22- Mamãe?

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Acordo numa cama macia e sinto o braço do Antony ao redor da minha cintura. Olho a hora no despertador que está no criado mudo e são 8 da manha, tento sair devagarzinho para não acordá-lo, mas ele me abraça mais forte. Tento de novo e nada e ouço ele rindo baixinho em minha nuca.

-Ahh, seu safado! - falo rindo junto com ele.

-Vem cá! - fala e me puxa pra deitar em seu peito, ficando assim por um bom tempo. -Muito bom acordar com você aqui, baby. Vamos tomar café com uma certa mocinha?

-Simmm. - falo e rimos do meu entusiasmo.

Tomamos banho junto e isso tudo é novo pra mim, mas ele é sempre carinhoso, me deixando bem a vontade. Visto um vestidinho curto, soltinho com mangas três quartos, sandálias de salto alto estilo gladiadora e arrumo minhas roupas de ontem numa malinha de mão que trouxe, começando minha make.

-Baby, hoje eu quero almoçar com minha mãe.

-Queria você comigo, baby, mas eu entendo. - fala sendo compreensivo.

-O que você acha de a noite eu vir pra cá e assistimos uns filmes com a Aninha? - pergunto pois estou morrendo de saudade da minha gatinha e ele me abraça, cheirando meu pescoço.

-Eu ia adorar. - responde me dando selinhos.

Descemos e fomos pra cozinha de mãos dadas, vendo a Aninha olhando a Carla preparar o café.

-Bom dia, meu menino! - Carla fala ainda de costas e quando me vê, oferece seu sorriso a mim.

-Bom dia, Lara! - fala e vem estendendo a mão, mas a abraço, sentindo ela retribuir.

-Tiaaa!! - Aninha grita, pulando no meu colo e chama seu pai para dar um beijinho na bochecha dele.

-Bom dia, minha gatinha linda da tia, dormiu bem? - pergunto dando vários beijos nela.

-Uhumm. - ela reponde e eu faço cocegas nela.

-Ahhhh para tiaaa, vou fazer xixi na calçaaa - ela fala e todos rimos.

-Filha, vamos tomar café por que precisamos conversar. - ele fala e nós duas olhamos pra ele curiosa. Ele vendo nossas caras ri.

Tomamos nosso café animados, com direito a muita conversa de meninas. Antony apenas ouvia e as vezes ria das nossas palhaçadas.

-Vou maquiar você igual princesa. - falo numa das nossas conversas e ela pula de alegria, nos fazendo rir.

Acabamos nosso café e fomos pra sala. Confesso que estou curiosa pra saber como vai ser essa conversa, tenho uma noção, mas não falamos sobre isso ainda. Sento no sofá de dois lugares e coloco ela ao meu lado, ele puxa a mesinha de centro e coloca a nossa frente.

-Meu amor, a tia Lara e eu temos que te contar uma coisa. - ele fala calmamente pra que ela entenda tudo e ela o olha.

-A tia Lara agora é minha amiga e também minha namorada. - ele fala e ela fica pensando e depois sai correndo em volta da gente gritando.

-Uhuuuuuuu, vou ter uma segunda mamãe, uhuuuuu. - fala e olho rapidamente para o Antony assustada, ele vendo isso chama a Aninha.

-Filha, vem aqui. - fala e ela vem até nós, se sentando onde estava antes.

-Meu amor...- interrompo ele e começo a falar.

-Minha gatinha, vou estar sempre com você pra tudo, posso ser sua amiga, sua babá, sua tia, mas posso ser sua segunda mamãe também.- falo e ela me abraça com os olhinhos cheio de lagrimas.

-Eu amo você do tamanho do universo. - falo e faço um circulo bem grande com as mãos, indicando o tanto que a amo.

-Isso tudo, tia? É muito grande. - fala e nos fazendo rir.

-Pra você ver o tamanho do meu amor. É granndao. - falo e ela rir.

Após a conversa e de ficarmos um pouco conversando, fomos para o quintal brincar e nos perdemos em brincadeiras .gostosas.

-Não vai, tia.- Aninha pede chorando.

-Eu preciso ir, minha gatinha. A noite eu volto pra gente assistir filme. Tudo bem? -pergunto limpando suas lagrimas sentindo a presença do Antony atras de mim.

Vou para o hospital, após me despedir do meu namorado e distribuo beijos na minha mãe. Sento na cadeira ao lado e fico segurando sua mão, enquanto converso.

-Oieeeee!!! Ei tia Beth, vim pra almoçarmos juntas. Oi amiga! - a Ju entra me pegando de surpresa.

-Eeiii amiga, que surpresa boa. Não me disse que viria. -falo sorrindo e a beijando, com direito a abraço.

-Quis fazer surpresa. - ela diz rindo, satisfeita por ter conseguido.

Conto tudo o que aconteceu ontem e hoje para elas, só deixei as parte picantes de lado, contando também sobre a Ellen. Conto sobre a nossa conversa com a Aninha e o quanto amo aquela gatinha.

-Filha, não existe vitoria sem luta, sua vitoria é a união entre você e o Antony - ela fala e tosse - essa tal de Ellen é uma mal amada e quer estragar o que vocês estão construindo.

-Eu sei mãe. Ele falou pra eu ignorá-la. - concordo.

-Amiga as coisas são difíceis mesmo, nada vem de mão beijada, mas ele está deixando você por dentro de cada detalhe desse assunto. Isso passa confiança. -Ju fala e eu concordo.

De repente minha mãe começa a tossir e não consegue parar, me batendo desespero. Corro pra chamar um medico e o tal do Victor vem pra olha-la. Ele aperta o botão de emergência, enquanto prepara o remédio na seringa, que aplica no soro dela e ela desmaia. Eu e a Ju choramos, assistindo a ação.

-Salva ela, Victor. -falo e ele pede pras enfermeiras me tirarem dali.

Elas pedem que a gente saia e fomos encaminhada para uma salinha de espera. A Ju pega seu celular e digita alguma coisa, depois desliga, vindo ate mim, onde choramos abraçadas.

-Ela vai sair dessa amiga. - ela fala e choro baixinho.

Ficamos por uns vinte minutos sem resposta, ate o Victor vir até nós.

-Precisamos retorna-la para a UTI. Depois te dou mais informação, você precisa se acalmar. - ele fala e volta pra dentro, me fazendo chorar ainda mais nos braços da Ju.

Sinto mãos me puxando em meu ombro e me viro para olhar, me jogando em seus braços quando vejo que é o Antony.

-Baby...- tento falar, mas nao consigo, chorando por medo de perde-la.

Ele me abraça forte, passando seu apoio e enfio meu rosto no pescoço dele.

-Obrigado, Juliana, por me avisar. - diz e agora entendo pra quem ela estava digitando a mensagem.

Ficamos uns 10 minutos esperando, até que o Victor aparece e começa a falar.

-Senhor Blake, só estava esperando o senhor chegar como me pediu. - ele diz e percebe que não entendo.

-Eu pedi a ele que se fosse dar alguma noticia ruim, era pra me ligar e esperar eu chegar. -Antony diz.

-E ,infelizmente, chegou a hora dessa conversa.- o medico diz

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la vem bomba!
até.. bjim!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora