16- Papel de idiota

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-Ju acorda. – a chamo e ela levanta num pulo, me fazendo rir do seu desespero.

-Que porra é essa? Por que não me deixa dormir se vou entrar mais tarde no bar? –  pergunta visivelmente puta de raiva comigo. 

Sextas, sábados e domingos ela entra mais tarde no bar, saindo só de madrugada. 

-Quer ir comigo no hospital agora? Consegui trocar os horário de visitas, assim dá pra você ir vê-la. – pergunto e ela sorrir.

-Claro amiga, vou me arrumar. – fala e pega sua toalha, indo para o banheiro.

     Hoje eu não vou correr, vou visitar minha mãe e tentar matar a saudade acumulada que estou dela, com muitos beijos e abraços. Visto saia lápis preta com um falso transpassado na frente,  blusa cinza a colocando por dentro da saia e scarpin preto em vinil.  Cabelos soltos, que fiz questão de fazer baby liss e uma make bem feita para o trabalho, destacando meus olhos, afinal hoje é sexta feira. Uhuu!!

     Saímos as duas de braços dados pro metrô e estou ansiosa pra ver minha mãe. Fomos conversando algumas bobeiras e em outra hora, nas coisas boas que estão acontecendo,  até chegarmos lá. Como ainda é bem cedo, o hospital está vazio no quesito visitas e entramos no quarto, vendo minha mãe tava saindo do banho.

-Bom diaa! – falo baixinho assim que entro, notando a enfermeira ajudando ela a se vestir.

-Pode deixar que eu a ajudo, linda. – falo pra enfermeira sorrindo e muito feliz.

-Ei tia, está melhor hoje? – a Ju pergunta, enquanto a ajudo vestindo seu vestido larguinho.

-Ei, filha postiça. Estou me sentindo menos fraca, não sei o que me deram, mas quero mais. – fala nos fazendo rir.

-A senhora está comendo direitinho? -Pergunto preocupada e ela balança a cabeça que sim.

- Esse hospital está me tratando como se eu fosse uma rainha, me dando do bom e do melhor. Agradece ao Antony por mim. - fala sentada na poltrona ao lado da cama e eu concordo sorrindo em saber que está sendo bem tratada.

Ficamos batendo papo por meia hora, entre risadas, beijos e muitos conselhos. Minha hora de ir trabalhar chega e saio do quarto deixando a Ju para trás, decidindo fazer companhia para minha mãe. 

-Eu te amo sabia? Obrigada por ficar  com ela!

Mando mensagem pra Ju, pois alem de ser uma ótima amiga, ela é um excelente ser humano. Recebo sua mensagem de volta que diz: "Me paga um salgado que estamos quites." rio com a mensagem, enquanto caminho para fora do hospital e pego um taxi, rumo a empresa.

-Toc toc – jenny entra em minha sala simulando uma batida na porta.

-Ei, amiga. Bom dia! – a cumprimento com um beijo no rosto.

-Ótimo dia você quer dizer, né? – fala rindo e entendo que ela está falando sobre o Antony e eu.

-Ele te contou? -Pergunto tentando segurar um feliz sorriso.

-Sim!  Ele está tão feliz que vim aqui te agradecer por isso. — fala e me abraça. —Há muito tempo não o via assim, amiga. Torço pra que dê certo.

-Obrigada, amiga. – agradeço sorrindo.

   Começamos a trabalhar com ela me passando o que tenho que fazer, aproveitando para me dar dicas de como me comportar quando a reunião for de grande porte. Dez minutos depois Alice me chama ao telefone, pedindo para que eu vá até a sala do Antony. Logo penso que posso ter feito algo de errado, já que pela manha é a Jenny quem resolve assuntos com ele e eu a tarde. Aflita, bato e entro apos autorizada.

-Ei, bom dia, mandou me chamar? – falo devagar, o vendo se levantar de sua cadeira, vindo em minha direção e vou dando passos para trás atá encostar na parede.

-Sim! – fala e me beija. Beijo com gosto de saudade e o retribuo. Claro!

-Não podemos fazer isso aqui na empresa e se alguém nos pega? – falo e ele sorrir como se não se importasse.

-Iria estragar nosso disfarce e nada mais. - fala com a boca a milímetros da minha e sorrir mais ainda.

Ai minha nossa senhora das mulheres necessitadas!

Me prensando na parede, ele passa a mão em minha nuca e puxa meus cabelos para trás, levantando minha boca e chupando meus lábios. Devagar, esfrega sua ereção em mim, enquanto aperta minha bunda com força. Estou louca de desejo! Minha respiração está rápida e é difícil pensar com ele assim, mas me afasto, antes que façamos algo aqui na sala.

-Devagar, devagar. – falo para mim, tentando me convencer e ele levanta as mãos em sinal de rendição.

-Vou ligar pra Carla mais tarde, pedir que arrume a Aninha para irmos ao shopping. Tudo bem? – falo me afastando em busca de sanidade e ele está nitidamente tentando se acalmar, virando de costas para mim e olhando a cidade pela janela.

-Claro! – concorda e sorrindo, vou até ele para um selinho, que retribui gostosamente.

-No final do dia passo na sua sala para descermos juntos.- ele fala ignorando os olhares que irão cair sobre nós.

-Não, deixa que eu te encontro no seu carro. Igual sempre fazemos. – pergunto, pois não quero a mídia espalhando que estamos juntos.

-Ok! – concorda e o beijo mais uma vez antes de voltar pra minha sala.

*****

-Amiga, vamos almoçar na Ju hoje? -pergunto a Jenny, que responde com um lindo sorriso animado, já pegando sua bolsa.

-Acho que isso é um sim, né? – afirmo e rimos do seu entusiasmo.

-Adoro aquela doida, me faz rir o tempo todo. – confessa e é verdade, quem não ama aquela pessoa maluca? 

-Oieee!!! – falo assim que entramos no bar onde a Ju trabalha.

O bar é um lugar bem conceituado aqui em Nova Iorque, que vive lotado de pessoas querendo comida boa e musica ao vivo. O lugar é bem legal e como abre as 11 da manha, varias pessoas vem aqui na hora do almoço, em busca dos deliciosos aperitivos. É um lugar muito frequentado pra reuniões despojadas de dia e happy hour a noite.

-Ei amigas, a que devo a honra? – Ju pergunta vestida como uma verdadeira gerente.

-Viemos comer... ah, e te ver. -brinco a fazendo rir.

-Puta que pariu! Vai acabar com toda a comida daqui. – fala e gargalhamos. Ela se junta a nós antecipando seu horário de almoço e é muito bom ter as duas comigo fofocando sobre o Antony, o Felipe e as aventuras da Jenny.

   Apos o almoço voltamos ao trabalho com força total, como é véspera de fim de semana temos que correr contra o tempo para não ficar acumulado pra segunda. Jenny me liga de sua sala, pedindo que eu levasse uns papeis ao Antony para que ele assinasse e concordo me lentando da cadeira. 

-Antony a Jenn.... -falo olhando para os papeis na mão, enquanto entro e quando o olho não acredito no que vejo.

 Vejo uma cena que jurava que nunca aconteceria. Uma loira alta, muito bonita, segurando a gravata do Antony, indo em direção a sua boca para beija-lo. 

Sinto meus olhos se encherem de lagrimas e que eu não passo de uma idiota, aqui, parada em sua frente.

-Desculpe, não queria atrapalhar! – falo, olhando os dois com os corpos quase colados.

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xii deu ruim meninas.. e agora? votem e comentem. deem suas opiniões. boralá kkk

bjim!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora