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Chris Pov.

É domingo e já se passaram quatro dias desde que eu e Rob nos reconciliamos, as coisas entre nós estão maravilhosas, ele me mima e me faz sentir nas nuvens o dia todo. E isso me assusta, já que eu não acredito nem um pouco em relacionamentos perfeitos, menos ainda quando tem uma terceira pessoa tentando se meter como faz a cobra da Rebecca que vem todo santo dia nos visitar, na verdade ela vem ver e se insinuar pro meu namorado, por isso eu nem tento disfarçar minha cara de antipatia ao vê-la.

Que garota chata, meu pai. Será que ela não se toca?

Encontrei com o Fernando um dia depois da festa, e ele não guardou nenhum rancor de Rob por ele ter lhe dado um soco, pelo contrário, estava super feliz por eu e meu namorado termos feito as pazes.

Apesar de ele afirmar categoricamente que não era necessário, eu praticamente obriguei Robert a pedir desculpas ao meu novo amigo, que apesar de ser teoricamente mais velho, na prática era como se tivesse minha idade.
O assunto do teste de DNA foi esquecido aparentemente, pois ele não tocou mais no assunto e eu estou aliviado por isso apesar de me pegar várias vezes pensando na possibilidade, ainda que remota, de ele ser meu pai.

Dona Paola liga todos os dias, pra saber como estamos passando e também pra me lembrar de tomar os remédios, que a propósito só falta um comprimido.

Edu ficou de vir pra passar o final de semana conosco, mas ligou no sábado avisando que tinha umas coisas pessoais pra resolver e só viria no domingo, hoje.

Angel me manda mensagens todos os dias pelo whatsapp, contei tudo que aconteceu pra ela e ela me contou as novidades da cidade. E apesar de termos uma conversa pendente, decidi que só vou tocar no assunto quando nos vermos, preciso saber quem é o garoto que ela estava beijando naquele dia, e ela sabe bem que não tem pra onde fugir do meu interrogatório.

Dona Dulce não ligou em nenhum momento, e aparentemente não tem nenhum interesse em nada relacionado a mim, já que ela desligou o telefone na minha cara quando Robert ligou pra ela tentando uma conversa civilizada. Assim que ele me passou o celular e eu disse oi, ela desligou sem responder nada.

Eu sei que não deve ser fácil pra ela, mas caramba, será que ela não pode fazer um esforço pra me entender?
Já é difícil aguentar o ódio e desamor das pessoas, mas elas não são importantes então é mais suportável, mas quando a própria mãe vira as costas pra gente é terrível.
Se ela acha que sofre com isso estando de fora, imagina estar na minha pele e ver as pessoas que eu amo me afastando sem remorso por algo que não eu não escolhi ser, eu simplesmente sou. É devastador.

°°°

Mas o que realmente me deixa com uma pulga atrás da orelha é uma ligação do Sr. August, que surpreendentemente ainda é o meu chefe, não entendi ainda o porque de ele não ter me dispensado por passar tanto tempo fora da empresa, mas aparentemente ele está em uma viagem de um mês, então ele ligou pra me avisar que posso voltar ao trabalho assim que ele voltar de viagem, e claro que eu concordo na hora. Mas o real motivo da ligação segundo ele, não é pra falar do trabalho, e sim saber como estou depois de tudo, sou pego de surpresa pois não esperava a ligação dele e muito menos pra falar sobre mim, guardo minha surpresa pra mim mesmo, ao contrário de Rob pega o celular e desliga na cara do meu chefe.

Grosso. Sei que ele faz isso pra me proteger, mas o que meu chefe pode fazer pra me prejudicar? Nada. E justamente por isso que não entendo essa antipatia que Rob tem por ele, e mesmo ele sendo completamente seguro ao dizer que August não é uma boa pessoa, não dou importância.

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora