26- Cuidado!

15.9K 1.4K 35
                                    



-Ela disse que quer ter o Antony pra ela. Acredita nisso? – indago com a raiva a todo vapor.

-E você, vai deixar?- pergunta com seu sorrisinho maléfico. Essa minha amiga é fogo! — Eu ia dar uns catiripapos nela, mais você se saiu muito bem, dona Lara. – ela diz e rimos, pois sabe que não costumo abaixar a cabeça para qualquer um.

-Agora é serio amiga, você tem que contar pro Antony, ela vai armar alguma coisa. –  diz me vendo concordar.

-Eu sei, vou contar hoje. -  digo e saímos do banheiro.

   A Ju voltou para ficar com minha mãe e fui pra casa tomar um banho e relaxar, mas fico pensando na ameaça daquela idiota. A Ju está certa, ela vai tentar alguma coisa. Também penso no veneno que a Ellen destilou quando disse que o Antony está cansado de ter uma sogra "moribunda". Será? 

    Sento em frente ao espelho do móvel, começando uma make suave pra noite, visto um vestido estampado até o joelho no estilo sereia e calço sandálias alta. Resolvo fazer umas ondas em meus cabelos e com o  baby liss consigo essa proeza, os deixando solto e bonito.

     Vou pra cozinha beber água e ouço a campainha tocar, abro a porta, dando de cara com um  lindo homem, vestindo camisa preta, calça jeans preta e tênis cinza. 

Ahh, esse homem me mata!

-Boa noite, baby. – falo para ele que me da um selinho. —Boa noite, minha gatinha, linda. – falo ao ver uma coisinha linda ao lado do Antony, ela vem me abraçar e eu a pego no colo, a levando para o sofá.

-Tava com saudade, mamãe. – fala e abro um sorriso largo de alegria, olho pro Antony o vendo sério.

-Meu amor, vou por um desenho rapidinho, enquanto acabo de me arrumar. Tudo bem? – falo e ela concorda.

    Levanto do sofá caminhando para a TV e seleciono um desenho no qual sei que gosta, dando um beijinho nela em seguida e pego a mão do meu namorado, o puxando para o meu quarto.

-O que aconteceu, baby? – pergunto preocupada e ele se senta na cama.

     Antony bate em sua perna, pedindo pra eu me sentar ali e sento de ladinho, aproveitando para cheirar seu pescoço cheiroso. Sinto necessidade de beija-lo e assim o faço, sendo retribuída. 

-O que aconteceu no banheiro do hospital? – pergunta taxativo e percebo que os seguranças deram com a língua nos dentes.

-Eu estava com a Ju no banheiro, quando aquela idiota entra e começa a falar um monte de idiotices.  – conto o vendo mais irritado.

-Isso ta começando a me irritar. –  fala mostrando sua raiva.

    Conto para ele exatamente como aconteceu e ele se levanta passando as mãos nos cabelos nervoso.

-O que ela está fazendo é assedio e isso é crime. – fala puto de raiva.

   Tirando seu celular do bolso e ele liga pra alguém, explicando por alto o que está acontecendo, ficando em silencio ao ouvir o que a outra pessoa diz.

-Ok, vou esperar sua resposta, obrigado. – fala e desliga o celular respirando fundo, voltando a por o aparelho no bolso. 

-Baby, conversei com um amigo delegado, ele confirmou que é assedio e vai tentar resolver isso indo até ela para explicar que pode ser presa pelo crime. Talvez isso a assuste e ela recue, mas ele disse que em hipótese alguma você pode agredi-la de novo. -Fala tudo enquanto estou sentada na cama e ele em pé na minha frente.

-Isso vai ser difícil. baby! Não tenho sangue de barata e na hora o sangue ferve, complicando tudo. – afirmo sorrindo, mas ele continua serio.

-Vou dar ordens especificas aos seguranças para impedi-la de se aproximar de você. - fala bem objetivo.

-Mas foi no banheiro, como eles iriam fazer? – indago rindo.

-Não sei. – responde se entregando a um sorriso. —Fiquei preocupado com você baby, toma cuidado da próxima vez. – fala e concordo com a cabeça.

-Tem uma gatinha nos esperando ansiosa para sairmos. Vamos? – falo estendendo a mão pra ele, que me abraça e me encosta na parede.

-Você está uma delicia nesse vestido. Gostosa pra caralho! –fala cheirando meu pescoço

-Você também está muito gato, baby. – retruco me separando dele com um sorriso na boca e abro a porta.

-Ei, meu amorzinho, vamos? – pergunto  me aproximando dela. 

    Saímos do apartamento com 4 seguranças atrás, os meus e os dele. Ainda tenho que me acostumar com isso. Seguimos para o restaurante que tem uma área infantil muito bem equipada, vendo que a Aninha adorou. Nós ficamos na mesa conversando, enquanto vemos a Aninha brincando ao longe.

-Baby se algum dia você tiver algum tipo de problema ou até mesmo insatisfação comigo, você promete que vai sentar e conversar? Quero ter a chance de consertar. –Falo, pois o que a Ellen falou, ficou em minha cabeça e ele percebe que algo me aflige .

-O que aquela mulher falou é uma coisa sem fundamentos. – fala tentando me tranquilizar.

-Eu vou errar e você vai errar, mas quero que sejamos sincero sobre o que queremos, se não tiver conversa não tem acerto e muito menos confiança. Promete pra mim que vamos conversar? – falo reafirmando o que acredito.

-Prometo. – ele fala se dando por vencido.

   Depois de um tempo na área infantil, me levanto em cima dos meus saltos e vou buscá-la para jantar. Ela está deitada no chão de bruços e abaixo meu corpo para pega-la, que rir com o sustinho que levou. 

-Olha aqui, mamãe. -Aninha fala apontando o diferente brinquedo no chão, me fazendo encostar meus joelhos no chão para olhar de perto.

    Com os joelhos e mãos no chão, olhamos atenta para o brinquedo e finjo dar outro sustinho nela, que apenas rir da minha fracassada tentativa.

    Assim que voltamos para a mesa, vejo o Antony com uma expressão de quem comeu e não gostou. Olho para o lado e não vejo nada que possa causar o descontentamento, ficando curiosa.

-Baby? – indago e ele me olha serio, demonstrando que está com raiva.

    Passo a mão na dele, pensando em perguntar o que aconteceu, mas nosso jantar chega e ele pede um wisque ao garçom. Aí que estranho mesmo, ja que só bebe quando está querendo se acalmar. 

-Não aconteceu nada, baby. – fala percebendo minha curiosidade, sabendo que quero saber o que causou o desconforto.

-Quando você levantou, todos os homens te comeram com os olhos sem nenhuma discrição e para ajudar, você se abaixou pra pegar Aninha, ficando numa posição.... comprometedora digamos.- explica e percebo que ficando completamente focada na Aninha, não reparei que acabei ficando de 4 para que todos pudessem ver.

 O gentil garçom chega equilibrando sua bandeja, com um copo e o litro da bebida e se posiciona ao lado da mesa.

-Dose dupla por favor! – o garçom o serve calmamente e sai completamente alheio a situação.

-Desculpe, baby, não fiz de propósito. Vi a Aninha no chão e me abaixei para conversar, desligada de qualquer pensamento alem dela. – explico me sentindo mal por meu descuido, a que poderia ter sido evitado e ele concorda com a cabeça.

-Eita homem ciumento!

-Minha gatinha, está gostando do seu macarrão? – pergunto sabendo que adora o prato tipico italiano e a ajudo.

-Está tuudo gostoso mamãe. – responde com seu jeito brincalhão e nós rimos

*********************************************

bjimm!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora