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- Fico tão feliz que você também use uma. – falo sorrindo igual um bobo.

- Você me ama? – Ele pergunta segurando meus ombros de leve e me olhando fixamente nos olhos, olho para o chão sem saber o que responder, mas decido falar a verdade.

-  Eu não sei, o que eu sinto por você é muito forte mas não tenho certeza se é amor, você me entende? - tento explicar meio atrapalhado.

- É claro que eu te entendo meu amor, mas para sentir toda a força desse sentimento nós temos que sentir juntos. - ele tem razão, o sentimento que nos une é muito forte, mas eu preciso ter certeza do que eu sinto antes de me abrir com ele pra não o magoar.

- Bom, vamos? não aguento mais ficar aqui nesse hospital. – falo mudando de assunto e ele sorri.

- Vamos sim, estou louco para chegarmos logo na chácara. Quero aproveitar muito essas duas semanas com você. - ele fala empolgado e eu sorrio do jeito animado dele.
Enlaço meu braço pelo dele e saímos do hospital assim, de braços dados. Entramos no carro e rumamos para casa de Robert. 

°°°

Assim que entramos na casa dele a mãe de Rob me abraça apertado.

- Eu acho que você fisgou o coração do meu Rob, hein.. – ela cochicha no meu ouvido e eu dou um tapa de leve no braço dela.

- Parece que sim. – cochicho de volta e ela solta uma risadinha.

Subimos para o quarto o quarto dele, é grande com uma cama de casal, com um abajur em cima do criado-mudo. Antes de conseguir observar todos os detalhes do quarto, Rob entra e me agarra por trás. Tomo um susto mas acabo sorrindo ao senti-lo soprando sensualmente meu pescoço, me viro pra ele e me deparo com um par de olhos brilhando e me observando atentamente, envolvo seu pescoço com meus braços e o beijo ao que ele me corresponde imediatamente, quando o beijo para ele continua me observando atentamente.

- O que foi agora? – pergunto e aperto o nariz dele de brincadeira.

- Nada, só estou admirando o meu namorado lindo. – ele responde com cara de bobo.

- Pois pode parar, eu sei que eu sou lindo mas uma foto dura mais. – brinco e entro no banheiro deixando ele com uma cara de indignação.

- Eu já vou arrumar minhas roupas enquanto você toma banho, para irmos hoje mesmo não quero perder mais tempo.

- Só tem um probleminha minhas roupas estão lá em casa – falo saindo do banheiro novamente.

Eu não posso passar minha vida inteira fugindo da minha mãe. Preciso enfrentar ela e vou fazer isso agora mesmo e de cabeça erguida. - penso e saio do quarto de Rob decidido, ouço ele me chamando mas não paro pra esperar.

Toco o interfone da minha antiga casa e minha mãe aparece depois de alguns minutos, com um copo de suco na mão.

- Oi mãe. – falo assim que o olhar dela para em mim.

- O que você veio fazer aqui na minha casa? - ela pergunta num tom ríspido.

- Eu só vim pegar umas roupas, vou viajar. - falo e entro na casa.

- Pega tudo logo e não volta mais. - ela fala com uma voz calma e fria, fria até demais. Tento não me abalar com isso mas sinto meus olhos arderem.

- Eu não vou levar tudo agora, só vou pegar o que eu preciso agora. Essa casa é minha também e eu não penso em renunciar isso. – grito e subo correndo pro quarto. Tudo está exatamente como eu deixei, provavelmente minha mãe nem entrou nele depois que eu saí.

Ótimo.

Pego algumas peças de roupa e coloco na minha mala, o suficiente para duas semanas, e pego também meu all-star preferido, saio do quarto e tranco a porta colocando a chave no bolso em seguida.

- Se você voltar aqui, faça o favor de não me dirigir a palavra, Christian. - ela fala assim que me vê descendo a escada.

- Não se preocupe não vou voltar aqui tão cedo, mas não pense que vou deixar de vir totalmente. - falo e saio batendo a porta atrás de mim. Robert está me esperando do lado de fora e me olha com uma expressão triste.

- Sinto muito meu amor, você não merece passar por isso. – ele fala e eu solto o ar que nem tinha percebido que estava prendendo.

- Tá tudo bem, bom, há 18 anos minha mãe e meu pai pensaram que fazer ao natural era melhor, mas hoje estou aqui provando o contrário. – falo tentando quebrar o clima tenso, mas uma lágrima teimosa desce pela minha bochecha. - suas roupas já estão arrumadas? Então vamos, vou tomar banho na chácara. Leva a minha mala, por favor, meu braço tá doendo. – peço. Robert pega minha mala e vamos para casa dele pegar as malas dele.

- Se cuidem meninos. - Dona Paola fala enquanto Edu ajudar o Robert a colocar as malas no carro.

- Pode deixar, Dona Paola. - respondo rindo.

- Tá me chamando de velha é garoto? me chama de Paola, e se divirtam hein, mas não se esqueça dos Remédios. - ela fala piscando e me entrega uma sacolinha de farmácia com os remédios que o médico me receitou.

- Claro don... quer dizer Paola. - falo e ela pisca novamente rindo.

- Tchau mãe, tchau Edu. - Rob fala abraçando e beijando a bochecha deles e eu dou risada com a cara que o Edu faz ao receber o beijo do irmão.

- Se divirtam. - ele fala e sorri.

Assim que entramos no carro ele segura minha mão e me beija carinhosamente.

- Essa vai ser nossa primeira viagem juntos e eu vou garantir que seja maravilhosa. - ele me fala e dá a partida no carro nos levando rumo a chácara.

Pra você também será inesquecível meu amor. - penso e sorrio olhando para ele.

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Beijo, amo vocês!

Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora