- Robert? - grito mais alto e nada, ando até ele e o toco, mas ele não percebeu que eu estou o tocando.
Eu morri? - faço essa pergunta pra mim mesmo, embora não tenha a resposta.
Eu estou morto?Mas apesar de tudo eu estou feliz, feliz por Rob estar aqui comigo, mas minha mãe nem fez questão de vir me ver. Sinto uma pontada de tristeza, e resolvo voltar pro quarto junto ao meu outro eu.
As horas passam e a todo momento entra um enfermeiro pra cuidar de mim, já amanheceu, era hora de ir pra escola, mas eu estou aqui nessa cama dormindo, ou morto não sei.
De repente entra o médico, e começa a checar todos os meus sinais vitais, saio do quarto mais uma vez, mas Rob não está mais na recepção, provavelmente ele se cansou e foi embora, talvez ele não queria mais saber de mim. Se for esse o caso, então eu prefiro ficar assim como eu estou, invisível, não quero acordar, pelo menos não tão cedo.
Rob Pov.
O dia já está amanhecendo, e eu tô precisando de um banho pra restaurar minhas forças, vou pra casa com Edu, que vai pra aula, tomo um banho, tomo café da manhã e volto pro hospital, já são oito e meia da manhã quando o médico me chama, e avisa que finalmente eu posso ver Chris, me encho de alegria mesmo sabendo que ele está dormindo, mas talvez ele possa me ouvir.
Entro no quarto e meus olhos começam arder assim que o vejo deitado naquela cama, pálido, sem a essência que ele tem.
- Chris.
- Porque você fez isso meu amor? - e as lágrimas começam a descer.
- Você precisa voltar, precisa acordar, eu preciso de você, não faça isso comigo, Eu te amo, eu não sabia o que eu sentia, mas agora tenho certeza absoluta, que é amor, eu preciso de você Christian, meu Christian. - seguro a mão dele, e a beijo bem de leve.
- Bom, sabe o Justin? Ele salvou sua vida, foi ele que doou sangue pra você ontem, o meu não era compatível pra doar. - falo com ciúmes, o médico bate na porta e pede que eu me retire, porque vão dar "banho" no Christian, saio relutante, mas não tenho escolha.
Chris Pov.
Ao ver Rob chegando novamente, eu entendo, ele foi tomar banho, mas já está de volta, me sento ao lado dele no banco de espera, onde ele espera ansioso por alguma coisa, acho que pra me ver, e fico ali o observando até que o médico o chama e ele entra no meu quarto, entro logo atrás dele, e ele está com os olhos marejados e fixos em mim, ele começa a falar comigo e lágrimas descem por seu rosto, ele está sofrendo por mim?
(...) Eu te amo.(...) - essas palavras me deixam completamente abobalhado, como assim ele me ama? Eu sinto algo muito forte por ele, mas ainda não sei exatamente o que é.
Amor. Será que eu também o amo? - penso e uma escuridão toma conta de mim, e eu apago outra vez.
Rob Pov.
Algumas horas depois o médico me chama na sala dele, e a cada passo que eu dou mais o meu medo aumenta, tenho a sensação que não são boas notícias, Edu me ligou, ele avisou na escola que Christian não ia poder ir, e explicou a situação pra direção, agora só falta ele, o August.
Essa é minha chance de livrar Christian das mãos desse homem. - penso e entro na sala do médico, ele está com uma cara preocupada que só confirmou minhas suspeitas.
- Sente se. - ele disse apontando a cadeira na minha frente, e eu me sentei, o olhando calado.
- Ele entrou em coma, Senhor, não sabemos quando ele vai acordar, pode ser amanhã ou pode levar anos, eu não sei. - ele fala e aquelas palavras me atingem como navalhas.
- Não pode ser Doutor, tem que haver um engano, acorde ele doutor, por favor. - eu grito aflito.
- Temos que esperar ele acordar, mas conversar com ele pode ajudar muito, isso é tudo. - ele fala já abrindo a porta pra que eu saia.
Saio daquela sala mil vezes pior que eu entrei, minha vida está cada vez pior, o homem que eu amo está em coma, em um hospital, e eu nem sequer posso ajuda lo, ligo pro August, tenho o número pessoal dele então ligo diretamente pra ele.
Oi - digo assim que ele atende.
Alô? Quem tá falando? - ele pergunta desinteressado.
Não reconhece minha voz, sou eu, Robert. - falo revirando os olhos pro telefone.
Ah Robert querido, o que você deseja? - ele pergunta debochado.
Quero que demita o Christian, ele está no hospital e não vai poder trabalhar, tão cedo.
Eu vou viajar hoje, só volto daqui a um mês, não preciso dele nesse tempo, então não preciso demiti lo.
Mas eu estou demitindo ele, assina logo essa demissão dele.
Você não é o dono dele, além do mais só eu posso demitir ele, e adivinha eu não quero, então se não tem mais nenhuma idiotice a me dizer, tchau.
Maldito... - ele desliga antes que eu termine a frase.Maldito. Mil vezes maldito. - penso, mas agora eu tenho outras prioridades. Que é o Christian.
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Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS. CONTÉM CENAS FORTES, DE VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL. Oiie gente, esta que vos fala é a autore desse livro. Antes de tudo eu quero agradecer a vocês por lerem e acreditarem na minha obra, ou eu não estaria aqui...