32- Antigo namorado?

14.7K 1.2K 39
                                    


Hoje faz 2 meses que minha mãe se foi e eu tenho ficado na casa do Antony. Acabei entendendo com muito choro que o que aconteceu foi o melhor pra ela, que tava sofrendo. Isso ajuda a eu não pirar, agora estou aqui arrumando a Aninha pra irmos almoçar fora.

- Você ta linda, mamãe! – elogia enquanto penteio seu cabelo.

-Você acha, meu bebe? – falo sorrindo.

-Não me chame de bebe, mamãe.  – fala com um bico grande e eu gargalho, deixando a escova cair.

A bendita da escova vai parar embaixo da cama, que abaixo ficando do quatro no chão e desço o corpo até alcançar a escova.

-Puta que pariu! – escuto e olho pra porta, vendo o Antony parado.

-Papai, você xingou. – ela fala rindo e põe a mão na boca.

-Sua mãe não pode fazer o que fez, muito menos de saia curta, filha. – ele fala pra ela, mas me olhando.

   Estou usando uma saia curta dourada, blusa soltinha branca e uma sandália alta estilo gladiadora que adoro. Cabelos soltos e make para o dia. Hoje é a primeira vez que saímos pra comer fora depois de toda a turbulência.

-Princesa, espera lá embaixo que já vamos descer. – ele fala pra ela, enquanto me olha nos olhos.

-Ta bom papai. – ela fala e desce saltitante. 

   Ele vem até mim e me prensa na parede, encostando os lábios nos meus, que fecho os olhos pronta para o beijo, mas ele não vem, me fazendo abrir meus olhos.

-Você está gostosa pra caralho. Sexy demais! – fala cheio de luxuria no olhar, ainda sem me beijar somente com os lábios encostados. Passo a língua em seu lábio inferior e ele fecha os olhos deixando um gemido de apreciação escapar de sua boca entreaberta.

-Acho melhor a gente ir logo, senão, não vou conseguir me segurar. –fala ainda de olhos fechados e dou um beijo carinhoso nele, finalizando com selinho.

-Vamos. – falo saindo com um sorriso nos lábios e deixando ele desconcertado para trás.

   Fomos conversando para o restaurante, que é aquele que tem a área infantil. Deixamos a Aninha brincando com algumas crianças e fomos sentar na mesa reservada. Pedimos um suco e ficamos conversando sobre a Aninha.

-Já conversamos sobre isso. Você assumiu o lugar de mãe dela, precisa tomar suas próprias decisões. - ele fala ja que sempre mando ela perguntar a ele, que é o pai.

-Eu sei, mas fico insegura, se você vai concordar ou não como o pai. 

-Vamos fazer assim, faz o que seu coração mandar e quando o assunto for sério, nós dois como pais, sentando e discutimos o assunto. Ok? -Fala me fazendo sorrir.

-Ok! -respondo e ele me da um beijinho, antes de ir ao banheiro.

-Ei , posso me sentar com você e te fazer companhia? – um cara muito bonito pergunta.

-Obrigada, mas ... – falo e ele senta sem deixar eu terminar.

-Seus olhos são lindos! – fala já sentado. 

Olho para os seguranças na porta pedindo por socorro antes que Antony volte, mas já é tarde.

-O que está acontecendo aqui? – fala tentando se controlar.

-Vaza, cara, ela já está acompanhada não está vendo? Nós namorávamos antes de você. –O desconhecido fala e passa a mão na minha num carinho descarado e sorrir pra mim que o olho surpresa.

-Tira suas mãos dela! – Antony fala pegando o cara pelo colarinho e jogando ao chão.

Me levanto com tamanho susto, olhando para os lados, vendo que todos nos olham.

-Que isso cara? Ela tava gostando, não viu. – o cara diz se levantando e Antony olha pra mim com ódio no olhar.

-Baby? – ele fala em  tom de pergunta e faço que não com a cabeça.

-Tira esse cara da minha frente. – ele fala para os seguranças e dono do restaurante aparece se desculpando.

-Vamos embora! – ele fala pegando em minha mão e fomos pegar a Aninha, caminhando para o carro em seguida.

-Papai, eu to com fome! – Aninha fala chorando, ja que ele a pegou, impedindo se despedir dos coleguinhas.

-Em casa eu faço uma comida bem gostosa pra você. –falo tentando sorrir pra ela, que concorda limpando suas pequenas lagrimas.

   Chegamos na casa dele e ele logo vai pro quarto, mas vou até a cozinha, pedindo a Carla para fazer uma salada reforçada pra comermos. Explico a ela que ouve um imprevisto e peço desculpa. Sigo para o quarto, ele está no banho, tiro minhas roupas e entro no Box com ele, que se afasta.

 -Não tive culpa, conversa comigo. – falo o abraçando por trás, sentindo a água me molhar.

-Não quero conversar agora, Lara. – fala visivelmente com puto de raiva.

    Irritada, decido sair do banheiro, por ele não querer conversar e visto uma roupa qualquer, me despedindo de todos, indo embora para o apartamento.

   Chegando em casa ligando pra ju, assim que deito em minha cama, contando para ela o que aconteceu e ela chega a mesma conclusão que eu. É melhor deixar a raiva dele passar e conversar depois. Acabo pegando no sono após nossa conversa, acordando tempos depois com o celular tocando, olho a tela e vejo que está escrito Baby. Sorrio, ele deve ter se acalmado.

-Alô! – atendo

-Oi, baby. – fala sem graça e fica mudo.

-Antony você ligou pra ficar mudo? – falo, afinal ele me deve desculpas.

-Desculpe, baby, não tive a melhor reação. Vem aqui pra gente conversar melhor. – fala e sorrio.

-Entra! –ele fala com alguém e eu fico esperando ele voltar a falar comigo.

-Você tem visita, uma moça chamada Ellen. – Carla fala com Antony e eu os ouço.

-O que? – pergunto surpresa com a audácia e ele ouve.

-Baby, vou atende-la e ver o que quer, mas pode vir pra casa agora? Estou com saudade! – ele fala e sei que ta sorrindo pela tom de voz.

-Vou sim, daqui uns vinte minutos eu chego aí. – falo me levantando e indo para o banheiro.

-A Carla vai levar a Aninha no parque, vamos poder ficar sozinhos. – ele fala malicioso e eu rio alto

-Safado!  Peraí, você vai ficar sozinho com aquela idiota? –questiono ouvindo sua risada.

-Não, você já está vindo marcar seu território. – ele fala rindo.

-Humm, vou mesmo. Beijos! -Falo

-Beijos na boca. Até.. –fala e desligamos

   Vou pra cozinha fazer um sanduíche depois de tomar banho e me arrumar. Estou morrendo de fome, mas como com pressa e limpo tudo. 

   Chego na casa do Antony e vejo ninguém. Será que ela já foi embora? Vejo uma bandeja com dois copos na mesinha da sala, mas ignoro subindo as escadas rumo ao quarto, percebendo que a porta está trancada.

-Baby? – falo e dou batidinhas na porta e nada. Bato de novo e ela é aberta, mas não é o Antony que abre

-Você? -pergunto sentindo minha raiva bater no teto e ela me olha sorrindo.

**************************************************

xiiii... será que deu ruim?

E você, faria o que nessa situação?

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora