31- Vou ajuda-la!

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   Saímos do cemitério calados e fomos para o meu apartamento. Minha tia e meu primo vieram com a Ju no carro do Felipe. Chegamos e fomos direto para o banho, vestindo em seguida o baby doll e um roupão por cima.

  Vou para a sala e a Ju disse que iria ficar no Felipe, assim minha tia pode ficar no quarto dela. Depois de um longo abraço, a agradeci e ela vai para a casa do Felipe com sua mochila recheada de roupas nas costas. 

-A senhora vai ficar no quarto da Ju de novo, tia. Ela vai passar uns dias com o namorado. -falo me levantando pronta para voltar ao quarto.— Pode ficar a vontade pra fazer o que quiser na cozinha ou sair para uma volta, vou pra cama dormir.

- Você precisa se alimentar, não pode ficar assim, Larinha. –  fala com o apelido carinhoso de infância.

-Ela vai se alimentar, mais tarde nós comemos alguma coisa. – Antony fala tranquilizando minha tia com um sorriso e fomos para o quarto.

Tiro o roupão, ficando apenas com o baby doll e deito na cama. Antony fica só de cueca boxer e liga o sistema de som, se deitando comigo.

-Baby, se você quiser ir ficar com a Aninha, não se sinta preso. Ok? – falo deitando no peito dele.

-Por que, quer ficar sozinha? 

-Não! Sem você eu estaria desesperada, mas pensei que quisesse ficar com ela. 

-Quando sua tia for embora vamos pra minha casa e ficamos lá um tempo, o que acha? – pergunta e apesar de ficar aqui, gosto mais de ficar la com os dois.

-Tudo bem! – concordo e dou um selinho nele, voltando a minha posição e me aconchego.

Inevitavelmente, choro baixinho e ele fica alisando meus cabelos, que acabo dormindo.

***

-Baby, acorda. – fala fazendo carinho em meu rosto

-Hmm, que foi, baby? – pergunto ainda sonolenta.

-Você precisa comer, sua tia deixou uma sopa pra nós antes de ir dormir. 

-Amanha eu como, Baby. – falo virando pro outro lado querendo voltar a dormir.

-Levanta, meu amor. Precisa comer, depois deixo você dormir. – fala atencioso.

-Você dormiu? – pergunto preocupada com ele, pois está tarde e ele sorrir de lado.

-Com tudo acontecendo e ainda se preocupa comigo? – indaga sorrindo.

-Você e  Aninha são as pessoas mais importantes pra mim. É claro que me preocupo com você. – falo e ele beija minha testa.

   Chego na cozinha, ja começando a esquentar a sopa e assim que ferve faço meu prato e o dele. Sentamos no balcão da cozinha e olho a hora no microondas, vendo que é 01:00 hr da manha.

-Estou com saudade da Aninha. -falo trazendo a colher na boca.

-Eu também, vamos peço para buscarem ela. -fala entre as colheradas.

     Lavamos tudo o que sujamos, inclusive a panela da sopa e quando acabamos fomos pro quarto tomar banho, deitamos e assistimos um filme, mas no meio eu dormo.

    Ouço a porta do quarto fazer barulho e acordo assustada, mas assim que olho, vejo minha mãe com os braços estendido a mim, com a mesma imagem de antes da doença. Seu rosto está corado, seus cabelos esvoaçante e sedosos moldam seu lindo rosto, assim como seu sorriso. Tento dizer a ela o quanto a amo, mas não consigo, tem um pessoa rindo muito alto. Olho para o lado vendo o Antony e a Ellen se agarrando, começando a chorar com a traição. Choro e grito pra minha mãe me ajudar e nada.. mãããe me ajuda. Quanto mais eu  a chamo, mais ela se afasta e fala: Seja forte!.. Mãããe...

-Baby, acorda, baby. – Antony fala, me balançando devagar e acordo o olhando assustada, o abraçando ao perceber que tudo era um pesadelo.

-Não me abandona, baby. Não me deixe. – peço chorando ainda impressionada.

-Shhhh... foi só um sonho, não vou te deixar! – fala me acalmando

-Foi tão real. –falo baixinho envergonhada.

-Quer falar do sonho? – pergunta e faço que não com a cabeça ainda tímida.

   Olho a hora no despertador do criado mudo, vendo que ja são são 8:00hrs e decido levantar para tomar banho, sentindo sua presença logo atras de mim. Tomamos nosso banho juntos e depois que saio visto short curto coladinho ao corpo, com um top branco, olho pro Antony o vendo com a sobrancelha erguida.

-Que foi? – pergunto sem entender.

-Vai andar pela casa assim com seu primo aí? – pergunta e sorrio dando um beijinho nele. Coloco a camisa dele por cima, ficando um vestido e olhando para ele.

-Assim está bem melhor. – fala me abraçando e cheirando meu pescoço. Sorrio com isso e fomos pra sala

-Bom dia! – minha tia fala vindo da cozinha, colocando o café da manha na mesa.

Bom dia! – Antony e eu respondemos juntos e sentamos todos a mesa, começando nosso café.

-Tia, quero conversar com a senhora. Se eu a ajudasse, gostaria de morar aqui em Nova Iorque comigo? Seria muito bom ter a senhora aqui. - pergunto passando manteiga no pão.

- Obrigada pelo convite, minha filha. Seria bem divertido ficar com você aqui, mas eu gosto mesmo é do silencio, dos meus bichos, por isso que sua mãe nunca quis vir para cá. Nós nascemos naquela cidade. - Responde com toda a sua simpatia.

-Tudo bem, tia, eu entendo. Sobre a casa da minha mãe... – aceito sua opção, mas ela me interrompe.

 -Se quiser, eu fico encarregada em vende-la pra você. - fala sendo a fofa de sempre.

-Minha mãe falou que a casa é minha, que é pra eu focar na minha felicidade, mas ela está aqui. — falo olhando pro Antony. — Então.. eu quero que a senhora fique com a casa. Sei que ela não é luxuosa, mas ali ficaram todas as minhas lembranças. Quero que fique com alguém tão especial quanto minha mãe foi.  – falo calmamente e ela chora ao ouvir, já que mora na casa.

-Mas você não tem casa, Larinha. – fala entro o choro.

-Não se preocupe comigo. Eu posso trabalhar e comprar uma um dia. – falo indo até ela para um beijo e abraço.

-Obrigada, minha filha. Sua mãe sempre falava que você era o orgulho dela. –fala e sorrio com vontade de chorar.

-Não se preocupe. Eu vou continuar mandando dinheiro pra ajudar a senhora com as despesas básicas do mês. -falo oferecendo meu apoio, pois meu primo vive trocando de emprego.

-Não precisa mais, Larinha. Vou continuar com minhas lavagem de roupa e também posso pegar crianças para olhar. 

-Faço questão, tia. Se algum dia fui motivo de orgulho a minha mãe, quero continuar sendo. - responde decidida e ela sorrir agradecendo.
                  
Apesar de eu insistir em ela ficar mais tempo, ela disse que quer ir embora após o almoço. Eu disse que ela podia ficar mais, mas ela não quer ficar muito tempo longe de casa e acabei concordando. 

-Muito bonito o que fez, baby. – Antony diz deitando e me chamando pra deitar com ele.

-Ela merece! Ficou todos esses anos dando apoio a minha mãe. Isso é o minimo que posso fazer. – explico feliz em ajuda-la.

-A noite vamos pra sua casa? Quero ver a Aninha. – falo e ele sorri concordando.

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bjoos meninas!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora