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Gente, antes do capítulo começar eu gostaria de indicar pra vocês a obra de uma amiga escritora maravilhosa, que por enquanto está disponível aqui no wattpad de forma gratuita. O nome da obra dela é: 15 dias com elas - Na mente de um Serial Killer. RuthysDoretto então, galera corram lá e leiam sem moderação, aproveitem para conhecer as demais obras dela que também são maravilhosas.

Obrigado, feliz 2020 e apreciem o capítulo.

•••

Já fazem algumas horas desde que chegamos na cidade. E Dona Paola, depois de praticamente me esmagar em um abraço de urso, não para de perguntar sobre como foram nossas férias, que na verdade não são férias, mas sim essas duas semanas que estávamos na chácara do marido dela em recuperação.

Robert que vai respondendo todas as perguntas dela, deixando de fora nossas brigas, em certo momento ele deixa escapar algo sobre Rebecca, e ao ver minha cara de desgosto, Dona Paola não economiza nos sermões, já que não confia em nada na Rebecca.

Achei uma aliada. - sorrio.

Já é mais de meio dia quando eu finalmente me animo a descer pra almoçar. Sou surpreendido ao ver um homem desconhecido sentado na mesa com todos, numa conversa animada sobre viagens com Edu e Rob. Me sento na mesa um pouco tímido por não conhecer o homem que está sentado conosco. Mas a surpresa maior vem, quando Robert o apresenta como sendo seu pai.

Pai? Mas como isso é possível, ele ta sempre viajando a negócios, quando foi que ele chegou?

- Pai, esse é o Christian. Meu namorado. - Rob fala tranquilamente, levando o copo de suco a boca. Mas o de seu pai para instantaneamente entre a boca e a mesa.

- Seu namorado? - pergunta devagar e surpreso.

- Isso mesmo, papai. Meu namorado. - ele responde confiante, e eu apenas tomo um gole do meu suco em silêncio.

- Ótimo. Prazer Christian, eu sou o Henrique. - ele se vira pra mim e estende a mão num cumprimento, eu demoro responder pois não esperava que ele reagisse tão de boa assim.

- P... prazer senhor. - respondo atropelando as palavras.

- Ah, que senhor o quê? Tá me chamando de velho? Me chame de Henrique se não quiser me chamar de sogro. - ele responde sorrindo bem humorado e pisca pra mim de forma brincalhona.

- Wow.. Tudo bem.. Eu não esperava por isso. - falo meio atordoado. O almoço segue tranquilo sem mais surpresas, já estou me sentindo em casa com o Henrique aqui, ele é extremamente legal e conta ótimas historias sobre a infância do meu namorado, fazendo-o morrer de vergonha e eu morrer de rir.

•••

Quando eu finalmente acordo já é mais de seis da tarde, estava me sentindo cansado e acabei dormindo depois do almoço. Tomo um banho rápido pra acordar meu corpo por completo, e resolvo falar com a minha mãe, mesmo com medo de me magoar mais eu decido enfrenta-la de uma vez.

- Oi Dona Dulce. - falo assim que entro em casa, as palavras soam estranhas na minha boca, e minha mãe faz uma expressão triste. Mas ao perceber que eu a estou observando, ela muda de expressão.

- Oi, Christian. Como você está? - ela pergunta me pegando de surpresa.

- Bem. Obrigado. Vim por que preciso falar seriamente com você. - falo e ela aponta pro sofá, mandando silenciosamente que eu me sente, me sento e respiro fundo antes de continuar.

- O meu pai, quem era? - pergunto a olhando, atento a qualquer reação que entregue sua mentira.

- Ele está morto, é só o que importa. - ela afirma sem me olhar.

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora