-Ela não está mais conosco, senhora. - fala e meu chão se abre.Levanto tentando não chamar muita atenção, sentindo puxar o ar e ele não vem. Estou no refeitório da empresa, com varias pessoas a minha frente e me desvio indo em direção ao elevador. Preciso falar com ele, preciso dele para me abraçar, quero me sentir protegida como senti quando me abraçou.
-Alice, o senhor Blake está em reunião? – pergunto com minha voz embargada, me segurando pra não desabar na frente dela.
-Não. Vou avisar que você deseja vê-lo. – fala já com o telefone na mão.
-Pode entrar. – autoriza e entro sem bater, parando em sua frente, puxando o ar varias vezes.
-Pode me abraçar? - peço e choro na frente dele, que vem rápido até mim.
Ele atende meu pedido e me abraça apertado. Com o rosto em seu peito, sinto minhas pernas fraquejarem, mas antes de desabar ele me pega no colo. Sou levada para o sofá, que se senta e me coloca em suas pernas, me trazendo para chorar em seu peito.
-O que aconteceu?
-Ela se foi, Antony, ela se foi. Eu liguei pra ela, mas não atendia, liguei pro hospital e me informaram que não estava mais conosco. Me abraça Antony, me abraça. Dói muito! – falo chorando, molhando sua camisa branca com minhas lagrimas e me aconchego em seu peito .
-Lara estou aqui com você e pra você, mas quero te levar em um lugar. Confia em mim? – ele pergunta.
-Confio! -respondo chorando ainda sentada em seu colo.
Assim que ouve minha resposta, ele me coloca ao lado, me oferecendo um lenço, depois se levanta estendendo a mão pra mim.
-Então vem. –me olha nos olhos passando confiança, mas minha vontade é de sentar e chorar.
Levanto e de mãos dadas seguimos para o elevador, com ele me puxando para ficar abraçados. Descemos e caminhamos para a saída ainda com as mãos entrelaçadas, onde tento tirar, mas ele não permite. Todos nos olham estranhando e não sei se pela minha cara de choro ou pelas nossas mão unidas.
Entramos em seu carro, já acostumada com o senhor Jonas, devido as minhas idas para a casa dele. No carro eu choro livremente abraçada ao Antony, agora que ninguém da empresa pode me ver.
-Senhor? -Seu Jonas questiona, estranhando meu choro. Antony fala algo pra ele, mas ignoro, só quero chorar abraçada a ele.
-Não estou preparada para ficar sem ela. – falo entre choro e ele me aperta em seus braços, fazendo carinho nos meus cabelos. O carro para de andar e ele abre a porta, levanto minha cabeça para olhar e estamos em frente a um hospital.
-Eu não estou passando mal, Antony. Só quero ir ver minha mãe. – falo e ponho as mãos em meu rosto chorando.
Ele pega minha mão e me puxa indicando que é pra eu sair. Faço o que pede e tento limpar meu rosto com a outra, mas logo recebo um lenço dele e seguimos de mãos dadas pra dentro do hospital.
Já dentro, ele passa direto pela recepção e seguimos para o elevador, onde saímos em um num corredor do quarto andar e ele nos faz parar em frente a uma toda branca.
-Lara, essas ultimas semanas só consigo pensar em você, tenho sentimentos que ainda não sei identificar, só sei que quero te proteger, cuidar de você. – ele diz e eu choro ainda mais, pois sinto a mesma coisa por ele.
-Atras dessa porta tem um presente meu pra você, mas lembre-se das minhas palavras... não fica com raiva de mim. – fala se aproximando, chegando bem perto dos meus lábios e me dá um selinho.
Sentindo-o um pouco nervoso, vejo-o abrir a porta e quando olho para dentro do quarto, congelo de surpresa.
-Mãããe. – falo vendo que minha mãe é o presente.
Ela está deitada na cama cheia de aparelhos ligados ao corpo frágil dela. Tinha meses que não a via e a emoção é grande. Corro até ela e a abraço chorando, ouço passos atras de mim e imagino ser o Antony. Abraçada a ela choro de soluçar e ela passa as mãos pelos meus cabelos. Fico uns bons minutos chorando e aproveito para distribuir vários beijos.
-Ei filha, um anjo me trouxe pra ficar perto de você. – ela fala fraca, mas demonstra alegria.
Sinto uma mão nas minhas costas e levanto pra olhar, sabendo de quem se trata, o vendo apontar para a cadeira.
-Senta aqui, ela precisa de espaço. – diz e parece apreensivo. Acho que por medo que eu explodisse com ele. Eu nunca faria isso, ele trouxe minha mãe pra perto de mim.
O abraço com o rosto em seu peito e choro baixinho com a felicidade que estou sentindo.
-Obrigada!
-Eu ia te contar quando fosse ficar com a Anne. Não sabia que você iria ligar para o hospital. – ele fala como se pedisse desculpa.
-Não precisa se desculpar. Houve um mal entendido quando liguei, o hospital disse: - ela não está mais conosco. Entendi errado a frase e desliguei o telefone não dando chance pra moça se explicar. – explico lembrando da confusão.
-Sua fujona! – falo chorando e rindo ao mesmo tempo.
-Desculpa filha, o senhor Blake queria te contar, mais eu queria fazer surpresa. – ela diz sorrindo lindamente.
-Só mais cinco minutinhos. Ela vai começar uma bateria de exames. – o gentil medico entra dizendo, me deixando a par sobre todo o estado dela.
-Estou muito feliz que a senhora está aqui. Vou vim te ver todas as noites, após o serviço. Prepara-se! – falo rindo assim que o medico sai.
Vem aqui pertinho, meu amor. – fala e me aproximo, ela faz sinal que é pra eu chegar bem pertinho dela, que atendo seu pedido.
-Estou imensamente feliz que você encontrou a pessoa que eu sempre sonhei. – ela fala e eu não entendo.
-Quem? – indago sorrindo.
-A pessoa que vai preencher seu coração de amor. – responde me oferecendo uma piscadela e eu fico muda, a fazendo sorrir.
-Até amanha, filha. Obrigada mais uma vez, Antony– diz dando a entender que quer finalizar o assunto por hora.
Beijo minha mãe em sua testa, sentindo todo amor possível em meu coração e saio feliz com o Antony ao lado, pensando em tudo que aconteceu hoje.
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Ufa! Foi só um susto, menos mal.
beeijooos!!
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O amor cura
Romance*Atenção! Contém palavras de baixo calão, alem de sexo explícito! Focada em salvar sua mãe de um câncer, Lara Boldrini de 24 anos se vê sem tempo para aproveitar sua idade, assim com para o amor. Ela decide ir para Nova Iorque tentar a sorte e a...