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Depois da rapidinha que fizemos na balada, eu e Rob não tivemos mais nossos momentos a sós, e nesse último mês ele está quase subindo pelas paredes, sempre tentando emplacar uma outra rapidinha, mas sempre nos levando a flagras extremamente embaraçosos, me provocando várias crises de riso, mas o deixando ainda mais frustrado. E junto com essa falta de sexo, as crises de ciúmes sem sentido e aleatórias se tornaram ainda mais frequentes.

Meu pai comprou um apartamento bem próximo a casa da família de Robert, onde eu estou morando depois de ser expulso pela minha mãe. O apartamento dele fica em um condomínio familiar extremamente tranquilo e ele o cedeu para o Felipe morar e cuidar de tudo, uma vez que o Lipe se mudou definitivamente pra nossa cidade mas ainda não tinha sua própria casa. isso me deixou extremamente feliz, pois o Lipe é meu melhor amigo e é muito bom o ter por perto, apesar de o Robert odiar nossa amizade e sempre implicar como Felipe.

As visitas da minha mãe à casa de minha sogra, Paola, se tornaram regulares e apesar de sempre ter um motivo diferente pra ir até lá, eu sei que no fundo ela está indo por mim, porque eu me recuso a acreditar que ela realmente esteja precisando de uma xícara de açucar emprestado. Nas últimas semanas nossa relação tem melhorado, a passos de tartaruga eu reconheço, mas agora pelo menos nós temos uma relação de novo depois do choque de eu ter me assumido.

No trabalho eu não poderia estar melhor. Recebi um aumento de salário depois de convencer um cliente a não processar o escritório do meu chefe sobre um caso de abuso que ele soube, não entendi muito bem o que aconteceu, mas depois que passei o assunto pro Sr August o cliente nunca mais apareceu.

Na escola a situação estava um pouco tensa, pois devido a quantidade de matéria perdida resultou em notas muito baixas, o que eventualmente me fez entrar de cabeça nos estudos pra recuperar o tempo perdido. E levando em consideração que o final do ano está muito perto e com ele as provas finais e o vestibular batendo nas portas eu mal estou tendo tempo de respirar. Sempre sonhei em cursar medicina, pois é uma profissão linda, mas nunca consegui me decidir pela especialização, por isso tenho que estudar ainda mais conteúdo se eu realmente quiser ter uma chance.

ººº

O domingo amanheceu radiante, um sol leve e um calor ameno, o que me deixou de excelente humor ao contrário de meu namorado, Robert, que acordou com um humor terrível, que sendo sincero já se tornou quase o normal dele. Combinamos ontem de que hoje passaríamos o dia sozinhos no clube, pra curtir um o outro um pouco e pra eu arejar a cabeça um pouco dos livros didáticos. Apesar de seu mal humor decidimos ir pro clube, e o humor de Rob melhorou bastante depois que eu o mamei no banheiro reservado do clube e depois o ataquei com beijinhos dentro da piscina, até que ele fecha a cara do nada.

- Chegou quem não fez falta. – ele resmunga entre dentes não muito baixo, olhando por cima do meu ombro.

- E aí Rob? - ouço a voz de Felipe atrás de mim - Oi Chris! - ele me cumprimenta e quando eu me viro o vejo parado na beirada da piscina com seu sorriso enorme na cara.

- Oi, Lipe, como que você tá? - respondo seu cumprimento, ignorando o olhar feio do homem do meu lado.

- Tudo tranquilo, graças a Deus. - ele sorri de novo e Rob fecha a cara ainda mais, se é que isso é possível. - posso ficar aqui com vocês? tava esperando uma amiga mas levei um bolo. - ele sacode os ombros.

- Claro que pode, não tem probl...

- QUÊ? - Rob grita do meu lado, furioso e eu dou um beliscão nele.

- Quer saber? É melhor eu ir nessa, a gente se vê depois. - Felipe fala antes de eu responder qualquer coisa, ele dá um aceno sem graça e se vira pra ir embora.

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora