Robert me envolve em um abraço de urso assim que me alcança, eu retribuo imediatamente. Meu Deus, como ele esta cheiroso. O tempo desacelera enquanto meu coração se transforma em uma escola de samba. Então me dou conta que estou irremediavelmente apaixonado por ele.
- Chris, já estava com saudades, não te vi o dia todo. - ele fala quando me solta do abraço e me entrega a rosa, que eu levou ao nariz e a beijo em seguida.
- Também senti sua falta, acho que esse foi o dia mais longo da minha vida. - respondo e ele abre um sorriso enorme. - mas a culpa disso é toda sua.
- Minha? - ele parece quase ofendido.
- Sim, eu te chamei hoje de manhã mas você não acordou. - respondo em tom de acusação.
- Meu sono é maravilhoso, principalmente quando durmo com você. - ele fala e eu abaixo o olhar, tímido.
- Então? Qual é a do mistério todo? - pergunto com um pouco de medo da resposta.
- Nananão. Caminha aí mocinho, logo você vai saber. - ele faz um sinal com a cabeça pro garçom, e logo em seguida uma orquestra, começa a tocar uma música romântica. Levou um tempo praia perceber que eles são as únicas pessoas além de Robert e eu.
Olho pra ele surpreso e apenas sorrindo tanto que minhas bochechas doem, não consego falar nada, me concentro na música, até ela terminar, assim que termina olho emocionado pra Rob, ele tá sorrindo de orelha a orelha, um sorriso confiante.
- Obrigado Rob. - agradeço incapaz de conter a emoção.
- Você gostou? - pergunta com os olhos fixos em mim.
- Se eu gostei? Ah, meu Deus, Eu amei. - respondo quase gritando de empolgação.
- Vem, vamos jantar. - ele chama e estende a mão, coloco a minha na dele que está quente e sinto o calor dele me aquecer expulsando os resquicios de tensão.
- Achei que nunca fosse chamar. - brinco e ele solta uma gargalhada alta e espontânea enquanto puxa a cadeira pra eu sentar.
- Obrigado, Rob pela rosa. - agradeço sorrindo e coloco a mesma delicadamente sobre a mesa.
- Não me agradeça, pra ver esse sorriso se abrindo pra mim eu faço o que for, inclusive ser brega. - ele pisca e eu sorrio.
Robert vai até os músicos e concessão com eles alguns segundos e desaparece por uma porta que eu penso leva a cozinha. Uma música calma começa a ser tocada pela orquestra e eu sinto minha mente mergulhar em pensamentos.
Apenas alguns dias atrás, me sentia vazio como se aquele homem tivesse arrancado um pedaço de mim, e agora depois de conhecer Robert me sinto novamente completo. É incrível a forma que o amor preenche qualquer vazio.
Saio do meu devaneio quando Robert se senta na cadeira a minha frente, e logo após o garçom traz nosso jantar.
°°°
Quando terminamos de comer, o garçom se aproxima e recolhe a louça. Quando ele sai levando a bandeja, Robert se levanta e vem pro meu lado. Meu coração acelera quando ele se ajoelha com um joelho e pega minha mão.
- Christian.. Eu não faço a mínima ideia do que você fez comigo, mas eu sinto que não posso ficar sem você, desde aquele dia quando você chegou no cinema, ao ver seu medo de filme de terror, eu vi uma pessoa frágil em você, e isso me conquistou, e esse sentimento cada vez mais tomou conta de mim - eu não consigo conter as lágrimas - você aceita ser meu namorado? Dividir sua vida comigo, e dar um sentido à minha? - minha voz some junto com minha coordenação motora.
As lágrimas descem livres pelo meu rosto diante dessa chance de felicidade.
- Não me deixe mais ansioso Christian, por favor diz que aceita, você não pode fazer isso comi... - ele começa a se desesperar com o meu silêncio.
- Não seja bobo, primeiro pare de falar, segundo.. não tem segundo, apenas pare.de.falar... - o interrompo, quando vejo que ele está se desesperando, ele faz uma cara de cão sem dono, e eu acabo rindo em meio às lágrimas, e apesar da música que a orquestra está tocando ao fundo, consigo perceber que a respiração dele está acelerada, assim como a minha.
- Mas será que você pode responder? Por favor, meus joelhos já estão doendo. - e faz uma careta de dor.
- Eu também não sei o que você fez comigo Rob, na verdade eu sei, você mudou a minha vida, eu me sinto vivo pela primeira vez, depois de muito tempo, e você tem razão eu sou fraco, mas você é a minha força, é claro que eu aceito meu amor, Sim, sim, sim... - respondo já de joelhos, de frente com ele, e ele me abraça, um abraço meigo e forte ao mesmo tempo. Foi separando o abraço aos poucos, com nossos rostos colados, até que nossos lábios se encaixam em um beijo delicioso, e a música aumenta em um refrão romântico.
Eu não acredito que esse idiota fez isso comigo, me deixou com o coração na mão. Mas valeu a pena.
- Espera meu amor, tem mais uma coisinha. - ele começa a apalpar os bolsos, como se não encontrasse alguma coisa que procura.
- Me desculpe, acho que esqueci. - ele fala com um sorriso misterioso no rosto. Eu sinto que ele está me escondendo alguma coisa. Mas não digo nada sobre o assunto.
- Era o que? - pergunto não me aguentando de curiosidade, mas no fundo consciente do que é.
- Nada, depois eu te falo, agora vamos brindar nosso início de namoro, e eu quero que seja um relacionamento sério, sem segredos tudo bem? - ele fala sério, e eu sou completamente à favor.
- Claro, é o que eu quero. Um brinde a nossa união. - falo levantando a taça de vinho, que o garçom serviu sem que eu percebesse, e então brindamos.
- Quero você. - cochicho no ouvido dele, e tomo mais um gole do vinho com um sorriso sacana.
- Você já me tem. - ele sussurra de volta e sorri, coloca a taça em cima da mesa, e sai em direção à orquestra. Pega o microfone do vocalista se vira em minha direção e aponta pra mim, sorrindo.
Mas o quê ele vai fazer agora?
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Obrigado a todos os meus leitores.
Próximo capítulo em breve.
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Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS. CONTÉM CENAS FORTES, DE VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL. Oiie gente, esta que vos fala é a autore desse livro. Antes de tudo eu quero agradecer a vocês por lerem e acreditarem na minha obra, ou eu não estaria aqui...