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O natal finalmente tinha chegado, acordei com os barulhos de móveis sendo arrastados, a casa estava uma loucura, em todos os lugares tinha alguém da equipe de organização contratada por meu pai. Por isso desci direto pra cozinha, que também estava cheia de gente responsável pelo bufê, peguei apenas uma maçã e saí.

Acabei indo parar no meu refúgio, o parque abandonado, aquele lugar me trazia calma, e era tudo que eu precisava naquele momento.

As coisas com meu pai estavam cada vez melhores, fizemos um teste de DNA que provou as palavras da minha mãe, e nos vemos todos os dias, já que ele faz questão de ir me visitar todos os dias.

Felipe e eu estamos cada vez mais próximos, ele sempre aparece em casa e ficamos um bom tempo conversando.

Angel continua com o Matheus, apesar de não gostar nem um pouco da amizade dele com o Justin. E francamente eu também não.

As horas passaram rapidamente, e quando olhei o relógio já passava das duas da tarde, voltei pra casa, passei no salão e cortei o cabelo, e aproveitei também pra comprar um presente pro meu namorado e pro meu pai.

•••

Desci e me assustei um pouco com a quantidade de pessoas que estavam espalhadas pela casa, não conhecia quase ninguém ali, alguns eu tinha visto na festa na praia. Enquanto eu tentava sair pro jardim sempre aparecia alguém me perguntando se eu era filho do Fernando, eu sempre respondia um sim e me desvencilhava da pessoa.

Quando finalmente cheguei ao jardim, avistei Felipe sentado em uma mesa sozinho e fui até ele.

– Oi. Fazendo o que aí sozinho? - perguntei me sentando de frente pra ele, que abriu um sorriso ao me ver ali, se ele tivesse ideia do que aquele sorriso provocava em mim, ele fecharia na mesma hora.

– É, que bom que você apareceu. - quando abri a boca pra responder Rob me chamou.

– Meu amor. Vamos receber os convidados comigo vem. - Lipe afirma com a cabeça, e eu vou com ele.

Essa noite vai ser difícil. – penso quando chegamos ao portão e sinto ele me beijar.

A festa já estava animada, meu pai estava em uma mesa com a família de Rob, em uma próxima estava Angel, Anna, Amy e Alice, fiquei observando eles por um tempo. Era loucura a maneira que eu os amava e dependia deles, eram minha segunda família. Era incrível poder passar uma data tão especial com eles, senti um aperto ao lembrar de Mike, queria que estivesse comigo, mais ele havia ido embora a algum tempo, pra viver com a família.

Foi quando meus olhos pousaram sobre aquela garota ali sentada em uma mesa sozinha.
Quem diabos a tinha convidado? Era só o que me faltava. Resolvo subir pro meu quarto e arejar a cabeça um pouco, mais quando estava subindo a escada senti alguém segurando meu braço.

– Posso falar com você? - Alice perguntou me olhando apreensiva.

– Claro.

– Eu tô apaixonada por você Christian. - ela jogou aquela bomba em cima de mim e me beijou em seguida, mais eu não consegui corresponder, apenas fiquei parado. Ao perceber que eu não estava correspondendo ao beijo ela se afastou e em seguida saiu correndo.

Não esperava que ela gostasse de mim, fiquei a olhando sair dali mais o pior foi quando me virei pra seguir pro meu quarto e Robert estava parado no topo da escada com o rosto vermelho de raiva, e desceu a escada sério sem dizer uma só palavra comigo.

Fui atrás dele, mais meu pai me interceptou antes que eu o alcançasse.

– Esse é nosso primeiro de muitos natal juntos. - fala emocionado me abraçando em seguida, e por um segundo esqueci de todos os problemas que estavam acontecendo. Era o primeiro natal em que eu tinha meu pai comigo, e era tudo o que eu precisava, aproveitar.

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora