Hoje é sábado e estou com a ansiedade a mil, pois vou passar o dia todo com minha mãe. Levanto, faço minha rotina matinal e hoje me permitir correr um pouco mais. Chegando em casa, me arrumo do jeito que eu adoro. Blusa de malha soltinha, calça jeans skinning bem colada ao corpo e uma bota de salto com o cano até os joelhos. Pra completar o visual deixo os cabelos soltos bem selvagem, pulseiras, relógio, óculos e boné camuflado. Me olho no espelho e ual, to sexy sem ser vulgar. Não sou santa, gosto de um visual mais ousado.Ouço um barulho de mensagem no celular e quando olho e sorrio. Antony pergunta se quero passar o dia com ele em sua casa.
-Bom dia, baby! Desculpa, mas vou passar o dia com minha mãe. – respondo deixando passar um dia gostoso ao lado dele e da Aninha, mas hoje minha mãe vem em primeiro lugar.
-Tudo bem, vou passar o dia com a Aninha. Vamos jantar a noite? – pergunta.
-Sim, me liga mais tarde, estou saindo agora. Bjos. – falo já fechando a porta.
-Ok. Bjos na boca. – leio e sorrio, seguindo rumo ao hospital.
-Bom dia, mãe! – digo assim que entro.
-Bom dia, minha filha. Tudo bem? – fala tentando passar animação, mas a acho tristinha.
-Tudo bem comigo e a senhora, como está? Estou achando que está tristinha.
-O medico veio aqui e deu noticias que me deixaram um pouco triste. – fala e eu estranho.
-Que noticia, mãe?
-Ele disse que está otimista, mas o câncer atingiu uma parte grande do meu pulmão e parte dos órgãos ao lado. – fala e minha vontade de chorar entala em minha garganta.
- Vai dar tudo certo, mãe. A senhora está recebendo o melhor tratamento que poderia receber. – falo tentando ser otimista.
- Sinto que dessa vez não vou ter cura física. – ela fala tentando me alertar.
Sem conseguir manter a personagem de mulher maravilha, choro sentada na cadeira ao lado dela, que me chama para deitar com ela. Quebrando as regras do hospital, deito em seu lado e a abraço. Seu cheiro, seu carinho e seu amor se chocam ao meu corpo e choro em seu "colo".
-Filha, as vezes a vontade de Deus não é a mesma que a nossa. -fala, me fazendo lembrar da conversa que tive com o Antony, sobre ter que me preparar, mesmo contra a minha vontade.
-Verdade mãe. — concordo e ela fica surpresa. —O Antony me disse a mesma. – explico e ela sorrir.
-Ele é um excelente homem, filha. Fez tudo sem pedir nada em troca. – fala feliz.
-Ontem ele disse que me ama e eu também me declarei a ele, mãe. Estamos namorando. – falo e vejo lagrimas em seus olhos.
-Fico tão feliz com isso, filha. Lembre-se do que eu te disse: o amor cura, liberta, mas tem que ser cultivado. Se você deixar de regar ele com carinho, paixão, companheirismo e muito mais coisas, ele morre. Cuida dele filha, cuida do amor entre vocês. – ela fala com tanta delicadeza que me emociona.
-Bom dia, dona Elizabeth. Bom dia senhorita! – o medico entra na sala e me cumprimenta com aperto de mão, olhando minha boca, descendo pro meu corpo. Sério isso produção?
-Bom dia! – eu e minha mãe respondemos.
-E como está se sentindo hoje? – indaga e eu puxo uma cadeira pra perto, sentando ao lado, escutando tudo atenta – sentiu algum desconforto a noite?
-Eu sinto dores na região do peito, nada forte, mas é incômoda pra puxar o ar. – minha mãe fala e me preocupo.
-Como hoje vamos fazer mais exames, vou deixar anotado essa observação. Ok? – fala e me olha
VOCÊ ESTÁ LENDO
O amor cura
Romance*Atenção! Contém palavras de baixo calão, alem de sexo explícito! Focada em salvar sua mãe de um câncer, Lara Boldrini de 24 anos se vê sem tempo para aproveitar sua idade, assim com para o amor. Ela decide ir para Nova Iorque tentar a sorte e a...