O amor cura

19- Eu sou sua!

Tomamos banho junto com muitos beijos e carinhos mais não passamos disso devido a dorzinha incômoda que se instalou. Nada demais, porem continuar agora não dá. Após o banho, estou com a cabeça em seu peito e ele me abraça fazendo carinhos em meus cabelos.

-Baby? 

-Humm – respondo e ele começa a falar.

-Obrigado! 

-Pelo o que exatamente? – pergunto curiosa.

-Você me curou! Eu não pensava em ninguém, alem da minha filha. Tudo o que eu fazia é ir trabalhar e ficar com minha filha a noite. - fala me apertando em seu abraço.

-Meu coração estava doendo, não só pelo luto em si, mas não acreditava que eu merecia algo bom pra mim. Na minha vida sempre foram só lutas. Minha mãe nos abandonou quando eu ainda era novo, meu pai morreu quando eu estava saindo da adolescência me deixando sem ninguém. A Carla era minha madrasta e ficou comigo para me ajudar.

Saio de seus braços e me sento, ficando de frente para ele, que faz o mesmo continuando a falar.

-O pouquinho de dinheiro, das economias que me pai deixou, eu investi numa pequena empresa do ramo farmacêutico. Me casei achando que as coisas iriam melhorar dali pra frente, pensando: chega de tantas lutas! Mas ela morreu. – ele diz com tristeza e eu já estou com lagrimas nos olhos.

-A verdade é que ali começou a grande luta. Me fechei pro mundo, só minha filha importava. Não era sempre, mas quando estava com alguma mulher, era pra suprir a necessidade do corpo e nada mais. Cortei os amigos, as conversas e qualquer pessoa que se aproximasse. Deixando a Carla e a Jenny em nossas vidas.

-Até o dia em que te conheci .Você trouxe luz pra minha vida, passo o dia imaginando o que fazer com você e pra você. Você me curou! Me curou da amargura, do sofrimento, do isolamento. Você me trouxe paz, felicidade e vontade de viver. – ele fala limpando minhas lagrimas que insistem em sair.

-Você também chegou pra mudar minha vida. A luta que passo com minha mãe já dura anos e tenho dividido tudo com a Ju, mas quando estou com você me sinto mais forte. Pronta para enfrentar o que for. – falo pegando ar e continuo.

-Amo estar com você e a Aninha, amo a ideia de saber que tenho seus braços pra me aconchegar no final do dia. Amo essa sensação de borboletas no meu estomago quando te vejo. — falo e ele rir. — me sinto uma adolescente de tão feliz. - falo e lembro que tenho que agradecer pela minha mãe.

-Eu queria te agradecer pelo que fez com minha mãe e queria combinar com você de pagar mensalmente. Se achar melhor, pode descontar do meu salário. – agradeço, pois sou muito grata pelo feito.

-Não fiz isso pra ter nada em troca. Fiz por que queria, era pra alguém ter feito o mesmo por mim na época da Emily. Fiz por que é o certo a fazer, mas principalmente, fiz porque quero te ver feliz. – ele fala enfatizando seus motivos.

-Desculpa! – falo envergonhada.

-Eu queria te fazer uma pergunta, posso? –  pergunta sério e eu balanço a cabeça que sim.

-Você quer ser minha namorada? - pergunta me deixando surpresa, já que combinamos em esperar para ver.

-Sei que nós combinamos de irmos com calma, mas quero que seja minha, baby.- fala e fica esperando uma resposta.

-Simm! A partir de hoje eu sou sua, senhor Antony.. – respondo e ele me abraça sorrindo.

    Recebo seu beijo, como forma de selar o inicio do nosso namoro e eu me derreto nesse beijo. É um beijo carinhoso, com sentimentos e ele finaliza com alguns selinhos.