6- Elevador

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     Segunda chega com tudo, trazendo um misto de ansiedade e felicidade. Ontem passei o dia fofocando com a Ju, sobre ela e o Felipe, pois eles marcaram de sair de novo na terça e ela está bem feliz. Foi muito bom conversar com minha amiga, rindo bastante de suas palhaçadas, já que eu estava bem triste. 

    Ainda são 6 da manha, mas decidi mudar o horário das minhas corridas matinais. Vai ser sempre assim se eu quiser continuar fazendo o exercício e chegar linda na empresa a 8:00hrs. Visto minha roupa de correr e os tênis saindo de casa determinada a aproveitar meu tempo reduzido. Corro por 50 minutinhos e volto para casa sentindo-me mais disposta a aproveitar o dia.  Depois 40 minutos estou pronta, com saia vermelha, camisa de seda preta e sapatos preto. Pra finalizar, cabelos soltos e make básica para meu primeiro dia de trabalho. Esse estilo formal é o mais adequado para o trabalho, mas estou me sentido linda e assim vou rumo ao meu primeiro dia. Feliz!

-Bom dia! Poderia me ajudar, estou aqui para o meu primeiro dia de emprego. Pra onde devo ir? – pergunto buscando informações.

-Bom dia! Você deverá subir ao último andar e a secretaria Alice irá te dar todas as coordenadas. – ela fala sendo simpática.

-Obrigada! – agradeço sorrindo e subo.

Me identifico para a Alice, assim que chego a cobertura do enorme prédio, que logo avisa a senhora Jennifer. Bato a porta e escuto um "entre". Vejo que a senhora Jennifer, que na verdade é uma mulher muito bonita e que deve ter uns 30 anos.

-Olá, bom dia, Lara, tudo bem? Sente-se aqui. – ela fala e aponta a cadeira a sua frente. 

Já gostei dela! Não parece ter mania de grandeza, me olha nos olhos e isso é muito bom. Pessoas que escondem algo não costumam olhar diretamente nos olhos.

-Obrigada! Bom dia, tudo bem sim e a senhora?- falo pra ela cheia de formalidades.

-Ahh, deixa de bobeira. Temos quase a mesma idade,  talvez eu seja um pouquinho mais velha que você, mas só um pouquinho. – ela fala e sorrio do seu bom humor.

-Pode me chamar de Jennifer, respeito mostramos nas atitudes e não só nas palavras, mas pelo que o Tony me contou, o que você mais tem é atitude. - ela joga a cabeça pra trás, numa risada gostosa e me pergunto quem é  esse Tony? 

-Vejo que está perdida. Tony é nada mais, nada menos, que Antony Blake, o dono de todas as empresas blake's. – ela fala com um sorriso grande no rosto e me encolho de vergonha por ter cobiçado ele, já que ela parece bem intima do meu chefe.

-Humm. –murmuro e é só isso que consigo "falar".

-Lara, seu serviço aqui será me auxiliar em reuniões, papelada e me cobrir quando eu não estiver aqui. Também dará suporte ao senhor Blake. Ok? – ela fala com tanta naturalidade, que acho que será fácil me entender com ela. Estou amando num grau.

    Ela me mostra toda a empresa, os setores e me apresenta algumas pessoas, dizendo a todos que serei a nova substituta. Fico confusa com essa afirmação, pois entrei para ser a auxiliar do braço direito da empresa.

-Desculpa Jennifer, mas o que quis dizer com "a nova substituta"? - indago curiosa.

- Por mais que eu ame trabalhar aqui e amar o Tony, pretendo abrir minha própria empresa e acho que já passou da hora disso acontecer. Por isso foi contratada, mas fique calma, pois antes de sair, vou preparar você para o cargo.

Podem imaginar a minha felicidade?

      Depois de organizar e arquivar umas papeladas em minha sala. É isso mesmo, minha sala.  Olho pro relógio e já é hora de ir embora, mas confesso que apesar de toda alegria que estou vivendo, não consigo tirar minha mãe da cabeça. Levanto, pegando minhas coisas e vou para o elevador. Agradeço por ele está vazio e encosto num canto, pensando na minha mãe e no quanto ela está sofrendo. De repente o elevador trava e saio dos meus pensamentos sem entender, me deparando com o senhor Blake dentro do elevador me encarando.

-O que aconteceu? – pergunto assustada, me perguntando como ele entrou e não percebi.

-Vi lagrimas em seu rosto, te perguntei o que aconteceu e você não respondeu. – ele fala e só aí percebo que estava chorando com meus pensamentos voltados a minha mãe, vendo que foi ele quem travou o elevador.

-Desculpa! Estou com problemas e não consigo resolver, mas daqui uns meses serão resolvidos. Espero. – respondo com a verdade, por não gostar de mentiras. 

-Talvez se você me contar, podemos achar uma solução juntos. – ele fala de um jeito serio como se estivesse numa reunião resolvendo um grande problema.

-Talvez o senhor possa me ajudar, mas não seria adequado falar em um elevador. – digo e ele levanta uma sobrancelha não acreditando no que ouviu, mas decido corrigir o que  falei.

-Poderia marcar uma reunião amanha para conversamos?  –pergunto o vendo me olhar e espero que entenda que não estou dando em cima dele.

-Ok! Quando chegar vá a minha sala. – aceita e com muita esperança em meu plano, abro o maior sorriso que eu poderia dar.

-Obrigada! – respondo e ele fica me olhando, acho que tentando entender o que acabou de acontecer.

-Acho que agora já pode destravar o elevador e obrigada pela atenção. – falo e olho para o painel do elevador.

-Claro! – ele aperta o botão do térreo e saímos lado a lado, com ele caminhando para seu carro e eu pro metrô. 

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Beijooooss!!




O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora