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Saio de casa sete e vinte, já que a casa de Angel fica um quarteirão depois da minha.

Toco o interfone e Angel me manda subir, enquanto ouço o Clic do portão abrindo.

E como já temos muita intimidade e confiança, subo direto pro quarto dela pra chamar a princesa que demora duas horas pra se arrumar, pra apressar la, ou então podemos esquecer o cinema.

- Angel? - chamo e bato na porta do quarto.

- Pode entrar gato. - ela responde quase gritando de empolgação. Caio na risada.

- Já entrei, você ainda não tá pronta? Misericórdia. - falo colocando a mão no peito como se estivesse realmente chocado com a demora, e ela revira os olhos.

- Meu bem eu sou uma mulher, tenho que andar poderosa. - ela desliza as mãos sensualmente ao lado do corpo e eu sorrio pra ela. Ela é uma mulher realmente maravilhosa, se não fosse por ela eu já teria afundado lentamente na bad.

- Claro que voce é, um mulherão da porra, mas anda logo flor. - falo rindo quando vejo a expressão de choque no rosto dela.

- NÃO ME CHAMA DE FLOR. - ela grita me dando tapas no braço, saio do quarto correndo e ela me persegue até o corredor.

- E concerta seu batom, porque ele está todo borrado no dente. E anda rápido. - grito quando ela volta pro quarto, ela coloca língua pra mim e bate a porta. Volto pra sala e dona Marta me olha sorrindo.

- O que foi? - pergunto já sorrindo também.

- Que gritaria foi aquela lá em cima? - pergunta.

- Eu chamei a Angel de flor. Ela odeia. - falo rindo e me sento no sofá.

- Odeia mesmo. Se vocês não se amasse tanto ela nunca mais olharia na sua cara. - ela fala sorrindo e se senta ao meu lado no sofá.

- É. - concordo com a cabeça. Ela se aproxima de mim como se fosse me contar um segredo e fala baixinho.

- Meu sonho é ver vocês dois casados. - ela me confidencia e eu apenas a olho de boca aberta completamente sem reação.

- MAMÃE. - Angel grita da escada e eu dou um pulo de susto, saindo finalmente do transe.

- O que foi? Eu quero mesmo. - ela fala sorrindo amplamente e meu rosto esquenta, tenho certeza que tá completamente vermelho.

- Vamos Chris, antes que minha mãe me mate de vergonha. - ela pega meu braço e me puxa em direção a porta.

- Se cuidem, e não façam nada que eu não faria. - ela grita ainda do sofá.

- Tchau, Dona Marta. - Angel grita e bate a porta.

- Eu não sabia que sua mãe pensava isso. - falo ainda embasbacado pela revelação dela.

- Ela é sem noção. Se você levar isso a sério eu dou um tapa na sua cara. - ela fala séria, mas acaba rindo em seguida.

- Okay. - falo também sorrindo e ela enlaça o braço no meu, e rumamos pro cinema.

°°°

Quando finalmente chegamos ao cinema depois de parar várias vezes na rua pra rir loucamente dos comentários de Angel, ainda faltavam alguns minutos pra começar nossa sessão e não tinha ninguém na fila.

- Não tem ninguém na fila. Você não acha estranho? - pergunto pra Angel quando nos aproximamos da bilheteria.

- Nem um pouco. - ela fala desinteressada e pede duas entradas pro rapaz. E um combo casal, que sai mais barato.

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora