Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)

21

A viagem segue tranquila, eu passo boa parte do caminho dormindo, e apesar de a chácara não ser muito longe, eu me sinto bastante descansado quando Rob me acorda avisando que já chegamos.

A chácara é muito linda, nem parece ser numa praia, é uma área enorme toda fechada e cheia de várias espécies de plantas, e árvores, é realmente uma chácara num canto na beira da praia, entramos pelo portão principal e seguimos pelo caminho de pedra que nos leva a uma sala de estar, aberta e com algumas redes.

Rob estaciona o carro e logo o caseiro vem nos receber super animado, ele é um senhor de aproximadamente uns 50 anos, muito simpático, recebe Rob com um abraço e me cumprimenta em seguida com um aceno de cabeça e um sorriso no rosto, sorrio de volta pra ele, que entra no carro e o leva pra algum lugar atrás da casa, onde imagino ser alguma espécie de garagem.

A casa é grande de dois andares e assim que entramos, fico surpreso ao ver que o interior é um ambiente aconchegante, me sinto imediata e estranhamente em casa aqui, olho pra Rob e dou um sorriso em seguida deposito um selinho em seus lábios.

- E aí? O que você achou da chácara do papai? - ele pergunta animado.

- Eu estou amando, mas onde fica o meu quarto, preciso deseperadamente usar o banheiro. - falo um pouco envergonhado por ter que falar um detalhe constrangedor, mas ele riu e aponta pra escada.

- Lá em cima, e é o nosso quarto. - ele fala rindo, me dá um selinho demorado e sai em direção ao que parece ser a cozinha.

Assim que subo a escadaria, me deparo com um corredor com quatro portas, abro todas elas e só ao abrir a última que encontro o nosso quarto que já está pronto nos esperando, tem uma cama de casal perfeitamente arrumada, um guarda roupas, e um criado ao lado da cama, com um abajur em cima, mas meu foco maior é na porta no canto do quarto, onde eu julgo ser o banheiro.

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Assim que saio do banheiro, observo melhor o quarto, está um pouco escuro mas é apenas por causa da cortina que está fechada, a abro e o quarto se ilumina com a luz forte do sol, mas o que prende minha atenção é a vista maravilhosa que é aqui de cima, a janela fica exatamente de frente para o mar, e dá pra ver boa parte da praia daqui, uma lufada de ar bate no meu rosto assim que me debruço na janela, bagunçando meu cabelo.

É incrível o quanto minha vida mudou em tão pouco tempo, assim que conheci o Robert, eu senti os meus medos diminuírem cada vez mais, é estranho sentir esse sentimento avassalador por ele, mas é ele quem está ao meu lado nos momentos difíceis, e me apoia em tudo, sempre cuidando de mim, e apesar de antes eu não ter certeza se eu o amo, estou começando a achar que o amo profundamente.

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A porta do quarto se abre e Rob entra, ele já trocou de roupa, e tá trazendo uma bandeja, com dois sanduíches, pizza e suco, minha barriga ronca alto, e só então me dou conta que estou sem comer de verdade a dias, nos sentamos na cama e devoramos rapidamente todo o lanche que ele trouxe.

- Quero ir na praia Rob. - falo de boca cheia terminando meu sanduíche.

- E nós vamos, mas antes troca de roupa, vamos passar o restante do dia na praia, só nos dois. - ele fala com um sorriso malicioso no rosto.

- Tudo bem. - respondo e ele desce pra colocar a bandeja na cozinha, troco de roupa rapidamente e desço também, ele tá me esperando na porta, e me dá um selinho antes de sairmos.

Assim que chegamos na praia, percebo de cara que próximo à chácara do pai de Rob, tem outra propriedade igualmente enorme, fico surpreso, não tava esperando que tivesse duas propriedades tão enormes e tão perto duma praia.

Rob me puxa em direção ao mar, e corremos os dois, igual duas crianças correndo pra pegar um doce, me sento bem próximo de onde a maré está batendo e coloco os pés na areia molhada, Rob tira o short e entra no mar só de sunga, mergulha e depois de um tempo aparece um pouco distante da praia e começa a fazer graça, começo a rir quando uma onda o pega de surpresa e ele grita, ele sai tossindo da água o que me faz rir ainda mais, ele me olha sério e eu paro de rir já com medo do que quer que ele esteja pensando em fazer.

Ele me coloca no ombro e começa andar comigo em direção ao mar, ignorando completamente qualquer apelo meu, e entra comigo dentro da água e me joga, me fazendo afogar por alguns instantes, quando consigo respirar e enxergar melhor tento afoga-lo mas não consigo, então apelo pros meus truques baixos.

Começo a fingir uma crise de tosse e quando ele tenta me ajudar eu pulo no pescoço dele e o empurro pra debaixo dágua.

- Seu trapaceiro. - ele fala assim que emerge e eu começo a rir dele, que está com os olhos vermelhos, e uma carinha de bravo que me faz ter vontade de afogar e beijar ele mais.

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Kisses.