Olho outra vez pro anel, que serviu perfeitamente em meu dedo, guardo o celular sem responder, decido responder pessoalmente amanhã, e me deito, relembro a noite maravilhosa que eu tive e me pego sorrindo, então durmo.
- Christian? Já acordou meu amor? - ouço minha mãe me chamar na porta do quarto.
- Já sim mãe. - respondo ainda grogue de sono, me lembro que hoje é o meu primeiro dia de trabalho e fico imediatamente animado, tomo um banho rápido, me arrumo e desço.
- Bom dia mãe, como foi sua noite? - pergunto dando um beijo na testa dela.
- Bom dia, a minha foi normal, mas parece que alguém teve uma noite ótima, acordou tão animado. - ela responde fazendo uma expressão interrogativa, e um rubor quente cobre meu rosto.
A senhora nem imagina o quanto. - Eu não posso esconder isso da minha mãe sempre, mas por enquanto não é o momento.
- Minha noite foi boa, mas eu estou animado por que começo a trabalhar hoje. - respondo sorrindo.
- Ah é, eu tinha me esquecido, mas olha o que eu te falei, cuidado meu filho, não confie em August, as coisas que eu ouvi sobre ele apesar de boatos não são nada boas. - ela fala séria me encarando.
- O que você ouviu mãe? - pergunto interessado.
- Só toma cuidado tá. - ela me beija, na testa e sai pro consultório.
Passo pela casa da Angel, pra irmos juntos e eu contar todas as novidades pra ela, além do mais ela precisa me contar sobre aquele garoto que ela estava conversando tão animada ontem.
Se ela tiver namorando e não me contou, ela me paga. Estou perdido nos meus pensamentos, mas um barulho de carro me desperta quando me aproximo da casa da Angel, e o que vejo em seguida é exatamente o que eu estava pensando, Angel estava beijando aquele cara, um beijo de bom dia provavelmente, levando em consideração que ainda não são nem sete da manhã, em seguida entram no carro e saem rumo a escola.
Traidora. Me trocou por um... Cara.
Volto pra rua da minha casa e passo na casa do Mike, afinal eu já tinha começado a contar tudo a ele.
- MIKE. - gritei no portão.
- Já vou, Chris. - ele responde já aparecendo na porta principal.
Assim que saímos conto tudo pra ele, o pedido de namoro, mostro o anel pra ele, que a propósito eu estou usando, só não conto a parte do parque, ele fica super feliz e me abraça ali no meio da rua mesmo.
- Você merece Chris, mas se ele te fizer mal, arranco os testículos dele. - ele fala e eu faço uma careta de dor.
- Obrigado Mike. Mas e você não conheceu ninguém interessante nessa sua viagem, não? - pergunto curioso.
- Eu conheci um cara, na viajem, nós estamos conversando, se rolar algo eu te conto tudo. - ele sorri.
- Hmmmm, sei. Quero saber tudo. - falo assim que chegamos no colégio, não vejo a Angel em nenhum lugar, então entro direto, Mike segue pro banheiro e eu vou pra minha sala, mas um braço me barra no caminho.
- Oi Christian, ontem não te vi mais, você está bem? - era Justin, agora sem a tensão de ontem, pude reparar nele, um rapaz bonito, e com um sorriso fofo no rosto.
- Oi Justin, você me assustou, eu estou bem e você como está? - respondo também sorrindo.
- Também estou bem, me passa seu número pra combinarmos algo juntos. - ele fala já pegando o celular do bolso.
- Não sei se é uma boa idéia. - passoa mão lentamente pelo rosto pra ele ver a aliança, mas ele não parece notar ou ignora deliberadamente.
- Somos amigos ou não? - pergunta se aproximando mais de mim.
- Claro que sim. - e passo o número.
- Preciso ir, minha aula já vai começar, até depois. - falo e saio sem dar tempo de ele tentar me impedir.
- Eu te ligo. - ele grita quando já estou longe, me viro e ele está comemorando agitando os braços pra cima.
Maluco.
Angel passa todas as aulas sem falar comigo, e eu também não tento puxar assunto, não consigo me concentrar na aula, não vejo a hora de ir embora pra ver meu namorado, além do mais as aulas especialmente hoje estão um tédio.
Volto pra casa com Mike, rindo todo o caminho, já que ele faz piadas com tudo o que vê pela frente, incluindo as pessoas.
Ao chegar em casa, percebo novamente o carro sem placa, parado no mesmo local de antes, me sinto ridículo por achar que o dono do carro está observando minha casa, mas eu sinto que tem algo muito estranho envolvendo aquele carro, uma sensação estranha passa por todo o meu corpo, e eu entro apressado em casa.
Almoço rapidamente, e saio, eu fui avisado pra não atrasar, pois o famoso Senhor August, não gosta de atrasos, o carro não está mais ali quando eu saio de casa, fico um tempo parado na porta observando a casa de Rob, na esperança que ele apareça pra me dar ao menos um beijo secreto, mas ele não aparece, sinto a já familiar sensação de saudade, respiro fundo e começo a andar.
°°°
- Bom dia Christian. - a mesma moça do dia anterior me cumprimenta assim que eu entro no escritório.
- Bom dia.. Ahn qual seu nome mesmo? - pergunto me aproximando da mesa dela, envergonhado por não ter prguntado no primeiro dia.
- Alice, Lice pros amigos. - ela responde e pisca pra mim.
Reviro os olhos pra intimidade dela. Antes de responder a porta se abre novamente e eu me viro mais rápido que devia, entra um senhor não muito velho, aparentemente uns quarenta anos, que paralisa assim que seus olhos encontram os meus e sua boca se abre em um O perfeito, como se me reconhecesse e não pudesse acreditar que eu estava ali, coloco as mãos na cintura e o olho fixamente com uma sombrancelha arqueada, e ficamos assim por um tempo enquanto ele me olha de cima a baixo várias vezes.
Porque eu tenho a impressão que eu o conheço de algum lugar, - penso, mas não consigo me lembrar. - talvez eu esteja confundindo ele com alguém, mas esse olhar. Esse olhar me remete arrepios.
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Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS. CONTÉM CENAS FORTES, DE VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL. Oiie gente, esta que vos fala é a autore desse livro. Antes de tudo eu quero agradecer a vocês por lerem e acreditarem na minha obra, ou eu não estaria aqui...