24- Amenizando a dor

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-Eu vou estar com você te ajudando, sendo seu apoio, sua base, mas tenho que te falar algumas coisas. Ok? – ele fala com os braços envolta da minha cintura e assinto concordando.

-As coisas vão começar a piorar daqui pra frente, mas a imagem que sua mãe quer ter, é de você feliz, se ela achar que não vai conseguir, isso irá deixá-la triste demais. –diz e entendo o que ele quer dizer.

-Ela vai começar um processo que será doloroso para ela e pra você. Ela vai precisar muito da sua força e principalmente do seu sorriso. – ele fala e eu sinto minhas lagrimas em meu rosto.

-Quando ela se for — ele fala e eu choro baixinho— você não pode se fechar pro mundo igual eu fiz. Vou estar aqui, a Aninha vai está aqui. – fala e choro o ouvindo.

-A dor vai ser imensa, mas saiba que vou estar sempre aqui pra te ajudar. – fala e me aperta entre seus braços e eu choro.

    Ele pega o sabonete liquido, a bucha e passa em mim, me lavando. Me sinto amada e dou graças a deus está passando por isso com ele ao meu lado. Acabamos o banho, saindo da banheiro e ele faz questão de me enxugar, se enxugando em seguida. Fomos para o quarto, deitamos nus na enorme cama e ele nos cobre com lençol.

-Eu te amo, Baby! Agradeço a deus por ele ter me dado você pra mim. – agradeço com lagrimas e ele beija minha testa. Ficamos um tempo deitados, enquanto sutilmente faz carinho em meu braço, mas minutos depois ele para e sinto sua respiração se nivelar, percebendo que ele dormiu.

    Levanto devagarzinho, visto o roupão estendido e vou ao banheiro, fechando a porta em seguida. Encosto na parede sentindo tristeza por ver minha mãe morrendo e não podendo fazer nada. Desço, sentando no chão e abraço meus joelhos chorando. 

Minha mãe vai morrer.  Queria ajudá-la, tirar essa maldita doença dela, mas não posso. Meu Deus o que eu faço? - penso entre choro e lagrimas com o tempo passando e eu ainda sentada no chão.

Fico pensando em tudo o que o Antony me disse na banheira e chego a conclusão que ele está certo. Tenho que ser forte, ela já lutou demais contra essa doença e está sofrendo naquela cama de hospital.

Infelizmente o ciclo da vida é esse, nascemos, vivemos e morremos. E quando entendemos, as coisas se tornam menos difíceis. Levanto limpando minhas lagrimas com as costas das mãos, ainda soluçando pelo choro e abro a porta, vendo o Antony sentado na cama.

-Esse choro serviu pra amenizar a dor? –  pergunta calmo, indicando que ouviu meu choro.

-Sim! Pensei em tudo o que você disse, vai ser difícil, mas vou ser forte. Forte por ela e por vocês! - falo deitando em seu peito, apos ele deitar na cama.

-Você se importa se eu ligar pra Aninha? Quero ouvir a voz dela. - falo abraçada a ele e ele me passa seu celular, ja desbloqueando.

-Claro, pode fazer o que quiser. – fala e eu ligo, mas quem atende é a Carla, que logo peço pra falar com a Aninha.

-Ei tia, você vem ficar comigo hoje? - pergunta assim que pega o telefone.

-Ei meu amor ,eu ainda não sei, vou ver com seu pai ta bom? – respondo sorrindo.

Ela me faz sentir tão bem, tem o mesmo poder que o pai dela, sorrio com esse pensamento

-Ta bom tia, a vovó Carla fez pudim e ....... –Conversamos uns minutos e ouço as aventuras que ela viveu da hora que acordou até agora.

-Meu amorzinho a tia vai desligar, mas se der, vou te ver ainda hoje. Beijos e amo você! – falo e ela manda beijos, já desligando a ligação.

-Quer dormir comigo hoje?  - ele pergunta

-Quero sim, mas vamos ficar mais um pouquinho aqui pra minha cara feia de choro sair. – falo e aponto pro meu rosto, o fazendo sorrir.

-Missão impossível é você ficar feia, meu amor. – ele fala sorrindo.

-Vamos assistir um filme pra passar o tempo? -pergunta

-Que tal  me levar pra conhecer esse apartamento, que é lindo, por sinal? -sugiro sorrindo e puxo a mão dele, seguindo para fora do quarto

-O apartamento é lindo, baby, é obvio que tem luxo, mas é tudo aconchegante. – falo olhando tudo com atenção.

Esse é o apartamento que te falei. – ele fala sorrindo.

-Mas aqui não vou poder pagar o aluguel. – falo preocupada, pois o apartamento é bem luxuoso.

-Se dependesse de mim você iria morar na minha casa. – ele fala me olhando e sorrio.

-Aqui está bom. – falo rindo e ele concorda sorrindo.

     Assistimos agarradinho a serie que eu gosto, que éThe walking dead  e de vez em quando beijos são dados. Prefiro assistir uma serie com zumbis, do que uma que me faça chorar ainda mais. Um tempo depois fomos para a casa dele e é muito bom passar esse tempo com o Antony e a Aninha, já que me fazem sentir amada.

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Votem e comentem amores... 

Me falem o que estão achando.

bjoks!!

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora