Acordo com o celular vibrando enlouquecido em cima do criado mudo ao lado da minha cama. Estico o braço e pego o mesmo desbloqueando em seguida.
"Oii Chris, acabei de chegar." - é uma mensagem de Mike, que finalmente chegou da viagem com os pais dele.
"Uhuul.. Até que enfim né baby... Vem aqui em casa a noite pra assistirmos um filme e cvs, as meninas vão vir tbm." - respondo e só então percebo como eu estava com saudades dele.
"Claro. Que hrs?"
"Umas oito horas, não atrasa vc mora aqui pertinho." - mando um audio.
"Okay, até lá. Bjo" - beijo. Vários flashbacks inundam minha mente e faz minha cabeça martelar de dor.
Tento organizar meus pensamentos e finalmente a cena volta a ficar clara na minha mente. Ele me beijou, e eu tive uma crise de pânico.
Ai meu Deus, o que foi que eu fiz. - Sinto algumas lágrimas descerem pelo meu rosto e quando eu seco sinto minha mão arder. Pequenos cortes estão espalhados por toda a palma.
Coloco o celular de volta no criado e volto pro banheiro pra limpar a bagunça. Coloco os cacos que soltaram do espelho no lixo, recolho as roupas e coloco na máquina de lavar. Seco o banheiro e desço pra fazer brigadeiro pra comermos na hora do filme.
°°°
A campainha toca, olho no relógio. São sete e meia ainda.
Por favor que não seja o Robert. - peço mentalmente e olho pelo olho mágico. É Mike.
Grito de felicidade e abro a porta, abraço ele apertado assim que ele entra ele retribui.
Puxo ele pro sofá enquanto as meninas não chegam, como minha mãe foi pra casa de uma amiga dela começo a contar tudo sobre o beijo pra ele, menos a parte do ataque de pânico.
- O quê? Ele te beijou? - ele grita empolgado - e você retribuiu. - ele continua gritando. Agradeço a Deus mentalmente por minha mãe não estar em casa.
- Shiiiiu. Mike. Sim beijou, e sim eu retribui, mas foi só por impulso, sei lá. - respondo fingindo desinteresse, mas a verdade é que essa droga de beijo mexeu comigo, mais do que eu gostaria.
- Tá querendo te comer. - ele fala morrendo de rir.
Porque será que eu não fiquei surpreso com isso?
- Não vejo a menor graça, talvez seja isso mesmo, preciso acabar com isso, me ajuda, o que eu faço? - falo e faço biquinho. Ele ri mais.
- Oh migo eu tô brincando com você, e o que você sente por ele? - ótima pergunta o que eu sinto por ele?
- Ai na verdade eu nem sei o que eu sinto, só sei que não posso sentir. - respondo triste.
- Claro que pode. Mas porque você acha que não pode? Por que você sempre fala que não pode se apaixonar por ninguém? - essa pergunta me pegou desprevenido, e eu tenho certeza que ele percebeu a amargura em meu rosto.
- Não posso. Não me pergunte isso, porque eu não posso contar a ninguém. - sinto meus olhos arderem, mas não deixo as lágrimas rolarem, se o Mike me vir chorando vai me fazer contar o motivo.
Ouço alguém gritando enlouquecidamente meu nome. Anna.
Será que ela não sabe que o interfone serve pra chamar uma pessoa sem precisar berrar como uma louca? Corro e abro a porta.
- Interfone, Anna. Anna, interfone. - brinco quando ela entra, ela revira os olhos e me dá um tapa no braço.
- Ah seu besta, eu não vou gastar minhas belas digitais tocando interfone. - ela fala e me abraça.
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Doce Vizinho. (ROMANCE GAY)
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS. CONTÉM CENAS FORTES, DE VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL. Oiie gente, esta que vos fala é a autore desse livro. Antes de tudo eu quero agradecer a vocês por lerem e acreditarem na minha obra, ou eu não estaria aqui...