um, mas ele é possessivo em relação a Aurora, e ele é quem escolhe os clientes.

Red Blush - O cabaréOnde histórias criam vida. Descubra agora