10- Aceito!

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-Você seria a babá da minha filha por duas horas, durante a semana, após seu expediente na empresa.

Olho pra ele tentando entender. Como pode essa informação não está na pesquisa do Google? Uma filha? Meu deus! Isso dobra mais ainda a sua dor.

Ele fica me olhando, analisando minha reação, no qual eu não tenho. Fico parada, refletindo tudo o que disse.

-Eu não sabia! – é só o que eu consigo dizer.

-Eu percebi. - ele diz com um sorrisinho brincando em seus lábios levemente rosados.

-Qual a idade dela? – pergunto curiosa.

-Três anos. – responde.

-Sinto muito pela sua esposa. – ele abaixa a cabeça e suspira.

-Como eu disse, dói muito, mas a minha princesa tem me ajudado muito. – ele diz e um sorrisinho de canto de boca aparece junto com um brilho no olhar.

-Mas me diz, como eu faria? Me explica. Por favor! – peço a ele

-Minha filha tem a mim, Jennifer e a Carla, minha ex madrasta.  Como todos nos trabalhamos, ela acaba não saindo ou se divertindo como deveria. – informa e já estou entendendo.

-Humm – "digo" mostrando que estou entendendo onde o rumo dessa conversa está indo e estou gostando, pois amo crianças.

-E é aí que você entra. – ele diz.

-Aceito, mas o que exatamente eu faria?

-Você faria tudo o que precisar dentro de duas horas. Banho, janta, conversa de meninas. – ele fala serio. – não levo muito jeito com isso, mas me esforço muito. – fala coçando cabeça, me fazendo rir.

-Eu vou adorar e confesso que faria mesmo se não me pagasse. Amo crianças e três anos a tornam melhores ainda. Nessa fase elas falam tudo o que pensam. – falo sorrindo, pensando em como vai ser divertido.

-Mas com uma condição. - Falo e ele ergue uma sobrancelha.

-Se você não estiver satisfeito, me avisa que vou entender e ser grata a você, já que está deixando em minhas mãos seu bem mais precioso. – falo e ele sorrir de um jeito carinhoso.

-Que bom! Fico feliz com isso. – confessa.

-Podemos falar de salário? – indaga e concordo, fingindo não estar constrangida.

-Você vai receber o dobro do que recebe aqui na empresa . O que acha? – ele fala, me deixando chocada com o valor.

-O que?  É muito dinheiro. – falo sabendo que preciso do dinheiro, mais não quero dever favor.

-Não concordo. Como você disse, irá cuidar do meu bem mais precioso. –  explica.

-Mas... – tento discutir valor o salário

-Está resolvido! -fala finalizando o assunto.

-Você se incomodaria se eu te apresentasse a ela hoje? –  pergunta

-Não, claro que não. Me passa o endereço, que te encontro la. – falo e ele me olha enrugando a sobrancelha, negando com a cabeça.

-Você vai comigo, pega suas coisas. – fala no modo dominante.

     Pego a bolsa em minha sala e o sigo para o elevador, que me dá passagem e entra depois. Caminhamos até seu carro,  passando pelas pessoas e ainda não acredito que estou andando lado a lado com o dono das empresas Blakes's. Entrando no carro com um senhor de cabelos brancos dirigindo.

-Boa noite, senhor!  Boa noite, senhorita! - o senhor nos cumprimenta educadamente

-Boa noite! - respondemos juntos.

-Pra casa senhor? - o senhor pergunta e Antony confirma sem muita conversa.

-Vou te falar um pouco sobre a minha filha. O nome dela é Anne Blake. -  diz passando informações.- Tem três anos e é um pouco...agitada. - fala o final pensativa, procurando as palavras. Será que ela é mimada demais, daqueles tipos de crianças que só os pais suportam? Acho que não.

-Ela deve ser agitada, por que não tem ninguém pra gastar energia com ela. - falo e ele reflete.

-As vezes a neta de um funcionário fica com ela, mas é raro. -  fala e eu fico com dó da menina. Sem mãe e sem amigas.

    O carro para em frente a uma grande casa, casa não, mansão por que é enorme. Ele digita o código no portão, contendo vários números, que se abre e entramos. O quintal é  enorme e todo gramado, tudo lindo demais.

-Ei meu filho, tudo bem? - Uma senhora fala.

-Boa noite Carla, essa é Lara Boldrini. – ele a cumprimenta e me apresenta, que me ela espantada. Estranho isso.

-Olá, senhorita Boldrini. –  me cumprimenta parecendo abismada ao vê-lo com alguem ou será por ver uma mulher ? Já que Jennifer disse que ele não se envolve com ninguém.

-Olá Carla, pode me chamar de Lara. – falo gentilmente, dando liberdade e ela sorrir.

-Onde ela está? – Antony pergunta sem enrolação, com seu tom de voz serio.

-Na sala com o seu Geraldo. -  responde.

    Ele caminha até a sala, me chamando para acompanha-lo e tapa os olhos de uma pequenina que está de costa pra gente sentada no sofá.

-Quem é que está aqui? - ele pergunta e me surpreendo com a mudança em seu tom de voz, já que está mais dócil e ela se joga nos braços do pai.

-Papaaai! – ela diz e beija o rosto dele.

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Ei meninas, gostando? votem pra eu saber.. Beijoos!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora