Ainda estou meio confusa com tudo o que aconteceu. Me sinto feliz por ter a pessoa que mais amo aqui pertinho de mim, sei que vamos enfrentar mais uma luta no tratamento, mas já me sinto mais feliz em tê-la comigo.-Precisamos conversar. – falo pro Antony já dentro do carro dele.
-Sim, precisamos. – fala me olhando nos olhos.
-Pode ser na mi...- começo a falar, mas ele me interrompe.
-Pode ser na minha? Quero ver minha filha. – ele diz e coça a cabeça em sinal de constrangimento.
-Claro! Pode sim, também cheia de saudades – falo e sorrio.
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-Tiaaaaa. – aninha pula em meu colo assim que entro na casa.
-Ei gatinha linda da tia, estou vendo que sentiu minha falta, hein. – falo e ela ri.
-Senti sim, tia. Papaai. - Fala pulando do meu colo pro colo dele.
-Ei minha princesa. Como você está? Só sentiu falta da Lara? – fala demonstrando ciúme. Homens! Hahaha
-Naao papai, senti falta dos dois. - fala mostrando os dois dedinhos- Vamos brincar, tia Lara?
- Hoje não filha, a tia Lara e eu temos um assunto pra resolver. – ele fala e ela faz beicinho nos fazendo rir.
-Meu amorzinho, que tal amanha irmos ao shopping? –pergungo e ela chega a se iluminar de tanta alegria.
-Uhuuuu quero muito ir, tia. – responde fazendo uma dancinha ainda no colo do pai.
-Combinado, então. – falo e a beijamos, seguindo em direção ao escritório, mas paro ao ouvir a voz do Antony.
-Aí não Lara, no meu quarto. Quero mais privacidade. – fala me surpreendendo.
Apesar de saber onde fica e nunca ter entrado, confesso que ja pensei varias vezes em como seria estar no mesmo quarto que ele.
-Claro. – respondo e subo as escadas na frente dele, após me dar passagem.
Chego ao quarto dele vendo a grande cama no centro do quarto ele fecha a porta.
-Fique a vontade. – fala e então me sento na cama.
Discretamente aliso o colchão, sentindo a sensação que imaginei por semanas. Ele puxa uma cadeira e coloca a minha frente bemm pertinho de mim. Joelho com joelho. Minha respiração da uma pequena acelerada, mas tento disfarçar que estou afetada com sua proximidade.
-Antes de tudo, quero ser sincero com você e pra isso preciso te dar algumas informações. Pode ser? – indaga e balanço a cabeça confirmando.
-Eu já fui casado, seu nome era Emily e namorávamos no tempo de escola. Esse amor que tínhamos um pelo outro nos levou ao casamento e seis meses após, descobrimos o câncer Eu tinha acabado de comprar uma micro empresa, podendo imaginar o que senti com aquela noticia. Éramos novos e não tinha meus pais comigo pra me dar força com um recém casamento, recém empresa e ainda estudando.
Ele conta sua vida, enquanto olha para mim e retribuo ouvindo cada palavra.
-Lutamos contra a doença até ela entrar em remissão, ficando assim por anos e podemos sem a sombra do câncer. Como queríamos filhos, vimos ali uma oportunidade. Foi maravilhoso quando soube que eu seria pai, curtimos muito a gravidez, mas com cinco meses de gestação, descobrimos que o câncer voltou se alastrando em outros órgãos. Foi um desespero, mas ela conseguiu levar até o final, dando a luz nossa pequena Anne. – ele fala tudo com muita dor nos olhos, mas um pequeno sorriso brota em seus lábios, quando fala na filha.
-Um mês depois da aninha nascer, Emily nos deixou, após uma luta acirrada entre ela e a doença. Foi a pior dor que eu senti, pois depositei nela meu amor, minha amizade e principalmente meu futuro. – ele respira fundo.
-Me fechei pro mundo, não queria falar com ninguém, mas ainda tinha uma filha recém nascida e uma empresa pra cuidar. Dor e solidão são palavras que eu conheço bem, mas quando você apareceu em minha sala para aquela entrevista, algo ali aconteceu. Olhei você com outros olhos, não olhava para uma mulher daquela forma desde que Emily se foi. – diz e minha cabeça gira com tanta informação.
-Você nunca mais se envolveu com outra mulher? – pergunto deixando minha curiosidade falava mais alto.
-Já dormi com algumas mulheres, mas nenhuma com sentimento. Tudo carnal, nunca passou disso!- explica e continua.
-Quando conheci você, fiquei surpreso, notei que não se importava com quem eu era e sim na sua vaga de emprego. Fiquei surpreso por que no mundo em que vivo as pessoas são muito interesseiras e traiçoeiras. Criei uma barreira pra me proteger, claro que tinha que lidar com elas, porem sem intimidade e principalmente sem confiar nelas. Tudo é na base do contrato, por isso as pessoas me respeitam. Sou objetivo! – fala e agora entendo toda essa seriedade e frieza.
-Quando você disse o que pensava na entrevista olhando diretamente nos meus olhos sem se intimidar, achei interessante, mas também vi algo semelhante neles. Algo que eu conhecia bem: dor. – confessa. Mostrando que estava me decifrando esse tempo todo e o mesmo eu tentava fazer com ele.
-Eu quero te proteger, cuidar, mas tudo isso é novo pra mim. - ele diz e abaixa a cabeça.
-Estou surpresa por achar que só eu estava sentindo isso. Desde o câncer da minha mãe, eu tenho saído com algumas pessoas, mas nunca senti o que sinto por você. É algo diferente! – desabafo tudo, não quero mentiras entre nós.
Ele aproxima seu corpo para frente, fazendo seu rosto ficar bem perto do meu, me olhando como se tentasse desvendar minha alma.
- Você quer descobrir o que sentimos um pelo outro juntos
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hummm.. está ficando bom!
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O amor cura
Romance*Atenção! Contém palavras de baixo calão, alem de sexo explícito! Focada em salvar sua mãe de um câncer, Lara Boldrini de 24 anos se vê sem tempo para aproveitar sua idade, assim com para o amor. Ela decide ir para Nova Iorque tentar a sorte e a...