25- Eu quero que seja minha mãe!

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      Um mês se passou desde que minha mãe voltou para a UTI. Eu vou todos os dias no hospital, ficando com ela lendo e contando como está sendo meus dia e em como eu estou feliz com o Antony e a Aninha. É de longe a coisa mais difícil que tenho que fazer, me segurar pra não chorar e na maioria das vezes eu consigo, mas as vezes não dá.

     Eu continuo trabalhando normalmente, apesar do Antony insistir em me dar licença, mas prefiro não abusar. A Jenny está sempre comigo, me dando força, mostrando de fato o quão amiga ela é e ainda tem me liberado 2 horas antes do horário normal. 

     A Ju e eu nos mudamos pro apartamento do Antony, mas quem fez a mudança foi a Ju, dizendo que dava conta de supervisionar a equipe contratada. Dessa vez cada uma ficou com um quarto e assim podemos trazer nossos namorados sem medo da amiga flagrar. Por falar nisso, o meu tem dormido comigo um dia sim e outro não, mas nos dias que não dorme no "meu" apartamento, eu dumo na casa dele.

    Ah, não fico mais como "babá" da Aninha. Achei melhor cancelar os pagamentos, já que isso estava começando a me fazer mal. Eu a amo, independente de dinheiro e estou sempre com ela nos meus dias de ir pra casa dele. Meu amor por ela só cresce.

    Acabo de chegar ao lado do Antony, emocionalmente cansada, de mais uma ida no hospital e vou direto beijar minha gatinha.

-Ei, minha gatinha. -falo a vendo conversar com a Carla e ela corre para os meus braços.

    Sorrindo, a abraço apertado, nos rodando e ela rir me dando um beijo na bochecha. Deposito-a no chão com a promessa de depois do banho descer para ficarmos juntas e após o Antony a beijar, nós subimos para o banho.

   Como sempre tenho feito para aliviar minha dor, mesmo ao lado do Antony, choro tudo com a água do chuveiro lavando minhas lagrimas. Saio renovada do banho e assim posso me dedicar inteiramente a ele e minha gatinha linda.

    Visto um shortinho curto de malha, cropped e chinelos, o vendo vestir apenas cueca e bermuda larga de tecido molinho, mostrando o V da sua barriga. 

-Gostou da bermuda, baby? - pergunta com seu sorriso sapeca.

-Essa bermuda é uma delicia, baby! - respondo abrindo a porta do quarto, que rir do elogio, me acompanhando.

Descemos ainda rindo e fomos para a cozinha, ja que decidi fazer um suco de maracujá para nós.

- Deixa que eu faço, Lara. – Carla fala.

-Ahh, vovó, deixa que a mamãe faz.  O suco dela é mais gostoso. – Aninha fala, nos deixando surpresos e ela se encolhe de vergonha, vou até ela e me abaixo na frente dela e falo:

-Meu amor, precisamos conversar, né. – falo a olhando e ela balança a cabecinha. 

    Pego em sua mão e caminho para o escritório, já que assim teremos mais privacidade e o Antony nos segue.

-Tia Lara, você ta brava comigo? – pergunta voltando a me chamar de tia Lara, assim que a coloco sentada no sofá.

-Meu amor, eu disse pra você um tempo atrás que eu posso ser o que você quiser, lembra? – pergunto vendo o Antony sentar ao lado dela e estamos num sofá de 2 lugares.

-Eu quero que você seja minha mãe. - ela fala com lagrimas em seus olhinhos azuis e olho pro Antony, insinuando que é pra ele falar.

-Princesa, — começa a falar limpando as lagrimas dela— por que você quer que a Lara seja sua mãe? 

-Eu amo muito ela e ela disse que me ama do tamanho do universo. Né, tia? – responde convicta e o Antony olha para mim balançando a cabeça, me fazendo entender que eu posso ser a mãe dela.

O amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora