-E chegou a hora de termos essa conversa. – ele diz e faz sinal com a cabeça para o seguimos.
Fomos para sua sala e Antony segura minha mão, com a Ju nos seguindo.
-Você não pode entrar. – Victor fala pra Ju e sinto vontade de esganar lo.
-Pode entrar sim, ela é da família. – falo com raiva, a fazendo entrar e ela fica em pé atrás de nós, que estamos sentados ainda de mãos dadas.
- Desde quando ela deu entrada nesse hospital, nós entramos com um tratamento temporário, enquanto fazíamos os exames. Hoje de manha esses exames ficaram todos prontos e nos juntamos com toda junta medica de oncologia para discutirmos sobre o caso dela.
-Nós determinamos que o câncer da senhora Elizabeth está no estagio 3B. Para a maioria dos pacientes, o estágio 3B é difícil de remover cirurgicamente, é uma doença perigosa. No caso dela, o câncer se espalhou do peito para outros órgãos do corpo. Sinto informar, mas o estagio 3B está caminhando para o estagio 4 que é o estagio final da doença. – ele fala, eu e a Ju choramos.
-O que podemos fazer nesta etapa? - Antony pergunta.
-Nesta etapa o que podemos fazer é amenizar a dor e dar muito conforto a ela. – responde e eu tento segurar o choro.
-Podemos vê-la? – indago limpando minhas lágrimas.
-Sim, vou leva-los. – respode se levando e levantamos para o acompanhar.
-Podem nos dar licença um minuto? – Antony pede e eles concordam saindo.
-Baby, vem cá. – ele fala e lagrimas caem.
-Se quiser chorar a hora é agora, você precisa ser forte para ela. – ele fala me abraçando e não consigo mais segurar. Choro abraçada ao Antony e ele alisa meus cabelos.
-Vamos. – falo apos me recompor e fomos em direção a UTI.
-Quanto tempo minha mãe tem de vida? – pergunto antes de entrar.
-É difícil dizer. Ela está sedada, não se assuste, mas quando passar o efeito você poderá conversar com ela. – ele avisa.
Entramos eu e Antony, a vendo sedada. É difícil vê-la nesse estado. Fico alisando seu rosto, lembrando de tudo o que passamos juntos e depois de um tempo o Antony vai à lanchonete me dando privacidade. Aliso os cabelos dela e choro baixinho, mas paro assim que a vejo acordando.
-Oi minha rainha, se sente melhor? – pergunto sorrindo e ela faz que sim com a cabeça
-Você me assustou sabia? – falo e sorrio pra ela e ela sorrir de volta.
-Filha..- ela fala e fecha os olhos
-Não fala mãe. – digo preocupada, vendo seu esforço.
-Filha, quero que seja forte, nós sabíamos dessa possibilidade, não é? Você realizou meu grande sonho, encontrou seu amor, ele vai ajudar nesta etapa. – ela diz e tosse.
-Eu te amo, mãe! A senhora sempre esteve comigo mesmo eu estando longe, é uma guerreira, aguentou tudo sendo forte..- falo segurando o choro.
-Fui forte pra você filha, assim como fou pra mim. Precisava te preparar pro amor, não estava pronta ainda , mas agora acho que minha missão está completa. – ela fala e lagrimas descem por meu rosto.
- Filha, eu acredito muito em Deus e creio que quando eu não estiver mais aqui é por que vou estar com ele. Tem que ter esse pensamento sempre, nunca esqueça de Deus. - ela fala e lagrimas escorrem pelo rosto dela.
-Vende a nossa casinha, doa as minhas coisas, não se prende a pequenas coisas. Guarde nas lembranças só o que te faz feliz, seja forte e não se fecha pro mundo quando eu for embora. – ela fala e a ouço chorando
-Mãe ... – falo e o Victor entra pedindo pra eu ir pra casa, ela está cansada e mesmo relutante, preciso concordar.
Vou ao banheiro e jogo uma água no rosto. Saio e encontro a Ju e Antony conversando. Minha amiga me abraça chorando e eu aliso seus cabelos, coloco meus óculos escuros e saio de mãos dadas com o Antony.
-Amiga? – chama e tirando dos pensamentos e olho para ela assustada
-Oi? Que foi, Ju? – pergunto com o susto que levei
-Estou perguntando se você vem comigo. – ela fala
-Não, ela vem comigo, quero levar ela em um lugar. – ele fala e concordo com ele.
-Estou com você para o que precisar, sabe disso, né? – ela fala me abraçando e mais lagrimas caem.
-Entramos no carro e seu Jonas vai dirigindo, como é domingo, o transito está tranqüilo. Olho pela janela, desatenta ao detalhes e ele alisa minha mão, uns 10 minutos depois o carro para em frente a um prédio. Antony abre a porta do carro e seguimos, passando pelo porteiro, que o cumprimenta e fomos para o elevador. Ele digita um código no painel do elevador e que logo se movimenta
As portas se abrem no vigesimo terceiro andar, onde saímos e estamos numa sala linda, mas estou triste pra reparar em tudo. Ele caminha até o sofá e bate a mão do lado indicando que é pra eu sentar ali. Sento ao lado dele e coloco meu rosto em seu peito.
-Esse apartamento é seu? – pergunto curiosa
-Sim, vamos ficar um tempo aqui. Já volto. – ele fala se levantando e sumindo pelo extenso corredor.
Alguns minutos depois ele volta, me estendendo a mão e eu o sigo. Ele entra num quarto e depois no banheiro, ainda me puxando. É tudo muito lindo. Olho e vejo uma banheira cheia e com óleos, cheia de espumas. Ele tira minha roupa devagar e a sua também, entrando na banheira, me estendendo a mão. Eu entro e sento na frente dele, ficando assim até ele começar a falar.
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já estiveram neta situação ou algo parecido?
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O amor cura
Romance*Atenção! Contém palavras de baixo calão, alem de sexo explícito! Focada em salvar sua mãe de um câncer, Lara Boldrini de 24 anos se vê sem tempo para aproveitar sua idade, assim com para o amor. Ela decide ir para Nova Iorque tentar a sorte e a...