13- Um presente pra você

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-Ela não está mais conosco, senhora. - fala e meu chão se abre.

    Levanto tentando não chamar muita atenção, sentindo puxar o ar e ele não vem. Estou no refeitório da empresa, com varias pessoas a minha frente e me desvio indo em direção ao elevador. Preciso falar com ele, preciso dele para me abraçar, quero me sentir protegida como senti quando me abraçou.

-Alice, o senhor Blake está em reunião? – pergunto com minha voz embargada, me segurando pra não desabar na frente dela.

-Não. Vou avisar que você deseja vê-lo. –  fala já com o telefone na mão.

-Pode entrar. – autoriza e entro sem bater, parando em sua frente, puxando o ar varias vezes.

-Pode me abraçar? - peço e choro na frente dele, que vem rápido até mim.

     Ele atende meu pedido e me abraça apertado. Com o rosto em seu peito, sinto minhas pernas fraquejarem, mas antes de desabar ele me pega no colo. Sou levada para o sofá, que se senta e me coloca em suas pernas, me trazendo para chorar em seu peito.

-O que aconteceu? 

-Ela se foi, Antony, ela se foi. Eu liguei pra ela, mas não atendia, liguei pro hospital e me informaram que não estava mais conosco. Me abraça Antony, me abraça. Dói muito! – falo chorando, molhando sua camisa branca com minhas lagrimas e me aconchego em seu peito .

-Lara estou aqui com você e pra você, mas quero te levar em um lugar. Confia em mim? – ele pergunta.

-Confio! -respondo chorando ainda sentada em seu colo.

     Assim que ouve minha resposta, ele me coloca ao lado, me oferecendo um lenço, depois se levanta estendendo a mão pra mim.

-Então vem. –me olha nos olhos passando confiança, mas minha vontade é de sentar e chorar.

     Levanto e de mãos dadas seguimos para o elevador, com ele me puxando para ficar abraçados. Descemos e caminhamos para a saída ainda com as mãos entrelaçadas, onde tento tirar, mas ele não permite. Todos nos olham estranhando e não sei se pela minha cara de choro ou pelas nossas mão unidas.

     Entramos em seu carro, já acostumada com o senhor Jonas, devido as minhas idas para a casa dele. No carro eu choro livremente abraçada ao Antony, agora que ninguém da empresa pode me ver.

-Senhor? -Seu Jonas questiona, estranhando meu choro. Antony fala algo pra ele, mas ignoro, só quero chorar abraçada a ele.

-Não estou preparada para ficar sem ela. – falo entre choro e ele me aperta em seus braços, fazendo carinho nos meus cabelos. O carro para de andar e ele abre a porta, levanto minha cabeça para olhar e estamos em frente a um hospital.

-Eu não estou passando mal, Antony. Só quero ir ver minha mãe. – falo e ponho as mãos em meu rosto chorando.

    Ele pega minha mão e me puxa indicando que é pra eu sair. Faço o que pede e tento limpar meu rosto com a outra, mas logo recebo um lenço dele e seguimos de mãos dadas pra dentro do hospital.

   Já dentro, ele passa direto pela recepção e seguimos para o elevador, onde saímos em um num corredor do quarto andar e ele nos faz parar em frente a uma toda branca.

-Lara, essas ultimas semanas só consigo pensar em você, tenho sentimentos que ainda não sei identificar, só sei que quero te proteger, cuidar de você. – ele diz e eu choro ainda mais, pois sinto a mesma coisa por ele.

-Atras dessa porta tem um presente meu pra você, mas lembre-se das minhas palavras... não fica com raiva de mim. – fala se aproximando, chegando bem perto dos meus lábios e me dá um selinho.

Sentindo-o um pouco nervoso, vejo-o abrir a porta e quando olho para dentro do quarto, congelo de surpresa.

-Mãããe. – falo vendo que minha mãe é o presente.

   Ela está deitada na cama cheia de aparelhos ligados ao corpo frágil dela. Tinha meses que não a via e a emoção é grande. Corro até ela e a abraço chorando, ouço passos atras de mim e imagino ser o Antony. Abraçada a ela choro de soluçar e ela passa as mãos pelos meus cabelos. Fico uns bons minutos chorando e aproveito para distribuir vários beijos.

-Ei filha, um anjo me trouxe pra ficar perto de você. – ela fala fraca, mas demonstra alegria.

   Sinto uma mão nas minhas costas e levanto pra olhar, sabendo de quem se trata, o vendo apontar para a  cadeira.

-Senta aqui, ela precisa de espaço. – diz e parece apreensivo. Acho que por medo que eu explodisse com ele. Eu nunca faria isso, ele trouxe minha mãe pra perto de mim.

O abraço com o rosto em seu peito e choro baixinho com a felicidade que estou sentindo.

-Obrigada!

-Eu ia te contar quando fosse ficar com a Anne. Não sabia que você iria ligar para o hospital. – ele fala como se pedisse desculpa.

-Não precisa se desculpar. Houve um mal entendido quando liguei, o hospital disse: - ela não está mais conosco. Entendi errado a frase e desliguei o telefone não dando chance pra moça se explicar. – explico lembrando da confusão.

 -Sua fujona! – falo chorando e rindo ao mesmo tempo.

-Desculpa filha, o senhor Blake queria te contar, mais eu queria fazer surpresa. – ela diz sorrindo lindamente.

-Só mais cinco minutinhos. Ela vai começar uma bateria de exames. – o gentil medico entra  dizendo, me deixando a par sobre todo o estado dela.

-Estou muito feliz que a senhora está aqui. Vou vim te ver todas as noites, após o serviço. Prepara-se! – falo rindo assim que o medico sai.

Vem aqui pertinho, meu amor. – fala e me aproximo, ela faz sinal que é pra eu chegar bem pertinho dela, que atendo seu pedido.

-Estou imensamente feliz que você encontrou a pessoa que eu sempre sonhei. – ela fala e eu não entendo.

-Quem? – indago sorrindo.

-A pessoa que vai preencher seu coração de amor. – responde me oferecendo uma piscadela e eu fico muda, a fazendo sorrir.

-Até amanha, filha. Obrigada mais uma vez, Antony–  diz dando a entender que quer finalizar o assunto por hora.

Beijo minha mãe em sua testa, sentindo todo amor possível em meu coração e saio feliz com o Antony ao lado, pensando em tudo que aconteceu hoje.

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Ufa! Foi só um susto, menos mal.

beeijooos!!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora